tag:blogger.com,1999:blog-81962610240202355672024-02-27T06:43:24.622+00:00RiseUP PortugalMédia Social Independente PortuguesaUnknownnoreply@blogger.comBlogger315125tag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-2859748943087424772021-05-26T12:02:00.000+01:002021-05-26T12:02:03.608+01:00Acerca da Porcaria dos Rankings das Escolas<p><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">“Acho que já passou tempo suficiente para eu poder falar disto em público.</span></p><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Há mais de 10 anos, trabalhei com a Inspeção Geral de Educação num programa de avaliação de escolas. Conheci gente muito profissional com quem calcorreei dezenas e dezenas de escolas públicas em quase todos os distritos do Norte.</span><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Nunca me esquecerei da primeira escola que visitei, a pouco mais de 50 km do Porto. Uma criança que só tomava banho nos dias das aulas de Educação Física. Tinha vergonha e o professor mandava-a para o balneário 10 minutos mais cedo para ela se lavar. Quem levava a roupa suja da criança e lha trazia lavada e passada no dia seguinte era uma contínua da escola.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Depois vieram outras histórias que fui amealhando. <b>Meninos cuja única refeição quente era o almoço da cantina. Miúdos que à tarde levavam os restos do almoço escolar para casa para servirem de jantar para a família. Miúdos que ao fim de semana se alimentavam de bolachas Maria.</b> Miúdos que aprenderam a gostar de ler na biblioteca da escola, que em casa nunca tinham visto um livro. <b>Escolas que no inverno acabavam as aulas às 4 da tarde para que os pais das meninas não as vendessem por meia hora aos senhores dos Mercedes pretos parados à porta a coberto do escuro. Crianças alcoolizadas.</b> Professores e funcionários à beira de uma exaustão horrível porque tinham de fazer de pais, mães, psicólogos, médicos, confidentes, assistentes sociais. Crianças que nunca tinham ido mais longe do que à vila lá da terra.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><b>A merda dos rankings, a cloaca dos rankings, a vergonha dos rankings serve para quê?</b> Qual é o espanto em constatar sadicamente que os miúdos de casas sem pão ficam em último e os das fábricas de notas em primeiro? Ponham-me a jogar à bola com o Ronaldo e não é preciso vir nenhum ranking dizer-me que nunca lá chegarei.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">As escolas que se dão ao<b> luxo de escolher à partida os seus alunos</b>, que recebem os alunos que em casa comem e leem e viajam e falam inglês não têm grande trabalho a fazer. Todos nós, professores, sabemos que trabalhar com bons alunos é fácil. Difícil, desafiante (e apaixonante) é fazer dos fracos bons.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">O resultado de uma escola não se mede só pelas notas a Inglês e a Biologia. Há escolas em que o sucesso é alimentar e lavar os miúdos e isso não passa no radar dos filhosdaputa (pardon my French, mas o vernáculo é para ocasiões destas) dos rankings, cuja única função é apontar ainda mais a dedo aqueles que já são estigmatizados, excluídos, ridicularizados todos os dias, e fazer publicidade enganosa aos colégios “do topo”.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Conheço paizinhos com filhos problemáticos que acham que transformariam os seus filhos em génios se os inscrevessem de repente numa dessas escolas. Acreditam que há algo nessas escolas, uma varinha mágica impermeável ao resto, que fabrica génios. A ficha cai-lhes quando são os próprios colégios, em privado, a tirar-lhes o tapete. Nem sequer os admitem à entrevista. É bem feito.</span></div><div><br style="background-color: white; box-sizing: border-box; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;" /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Honestidade intelectual: vão buscar um desses meninos que não comem nem tomam banho em casa, ponham-no numa das “top five” (mas ponham mesmo, não façam de conta), não lhes mudem nada nas condições de vida, e vejam se é isso que os manda para o MIT.”</span></div><div><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;"><br /></span></div><div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5m2-gKBROcDbyClop4CUWBj3Vq8vVhYNxQMQ4DxJY-S_kamVPFBZkIHX-Es6m5-pGSW6Kvv2xfWnSiuG-PRE_xmhrWh-oTAwjO-Trq553yGQAZSN8ND07u7JYUwfFGWrzqoCEzVf8Fey9/s800/img_800x533%25242019_08_23_18_36_42_879262.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="533" data-original-width="800" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5m2-gKBROcDbyClop4CUWBj3Vq8vVhYNxQMQ4DxJY-S_kamVPFBZkIHX-Es6m5-pGSW6Kvv2xfWnSiuG-PRE_xmhrWh-oTAwjO-Trq553yGQAZSN8ND07u7JYUwfFGWrzqoCEzVf8Fey9/w640-h426/img_800x533%25242019_08_23_18_36_42_879262.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="background-color: white; color: #212121; font-family: verdana; font-size: 13.3333px; text-align: justify;">Professor João Veloso</span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-7494120032493237142021-05-20T14:32:00.000+01:002021-05-20T14:32:55.129+01:00Em Gaza, um povo enjaulado <p style="text-align: justify;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: verdana;">Enquanto os israelitas são chamados a eleger, a 17 de Setembro, um novo governo, o colapso da Faixa de Gaza acentua-se. Há treze anos que Telavive submete o território palestiniano dirigido pelo Hamas a um bloqueio militar devastador. Durante quanto tempo poderá a população aguentar?</span></span></p><p class="soustitre" style="background-color: white; clear: left; margin: 0px; padding: 0px 0px 0.2em; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: x-small;">(reportagem de arquivo: Setembro 2019) - por <span class="vcard author"><a class="url fn spip_in" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?auteur1441" style="text-decoration-line: none;">OLIVIER PIRONET</a></span></span></p><p style="background-color: white; clear: left; margin: 0px; padding: 0px;"><small style="display: block; padding-bottom: 8px; text-align: justify;"><span style="color: #003366; font-family: verdana; font-size: x-small;">um artigo do Le Monde Diplomatique - </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #003366; font-family: verdana; font-size: x-small;">https://pt.mondediplo.com/</span></span></small></p><div class="texte" style="background-color: white; font-size: 0.96em;"><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: 0.96em;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEircDQIvPl8t-K2DFqREW19X7Y87ucdcXlxjmSDir1-DRSC4xdxVvx8_7nM1OslwAWV95WDdx4DduV2bZRX54xeJq8tdmQsqFGjNu_pu6I9Gv_fmuGZzof0Wki5qu5yaCeVduT66c0u8UjU/s750/GettyImages-1232879340.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="750" height="328" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEircDQIvPl8t-K2DFqREW19X7Y87ucdcXlxjmSDir1-DRSC4xdxVvx8_7nM1OslwAWV95WDdx4DduV2bZRX54xeJq8tdmQsqFGjNu_pu6I9Gv_fmuGZzof0Wki5qu5yaCeVduT66c0u8UjU/w640-h328/GettyImages-1232879340.jpg" width="640" /></span></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-size: 0.96em;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: 0.96em;">Nesta manhã de Junho está um tempo radioso na praia onde se alinham os barcos de pesca pintalgados a várias cores. O brilho do sol, o azul do céu e a ressaca do mar fazem a paisagem parecer um postal. Mas este cenário encantador não engana durante muito tempo: aqui, o Mediterrâneo está poluído, a linha do horizonte encontra-se obstruída pelas fragatas de guerra e os céus são sulcados pelos aviões de caça e pelos </span><i style="font-size: 0.96em;">drones.</i><span style="font-size: 0.96em;"> Estamos na Faixa de Gaza, um território sobrepovoado (2 milhões de habitantes em 365 quilómetros quadrados) e sitiado por Israel.</span></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os pescadores que nos recebem no seu casebre em Beit Lahya, nos arredores da cidade de Gaza, mostram má cara. Israel, que impõe há treze anos um bloqueio implacável — aéreo, marítimo e terrestre — à língua de terra palestiniana, impede-lhes desde há dois dias qualquer saída para o mar, depois de ter já reduzido progressivamente a sua área de navegação. A razão invocada é o arremesso de balões e papagaios voadores incendiários sobre localidades israelitas — principalmente <i>kibutz</i> — situados na orla terrestre da faixa costeira. A 18 de Junho, depois de duas noites de hostilidades [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb1" id="nh1" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Tzvi Joffre, «IAF attacks targets in Gaza strip after rocket fire», The">1</a>], seguidas de uma regresso à «calma», Telavive voltará a autorizar a pesca, mas apenas dentro do limite de dez mil milhas marítimas (dezoito quilómetros e meio), longe das águas ricas em peixe. Uma medida de excepção cujo levantamento é regularmente exigido pelo Hamas, o partido islamita no poder desde 2006 em Gaza, em negociações indirectas com Israel.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><i>«Os navios de patrulha israelitas só estão a uns três ou quatros quilómetros pode vê-los a olho nu»</i>, diz-nos Jihad Al-Sultan, o responsável do comité sindical dos pescadores do Norte da Faixa de Gaza, apontando o alto mar com o dedo. <i>«Quando os nossos pescadores estão no mar, eles disparam sobre eles constantemente, a maior parte das vezes sem uma notificação. Recentemente vários deles foram feridos e as suas embarcações ficaram seriamente danificadas.»</i> Durante o primeiro semestre de 2019, as forças navais israelitas abriram fogo mais de duzentas vezes sobre os pescadores, feriram cerca de trinta deles e apreenderam uns doze barcos, segundo duas organizações não governamentais palestiniana e israelita — o Centro pelos Direitos Humanos Al-Mezan e a B’Tselem. Dois marinheiros de Gaza foram mortos em 2018.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Em 2000, a Faixa de Gaza tinha cerca de 10 mil trabalhadores do mar. Dois terços deles tiveram de desistir, por falta de acesso às águas piscosas — Israel exclui-os de 85% das zonas marítimas a que, no entanto, o direito internacional lhes dá acesso —, pelo que hoje contam-se apenas 3500 pescadores, 95% dos quais vivem abaixo do limiar de pobreza (menos de 5 euros por dia), contra 50% em 2008.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Dirigimo-nos a Khuzaa, um povoado próximo de Khan Yunés, uma das principais cidades do Sul do enclave. Também aqui o moral está em baixo. Apesar de a miséria ser patente, Khaled Qadeh, um agricultor com 34 anos, de olhos penetrantes protegidos pelo chapéu feito de vime, convida-nos para ocupar um lugar à volta de uma merenda na pequena tenda de descanso montada na orla do seu campo. As suas terras, distribuídas por 11 <i>dunums</i> (1,1 hectares), estão situadas a algumas centenas de metros da vedação «fronteiriça» israelita, que não é reconhecida pelo direito internacional. Um entrelaçado de 65 quilómetros de muros, trincheiras, barreiras metálicas, redes de arame e de arame-farpado circunda a Faixa de Gaza e faz-se acompanhar por uma zona-tampão que varia entre os 300 metros e 1,5 quilómetros quadrados de profundidade <i>(ver mapa)</i>. Esta área de exclusão militar entra por 25% do território e invade 35% das superfícies cultiváveis, bem longe da linha do armistício de 1949 («Linha Verde») que separa oficialmente Israel e Gaza. <i>«A minha família também possui 20</i> dunums <i>de terras do outro lado da “Linha Verde”, mas perdemo-las em 1948</i> [ano da criação do Estado de Israel]<i>»,</i> explica-nos Khaled Qadeh.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45-ZWc938FRwqAqE7uEKlVYEckl2oAMNDT46aNvYgL0L5oNcz3LHfslII3khsqloWd-c0ydr_AMOhyphenhyphenw5QyGq3FQ3AW3Z-mz_bpTTuodwNK_evDuQnWXq-CvCw4XvbOVZqFCufKWWiEWo3/s1000/-14.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="853" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh45-ZWc938FRwqAqE7uEKlVYEckl2oAMNDT46aNvYgL0L5oNcz3LHfslII3khsqloWd-c0ydr_AMOhyphenhyphenw5QyGq3FQ3AW3Z-mz_bpTTuodwNK_evDuQnWXq-CvCw4XvbOVZqFCufKWWiEWo3/w546-h640/-14.png" width="546" /></span></a></div><span style="font-family: verdana;"><br /></span><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p><h3 class="spip" style="font-size: 1.15em; margin: 2em 0px 1.4em; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Um lugar «inabitável» até 2020, segundo as Nações Unidas</span></h3><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No magro hectare plantado de que dispõe, o camponês só pode explorar plenamente um terço das parcelas. <i>«O resto do meu campo, ao longo da</i> “no-go zone”, <i>é de difícil acesso, porque na maior parte do tempo os israelitas impedem-me de ir lá, e eles têm o gatilho fácil, para já não falar dos danos causados pelos tanques e os buldózeres deles. Tal como todos os camponeses da zona fronteiriça, eu estou muitas vezes exposto aos tiros, inclusive aqui onde estamos. Os israelitas proíbem-me também de trabalhar de noite para aproveitar quando há corrente eléctrica: se eles suspeitam do mais pequeno movimento, metralham ou bombardeiam»,</i> conta-nos Khaled Qadeh com um tom vivo, enquanto um blindado israelita que patrulha ao longe levanta uma nuvem de poeira. O rendimento deste agricultor caiu 80% desde que foi implantada a zona-tampão, que se seguiu ao desmantelamento dos colonatos judaicos de Gaza, em 2005, e que foi instaurado o bloqueio, no ano seguinte. A sua actividade é a única fonte de rendimentos da família, e ele está crivado de dívidas. O pequeno terreno que ele consegue cultivar apenas lhe permite ganhar uns 400 shekels (100 euros) por mês, graças à venda dos seus produtos, e alimentar os seus. O sector agrário, que dá trabalho a 44 mil pessoas (cerca de 10% dos empregos), teve uma quebra de mais de 30% desde 2014 [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb2" id="nh2" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Ver o relatório anual do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das">2</a>].</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A situação dos pescadores e dos agricultores é semelhante à que se verifica em toda a faixa costeira: <i>«catastrófica»</i> e <i>«insustentável»,</i> segundo os termos de Isabelle Durant, directora-adjunta da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb3" id="nh3" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Tom Miles, «UN bemoans unsustainable Palestinian economy», Reuters, 12 de">3</a>]. Desde 2012 que a Organização das Nações Unidas (ONU) fez soar o alarme, considerando que o território se tornará <i>«inabitável»</i> até 2020 se o bloqueio imposto por Israel, com a colaboração do Egipto, não for levantado [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb4" id="nh4" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Cf. o relatório «Gaza in 2020: A liveable place?», Nações Unidas, Nova Iorque,">4</a>]. Cortada do mundo desde há oito anos, Gaza já sofrera naquela altura duas guerras, lançadas por Telavive em 2006 e depois em 2008-2009 (mais de 1800 mortos do lado palestiniano, uns vinte do lado israelita). Em 2017, depois de duas outras guerras (em 2012, depois em 2014, com um balanço acumulado de 2500 mortos de Gaza, contra 72 de Israel), Robert Pipper, então coordenador humanitário da ONU para os territórios palestinianos ocupados, constatava o seguinte: <i>«A degradação da situação acelerou-se mais depressa do que previsto</i> (…). <i>Talvez Gaza seja já inabitável»</i> [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb5" id="nh5" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="«Gaza ten years later», Nações Unidas, Julho de 2017.">5</a>].</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No total da população, 70% possui o estatuto de refugiado desde 1948 e metade tem menos de 15 anos. Hoje, o desemprego ascende a 53% da população activa (70% entre os jovens e 85% entre as mulheres) — um recorde mundial —, a pobreza atinge mais do que uma em cada duas pessoas e a economia local colapsou (-6,9% de crescimento em 2018) [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb6" id="nh6" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Todos estes dados estão disponíveis nos sítios do Banco Mundial, da CNUCED e">6</a>]. Além disso, as infra-estruturas e <i>«capacidades produtivas foram aniquiladas»,</i> sublinha a CNUCED [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb7" id="nh7" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="«Rapport sur l’assistance de la Cnuced au peuple palestinien», CNUCED,">7</a>]. <i>«Entre as destruições materiais e os custos da reconstrução, só a factura da última guerra</i> [a de 2014] <i>ascende a 11 mil milhões de dólares»,</i> indica Ali Al-Hayek, presidente da Associação dos Empresários Palestinianos (PBA), com quem nos encontramos na sede da organização, no centro da cidade. <i>«Foram varridas do mapa mais de mil fábricas, oficinas e lojas, entre outras. Israel também nos faz uma guerra económica.»</i> Por causa do bloqueio, muitas empresas tiveram de fechar as portas, reduzir salários ou despedir. <i>«A Faixa de Gaza parece uma grande prisão onde se confinou todo um povo submetido a uma ocupação militar, e ao qual são administradas doses de tranquilizantes, como a ajuda humanitária, para evitar a implosão»,</i> resume Ghazi Hamad, vice-ministro do Desenvolvimento Social e personalidade destacada do Hamas. <i>«Desde a eleição do Hamas, em 2006, sofremos uma punição colectiva sem fim à vista»,</i> declara-nos por seu lado o analista gazense Fathi Sabah, colaborador do jornal pan-árabe <i>Al-Hayat</i>. <i>«Este bloqueio é acima de tudo um meio de pressão usado por Israel, com a cumplicidade da comunidade internacional, para nos pôr de joelhos.»</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O cerco israelita afecta todos os aspectos do quotidiano. Fez mesmo emergir uma nova «normalidade». A precariedade energética, por exemplo: desde a destruição por Telavive da única central eléctrica, em Junho de 2006, o acesso à electricidade é aleatório. A central foi em parte reconstruída, mas por causa da falta de fuelóleo só opera a 20% das suas capacidades. O território tem por isso de se abastecer principalmente junto de Israel, que fornece a electricidade — facturada à Autoridade Palestiniana da Cisjordânia — em quantidade limitada. Os cortes de corrente ditam o ritmo da vida dos habitantes de Gaza. <i>«Nós só temos oito a doze horas de electricidade a cada vinte e quatro horas, e em horários variáveis»</i>, explica-nos Ghada Al-Kord, jornalista e tradutora de 34 anos. <i>«A maioria das casas não possui geradores de electricidade, demasiado caros, para aliviar os cortes. Isso significa, por exemplo, que não podemos guardar quase nada no frigorífico. Temos por isso de nos organizar de dia para dia. Há dois anos ainda era pior.»</i> De Abril de 2017 a Janeiro de 2018, Mahmud Abbas, o presidente da Autoridade e líder da Fatah, recusou pagar a Israel a factura da electricidade para exercer pressão sobre os seus rivais do Hamas. Consequência: a população só tinha entre três e quatro horas de corrente por dia. Os habitantes estão além disso confrontado com a escassez de água. Devido à poluição do aquífero costeiro, 85% dos recursos do qual são controlados por Israel, mais de 95% dos lençóis freáticos atribuídos ao enclave são insalubres.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O acesso aos cuidados de saúde foi também muito atingido pelo embargo. O hospital Al-Shifa, o maior do território, outrora famoso, suscita hoje apreensão. Os gazenses, fiéis ao seu sentido de auto-ridicularização, brincam a respeito da instituição: <i>«Entramos lá vivos mas saímos com os pés para a frente».</i> Há razões para o afirmarem. Com falta de medicamentos, material e camas para tratar dos muitos doentes, os hospitais transformaram-se em locais para morrer. As proibições à importação de produtos de primeira necessidade, a falta de pessoal, os cortes de corrente, mas também os danos causados — deliberadamente — pela artilharia israelita, fizeram da saúde um sector sinistrado. <i>«Falta-nos tudo»,</i> lamenta o porta-voz das autoridades sanitárias em Gaza, Ashraf Al-Qadra, que apresenta um sórdido catálogo de elementos heterogéneos: <i>«Não temos acesso a mais de 50% dos medicamentos essenciais, 65% dos doentes oncológicos são privados de tratamento, uma grande parte das intervenções cirúrgicas não pode ser efectuada»</i>…</span></p><h3 class="spip" style="font-size: 1.15em; margin: 2em 0px 1.4em; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Balas explosivas que causam danos irreversíveis</span></h3><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">No hospital Al-Shifa, o cenário é edificante: cruzamo-nos com muitos estropiados — a maior parte jovens —, as paredes estão desbotadas, as salas de espera sobrelotadas, o pessoal esgotado. Mohamed Chahin, cirurgião ortopédico, ocupa-se essencialmente dos manifestantes feridos pelos soldados israelitas durante as concentrações semanais organizadas em frente à vedação «fronteiriça» israelita no quadro da «grande marcha do retorno» (Massirat Al-Awda). Todas as sextas-feiras, dia de manifestação, os médicos têm de fazer face ao afluxo de feridos. <i>«Há muitos doentes, e por vezes muito jovens»,</i> conta Mohamed Chahin. <i>«Eles apresentam lesões profundas que até agora nunca tínhamos visto. Os israelitas utilizam balas explosivas que destroem os tecidos musculares, as articulações e os nervos. Quando os</i> snipers <i>deles não atiram para matar — no peito ou em cheio na cabeça —, eles atiram às pernas ou às partes mais sensíveis do corpo para causar danos irreversíveis. Dir-se-ia que tiveram aulas de anatomia. Muitos manifestantes atingidos vêem-se com deficiência para toda a vida ou têm de ser amputados, porque temos falta de equipamentos.»</i> Dos 30 mil feridos recenseados desde o início da «grande marcha do retorno», perto de 140 (uns 30 dos quais são crianças) perderam um membro inferior ou superior e, segundo a ONU, 1700 estão em risco de amputação nos dois anos seguintes, na ausência de autorização israelita para serem evacuados.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Os jovens estão na primeira linha das manifestações da «grande marcha». Este movimento de protesto popular e não armado, que reúne todas as semanas milhares de famílias, foi lançado a 30 de Março de 2018, antes da comemoração anual daquilo que os palestinianos chamam a Nakba [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb8" id="nh8" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Ler Akram Belkaïd, «Al-Nakba», em «Palestine. Un peuple, une colonisation»,">8</a>], a 15 de Maio. O termo, traduzido por «catástrofe», designa o êxodo de 1948, durante o qual 800 mil palestinianos foram expulsos das suas casas pelos israelitas e refugiaram-se em Gaza, na Cisjordânia ou nos países árabes vizinhos. Uma sexta-feira, durante a tarde, deslocamo-nos a Malaka, no leste de Gaza, que é um dos cinco lugares onde ocorre a mobilização semanal. O ambiente é pacato, familiar. Na retaguarda foi montada uma imensa tenda para acolher, entre outros, os mais velhos e os estropiados. No altifalante, uma voz recorda o sentido da mobilização: o direito ao retorno, a denúncia da Conferência do Bahrein na vertente económica do novo «plano de paz» americano, a unidade palestiniana. As bandeiras palestinianas, numerosas, oscilam ruidosamente ao vento. Não nos aproximaremos da zona, muito perigosa, onde se mantêm os jovens preparados para desafiar os atiradores de elite israelitas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">A ideia de uma concentração de massas em frente à barreira israelita nasceu no espírito de uns vinte jovens de Gaza. <i>«Inspirámo-nos em acções do mesmo tipo levadas a cabo há vários anos na Palestina ou nos confins de Israel»,</i> relata Ahmad Abu Artema, um dos seus iniciadores. Este militante pacifista de 35 anos, de voz calma e monocórdica, é ele próprio oriundo de uma família expulsa de Ramla em 1948. <i>«Através desta mobilização civil, o que estava em causa era reafirmar o direito ao retorno dos refugiados às suas terras, tal como foi determinado pelas resoluções da ONU, e exclamar alto e bom som a nossa sede de dignidade.»</i> Muito rapidamente, as facções políticas juntaram-se ao movimento, com uma preocupação unitária, como que para esconjurar a discórdia entre os irmãos rivais do Hamas e da Fatah, que envenena o xadrez palestiniano. Para esta ocasião, os partidos recolhem as suas respectivas bandeiras e deram instruções para que só fosse brandida a bandeira da Palestina. <i>«A questão dos refugiados resulta de um consenso nacional. É por isso normal que todas as facções tenham dado o seu apoio»,</i> explica-nos Ahmad Abu Artema. O Hamas, apesar de ser defensor da luta armada contra Israel, associou-se estreitamente a este movimento pacífico. Faz parte do seu comité de organização, ao lado de várias outras formações, como a Jihad Islâmica (islamo-nacionalista) ou a Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP, marxista). <i>«A “grande marcha” é uma das outras opções que de que dispomos, além da via das armas, para fazer valer os nossos direitos perante a ocupação»,</i> diz-nos Ghazi Hamad. <i>«Ela permite dar visibilidade à nossa causa.»</i></span></p><h3 class="spip" style="font-size: 1.15em; margin: 2em 0px 1.4em; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">«Fomos exortados a recorrer à resistência pacífica…»</span></h3><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Supunha-se que o movimento duraria até 15 de Maio de 2018, mas desde então continuou. Outras reivindicações surgiram, como o levantamento do bloqueio ou a defesa de Jerusalém. Apesar do carácter não armado das concentrações, Israel decidiu responder-lhes abrindo fogo. Desde o início da mobilização civil, perderam a vida mais de duzentos gazenses, entre os quais cerca de cinquenta crianças, mas também socorristas e jornalistas. A este balanço junta-se a centena de palestinianos mortos num ano e meio no território durante bombardeamentos ou ataques israelitas. Em Fevereiro de 2019, uma comissão de inquérito das Nações Unidas concluiu que a violência cometida por Israel durante manifestações na orla fronteira de Gaza podia <i>«constituir crimes de guerra ou crimes contra a humanidade»</i> [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb9" id="nh9" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="«Gaza: des enquêteurs de l’ONU suspectent Israël de crimes contre l’humanité">9</a>]. Acusações imediatamente varridas pelo primeiro-ministro israelita. Apontando o arremesso pelos contestatários de papagaios voadores e de balões incendiários sobre as terras israelitas meeiras, Benjamin Netanyahu retorquiu que Israel tinha de <i>«proteger a sua soberania, bem como a dos seus cidadãos, e exercer o direito à autodefesa»</i> [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb10" id="nh10" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Tovah Lazaroff, «Netanyahu: UN set new hypocrisy record with Israeli war">10</a>]. Ele pode contar com o apoio da sua opinião pública: em Maio de 2018, quando se estava próximo da centena de mortos do lado palestiniano, uma sondagem indicava que 71% dos israelitas consideravam justificados os disparos contra os manifestantes da marcha [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb11" id="nh11" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Cf. «The peace index», 2 de Maio de 2018, http://peaceindex.org/defaulteng.aspx.">11</a>].</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Perante a dimensão das vítimas registadas entre os manifestantes e os danos materiais causados em território israelita por objectos incendiários, chovem críticas sobre os dirigentes palestinianos. A «comunidade internacional» e a comunicação social ocidental acusam as facções — e sobretudo o Hamas — de instrumentalizar os jovens e de os sacrificar aos atiradores de elite escondidos por trás da barreira. Khaled Al-Batch, líder da Jihad Islâmica em Gaza e membro do Comité Nacional da «Marcha do Retorno», rejeita estas acusações. <i>«Exortaram-nos a utilizar a via da resistência pacífica, e foi o que nós fizemos através destas mobilizações»,</i> explica-nos ele. <i>«E agora querem culpar-nos pelo elevado número de vítimas palestinianas! Os verdadeiros responsáveis não são condenados. Quem é que nos mata, quem é que mata os nossos filhos? São</i> snipers <i>aguerridos que sabem exactamente o que estão a fazer. Até agora, não há nenhum morto a lamentar do lado israelita durante estas manifestações. Por que é que ninguém sanciona Israel?»</i> Maher Micher, dirigente da FPLP e membro do comité que organiza a marcha, com quem nos encontrámos na concentração de 14 de Junho de 2019 [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb12" id="nh12" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Nesse dia viriam a ser feridos na Faixa de Gaza mais de noventa">12</a>], rejeita também as acusações dos ocidentais. Para ele, este movimento tem dois méritos: <i>«Por um lado, permite pressionar Israel, porque os danos causados nas terras das localidades israelitas por simples papagaios voadores incendiários levaram certos habitantes a partir; por outro, voltou a colocar a questão do direito ao retorno no xadrez internacional. É por isso que esta marcha tem de continuar». «Apesar dos feridos — o meu pai e o meu irmão foram eles próprios atingidos por balas —, a mobilização tem de continuar até recuperarmos os nossos direitos e as nossas terras»,</i> concorda Mohammed Challah, um empregado de 33 anos com quem nos cruzamos de raspão enquanto ele corre para a zona perigosa, contígua à barreira.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Fazem-se contudo ouvir vozes dissonantes, nomeadamente entre os jovens. Muitos já não vão à marcha, que consideram demasiado próxima do Hamas desde que a formação islamita decidiu enquadrá-la. <i>«O Hamas chamou a si o movimento para se revalorizar e recuperar legitimidade numa altura em que está em refluxo»,</i> afirma Loai A., um militante dos direitos humanos com 26 anos de idade. Neste últimos anos, a estrela do «partido da resistência islâmica» perdeu brilho. Uma parte dos gazenses criticam a organização dirigida por Yahya Sinuar de não ter avaliado as necessidades sociais da população e de mergulhar no autoritarismo e no rigorismo moral.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Testemunho disso é a repressão do movimento de contestação popular lançado em Março último. Sob o lema <i>Bidna na’ich»</i> («Queremos viver»), milhares de pessoas marcharam em protesto contra o aumento dos preços e a degradação das condições de vida. Acusando o movimento de ser manipulado pela Fatah, o Hamas respondeu com o bastão, agredindo e detendo várias centenas de pessoas [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb13" id="nh13" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Entsar Abu Jahal, «Human rights group documents Hamas abuses», Al-Monitor, 26">13</a>]. <i>«Como é que querem que nós apoiemos a “grande marcha” quando o Hamas não faz nada por nós e ainda nos reprime?»,</i> pergunta-nos Loai A. Com um tom cheio de amargura. <i>«Eu cá disse ao Hamas: “Eu aceito perder a minha perna, mas que isso sirva ao menos para alguma coisa, e para que em troca vocês cuidem de nós.” Muitos jovens só pensam em partir para o estrangeiro. O problema»,</i> acrescenta ele suspirando, <i>«é que não podemos sair»…</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Pode a Fatah proporcionar uma solução alternativa? Nada é mais certo, de tal forma a Autoridade Palestiniana de Mahmud Abbas, controlada pela Fatah, perdeu crédito aos olhos de muitos gazenses e junto de uma grande maioria de palestinianos da Cisjordânia. A política de conciliação levada a cabo com Israel durante os «processos de paz» fracassou, a colonização expandiu-se e a colaboração securitária entre a polícia da Autoridade e o exército israelita na Cisjordânia é rejeitada em massa pela opinião pública [<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nb14" id="nh14" rel="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Sobre a cooperação securitária, ler «Na Cisjordânia, o espectro da Intifada», Le">14</a>]. Sem contar com a corrupção que gangrenou as instituições quando a Fatah estava no poder em Gaza, estimulando o rancor em proveito de um Hamas considerado mais íntegro. <i>«A situação com a Fatah não era realmente melhor»,</i> explica Fathi Sabah. <i>«E na Cisjordânia, hoje, as coisas estão mal: Mahmud Abbas não faz nada contra os colonatos, não luta contra a ocupação, não defende Jerusalém… Não faz nada, à parte fazer discursos nas Nações Unidas.»</i> Rejeitando em bloco a Fatah e o Hamas, um número crescente de gazenses faz apelo a mudanças políticas radicais, tal como os seus compatriotas da Cisjordânia, e exigem uma renovação geracional.</span></p><h3 class="spip" style="font-size: 1.15em; margin: 2em 0px 1.4em; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Uma prioridade: a reconciliação entre o Hamas e a Fatah</span></h3><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Neste contexto de crise generalizada, em que o bloqueio e o cerco sobrecarregam o futuro, muitos perderam a esperança. <i>«Eu detesto Gaza, a minha infância foi destruída por três guerras e eu quero sair daqui»,</i> confidencia-nos Amira Al-Achcar, uma estudante de 18 anos que vive no campo de refugiados de Nusseirat com oito irmãos e irmãs e com a mãe, sozinha e sem emprego. <i>«Todos os dias encontro pessoas extraordinárias, instruídas, que desejam a paz com os israelitas; mas estão no limite»,</i> testemunha por seu lado Matthias Schmale, director da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) em Gaza, que escolariza perto de 280 mil crianças e fornece ajuda alimentar a mais de um milhão de pessoas no enclave. <i>«É fácil compreender que alguns possam passar à violência quando vemos o tratamento que Israel inflige a todo um povo.»</i></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Na ausência de avanços do lado israelita, e por falta de apoio internacional, nomeadamente da maior parte dos países árabes, a prioridade, para muitos, é a resolução do conflito entre a Fatah e o Hamas. A 12 de Outubro de 2017, os dois movimentos assinaram um acordo de reconciliação que deveria ter permitido o regresso da Autoridade Palestiniana à Faixa de Gaza. Mas o processo não avança, principalmente por causa das exigências de Abbas. O presidente da Autoridade exige, entre outras coisas, o desarmamento do Hamas, uma imposição categoricamente rejeitada pela formação islamita. Enquanto isso, <i>«a população cai todos os dias um pouco mais na miséria e Gaza é uma bomba-relógio que ameaça explodir»,</i> considera Ahmad Yussef, figura influente do Hamas, favorável a uma solução de compromisso entre os dois partidos. A seu ver, <i>«tem de se reconstruir a casa palestiniana para enfrentar melhor Telavive. E isso só pode ser feito através de um sistema de co-gestão do poder. Todos têm de fazer concessões».</i> Imad Al-Agha, alto responsável da Fatah em Khan Yunés, tem um discurso semelhante: <i>«Temos de pôr fim a esta discórdia, que só favorece Israel, e reunir as nossas forças».</i> Um voto piedoso, para alguns; uma urgência absoluta, para outros.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Não poderá esta reconciliação ser feita sob os auspícios da juventude, tendo em vista elaborar uma nova estratégia nacional? Hassan Ostaz, militante da Fatah com 29 anos de idade, está convencido disso: <i>«É preciso reconhecer que, hoje, só o Hamas resiste aos israelitas. Nós temos de ultrapassar as clivagens para reflectir sobre os meios de luta comum contra a ocupação. É o que estamos a tentar fazer, por exemplo organizando reuniões comuns com os jovens do Hamas».</i> Mohammed Haniyeh, de 28 anos, é o representante da juventude do Hamas no comité que organiza a «grande marcha». Recebe-nos num escritório que partilha com… os jovens da Fatah. Também para ele, é chegado o momento de um sobressalto colectivo: <i>«Nós temos de constituir, sem tardar, um governo de união, organizar novas eleições e trabalhar para construir o nosso Estado, da Cisjordânia a Gaza».</i> Um Estado que nem sequer é considerado no «acordo do século» preparado por Washington e apoiado pelos países do Golfo. Este enésimo projecto de paz enterra, entre outras coisas, a ideia de uma Palestina independente e encara a Faixa de Gaza como uma entidade separada da Cisjordânia. <i>«Uma brincadeira trágica»,</i> conclui Ahmad Yussef.</span></p></div><p style="background-color: white; color: #333333; font-size: 14.4px; text-align: justify;"><small><span style="font-family: verdana;">quinta-feira 13 de Maio de 2021 no Monde Diplomatique - https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406</span></small></p><p style="background-color: white; clear: left; margin: 0px; padding: 0px;"><small style="display: block; font-size: 0.8em; padding-bottom: 8px; text-align: justify;"></small></p><div class="notes" style="background-color: white; border-top: 2px solid rgb(204, 204, 204); clear: both; color: #333333; font-size: 0.77em; margin-top: 1.4em; padding-top: 2px;"><h2 style="font-size: 1.19em; margin: 0px; padding: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">Notas</span></h2><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh1" id="nb1" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 1">1</a>] Tzvi Joffre, «IAF attacks targets in Gaza strip after rocket fire», <i>The Jerusalem Post</i>, e «Israeli air force fires many missiles into Gaza», International Middle East Media Center (IMEMC), 14 de Junho de 2019.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh2" id="nb2" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 2">2</a>] Ver o relatório anual do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (UNOCHA/OCHA), Nova Iorque, Maio de 2018, e Ali Adam, «Israel is intensifying its war on Gaza’s farmers», <i>The New Arab</i>, Londres, 19 de Março de 2018.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh3" id="nb3" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 3">3</a>] Tom Miles, «UN bemoans unsustainable Palestinian economy», Reuters, 12 de Setembro de 2018.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh4" id="nb4" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 4">4</a>] Cf. o relatório «Gaza in 2020: A liveable place?», Nações Unidas, Nova Iorque, Agosto de 2012.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh5" id="nb5" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 5">5</a>] «Gaza ten years later», Nações Unidas, Julho de 2017.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh6" id="nb6" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 6">6</a>] Todos estes dados estão disponíveis nos sítios do Banco Mundial, da CNUCED e do Gabinete Central de Estatísticas Palestiniano (PCBS).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh7" id="nb7" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 7">7</a>] «Rapport sur l’assistance de la Cnuced au peuple palestinien», CNUCED, Genebra, 12 de Setembro de 2018.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh8" id="nb8" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 8">8</a>] Ler Akram Belkaïd, «Al-Nakba», em «Palestine. Un peuple, une colonisation», <i>Manière de voir</i>, n.º 157, Fevereiro-Março de 2018.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh9" id="nb9" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 9">9</a>] «Gaza: des enquêteurs de l’ONU suspectent Israël de crimes contre l’humanité lors des manifestations», ONU Info, 28 de Fevereiro de 2019, <a class="spip_url spip_out" href="https://news.un.org/" rel="nofollow external" style="color: #004872; text-decoration-line: none;">https://news.un.org</a>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh10" id="nb10" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 10">10</a>] Tovah Lazaroff, «Netanyahu: UN set new hypocrisy record with Israeli war crimes allegation», <i>The Jerusalem Post</i>, 28 de Fevereiro de 2019.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh11" id="nb11" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 11">11</a>] Cf. «The peace index», 2 de Maio de 2018, <a class="spip_url spip_out" href="http://peaceindex.org/defaulteng.aspx" rel="nofollow external" style="color: #004872; text-decoration-line: none;">http://peaceindex.org/defaulteng.aspx</a>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh12" id="nb12" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 12">12</a>] Nesse dia viriam a ser feridos na Faixa de Gaza mais de noventa palestinianos, entre os quais vinte e oito crianças e quatro socorristas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh13" id="nb13" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 13">13</a>] Entsar Abu Jahal, «Human rights group documents Hamas abuses», Al-Monitor, 26 de Abril de 2019, <a class="spip_url spip_out" href="http://www.al-monitor.com/" rel="nofollow external" style="color: #004872; text-decoration-line: none;">www.al-monitor.com</a>.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">[<a class="spip_note" href="https://pt.mondediplo.com/spip.php?article1406#nh14" id="nb14" rev="footnote" style="color: #004872; text-decoration-line: none;" title="Notas 14">14</a>] Sobre a cooperação securitária, ler «Na Cisjordânia, o espectro da Intifada», <i>Le Monde diplomatique — edição portuguesa</i>, Outubro de 2014.</span></p></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-30549797023007711382021-03-18T13:59:00.000+00:002021-03-18T13:59:09.113+00:00Corrupção custa aos Portugueses entre 8 a 10% do PIB<p><b><span style="font-family: inherit;">"A corrupção é a principal causa do atraso no desenvolvimento e da prevalência de desigualdade económica e social em Portugal. Actualmente, estima-se que a corrupção equivalha a 8-10% do Produto Interno Bruto (PIB), aproximadamente 20 mil milhões de Euros. Isto equivale a 1,6 vezes mais o orçamento do Ministério de Saúde e 13 vezes mais o orçamento do Ministério da Justiça em 2021."</span></b></p><p><span style="font-family: inherit;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwS95UBMc8AQ3Qe50orwhXv15mLS4xPQahxOacZ3-ZuZ_lNtv3H1i_tDTVvX9_gkPevdVaiGlfGTrGQu_dX-fUMy9JxCIbOzv8O6GTx-wbdhyUnlange1eAQ3lpZniG1jxwQB1OhJ04gWo/s1500/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1500" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwS95UBMc8AQ3Qe50orwhXv15mLS4xPQahxOacZ3-ZuZ_lNtv3H1i_tDTVvX9_gkPevdVaiGlfGTrGQu_dX-fUMy9JxCIbOzv8O6GTx-wbdhyUnlange1eAQ3lpZniG1jxwQB1OhJ04gWo/w400-h266/1.jpg" width="400" /></a></span></div><span style="font-family: inherit;">Neste texto de opinião, André Corrêa d’Almeida, Professor de Assuntos Públicos e Internacionais na Universidade de Columbia, nos EUA, esclarece o conceito de corrupção e dá a conhecer as suas causas e sinais no País. O especialista deixa ainda vários alertas, nomeadamente que em Portugal se observa uma “resistência à mudança sem igual na União Europeia”; que para se ultrapassar este imobilismo é necessário “os partidos políticos e os seus responsáveis aprenderem a conviver de forma positiva entre antagónicos”; e que, “como povo, somos demasiado conformistas”.</span><p></p><p><b><span style="font-family: inherit;"><br /></span></b></p><p><b><span style="font-family: inherit;">Definição de Corrupção: alguns conceitos base</span></b></p><p><span style="font-family: inherit;">Corrupção, o que é? A Transparência e Integridade Portugal define-a assim: “abuso do poder confiado para obtenção de benefícios privados. A corrupção pode ser classificada como grande, pequena e política, dependendo do volume de dinheiro perdido e do sector em que ocorre.”</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Corrupção política, o que é? A mesma representação da Transparency International em Portugal define-a assim: “manipulação de políticas, instituições e regras de procedimento na distribuição de recursos e no financiamento, por parte de decisores políticos, que abusam da sua posição para manter o seu poder, estatuto e riqueza.”</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Corrupção ilegal vs. Corrupção legal, de que se trata? Nem todas as situações eticamente reprováveis, e nem todos os comportamentos e relações de risco, estão regulamentadas ou cobertas por leis específicas. Tal resulta do facto de as aspirações éticas das comunidades/nação serem mais vastas do que a capacidade do Direito legislar sobre elas. Estamos perante uma certa falência do Estado em adequar a legislação à ética aspirada por todos nós. O resultado é que muitos dos comportamentos e relações, nomeadamente daqueles com cargos públicos, podem ser considerados corruptos não só em relação a aspirações éticas, mas também em comparação com práticas jurídicas de outros países.</span></p><p><b><span style="font-family: inherit;">Dois tipos de corrupção legal amplamente disseminados no caso português:</span></b></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li><span style="font-family: inherit;"><b>Conflito de Interesses</b>: “situação que ocorre quando um indivíduo é confrontado com a escolha entre os deveres e exigências da posição que detém na entidade para a qual trabalha, quer seja um governo, um negócio, ou uma organização da sociedade civil, e os seus próprios interesses privados.” Exemplo: um deputado que representa o Estado na Comissão Parlamentar que sanciona o processo de privatização da EDP e, simultaneamente, tem um cargo superior na instituição financeira que assessoria o cliente do Estado que adquiriu a EDP.</span></li><li><span style="font-family: inherit;"><b>Porta giratória</b>: “Movimento alternado de indivíduos que transitam entre o exercício de funções em altos cargos públicos e empregos na mesma área de actividade, mas no sector privado. Se esta mudança alternada de funções não estiver devidamente regulada, há um risco elevado de conflitos de interesses.” Exemplo: Um ministro das Obras Públicas que depois de deixar o Governo assume cargos de liderança numa empresa de construção à qual, durante o seu mandato, adjudicou a maior parte dos contratos com o Estado português.</span></li></ul><p></p><p><span style="font-family: inherit;">Referência: <a href="https://transparencia.pt/glossario-anti-corrupcao/" target="_blank">Glossário Anti-Corrupção</a></span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Sinais da Corrupção em Portugal: alguns indicadores</b></span></p><p><span style="font-family: inherit;">A corrupção é a principal causa do atraso no desenvolvimento e da prevalência de desigualdade económica e social em Portugal. Actualmente, estima-se que a corrupção equivalha a 8-10% do Produto Interno Bruto (PIB), aproximadamente 20 mil milhões de euros. O que equivale a 1,6 vezes mais o orçamento do Ministério de Saúde e 13 vezes mais o orçamento do Ministério da Justiça em 2021.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Estes números macro estão a piorar e têm o seu equivalente ao nível micro:</span></p><p><span style="font-family: inherit;">– Cidadão comum: o Corruption Perception Index (2020) aponta que <b>nos últimos 20 anos Portugal regrediu do 23.o para o 33.o lugar em termos de corrupção no sector público</b> – a pontuação mais baixa de sempre.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">– Empresas: o Flash Eurobarómetro de 2019 indica que mais do que <b>o pagamento de suborno (34% das respostas), são o favorecimento de amigos e/ou familiares em negócios (55% dos inquiridos) e em instituições públicas (59%) as práticas mais comuns de corrupção e nepotismo em Portugal</b>.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Estes resultados não surpreendem quando sabemos pelo GRECO, criado no seio do Conselho da Europa para monitorizar a prevenção e o combate à corrupção, que apenas 6,7% das medidas anti-corrupção recomendadas por este organismo em 2016 tinham sido implementadas por Portugal em 2019.</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Fontes da Corrupção em Portugal: algumas pistas para reflexão</b></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Neste pequeno texto de opinião apresento de forma breve as três principais fontes da corrupção em Portugal: o imobilismo institucional, o tribalismo político e o défice de colaboração no seio da sociedade civil.</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Imobilismo Institucional</b></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Amplamente fundamentado no meu livro sobre a Reforma do Sistema Parlamentar em Portugal e claramente ilustrado pela avaliação do GRECO, o legislador nacional (líderes partidários) recusa-se, pura e simplesmente, a prevenir e combater de forma frontal a corrupção em Portugal. Em vez de inovação institucional para combater a causa número um do atraso no desenvolvimento e da prevalência de desigualdade económica e social em Portugal, o que os líderes partidários nos oferecem é uma resistência à mudança como não se vê noutro país da União Europeia.</span></p><p><span style="font-family: inherit;">Este imobilismo institucional renova-se a toda a hora e no final do ano passado foi assim que a Transparência e Integridade Portugal avaliou a estratégia nacional 2020-2024 do combate à corrupção apresentada pelo governo: “vaga, insegura e acanhada, excessivamente legalista e muito pouco ambiciosa”. Outro exemplo, entre tantos, a Comissão Europeia abriu um processo de infracção contra Portugal devido à transposição incorrecta para a legislação nacional das regras europeias contra a lavagem de dinheiro. Isto acontece num contexto histórico em que o Estado nunca promoveu e executou uma avaliação integral e multi-institucional do conjunto dos organismos que poderiam constituir, no seu todo, um sistema de transparência e integridade nacional.</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Tribalismo Político</b></span></p><p><span style="font-family: inherit;">Na base deste imobilismo, e consequente metastização do fenómeno corrupção, está um tribalismo político que impede o desenvolvimento e a institucionalização de uma ética política e de uma cultura de colaboração entre forças partidárias capazes de desbloquear barreiras e criar os consensos necessários para a modernização e reforma do sistema. Sem uma revolução cognitiva nos directórios dos partidos, nas suas estruturas nacionais e na Presidência da Assembleia da República, os decisores políticos não conseguirão criar modelos mentais de trabalho mais abrangentes e alargar o seu raio de confiança para além das fronteiras dos seus grupos tribais. Os diálogos, negociações e colaborações que a angariação dos apoios, votos e consensos para a reforma exigem só serão consequentes se os partidos políticos e os seus responsáveis aprenderem a conviver de forma positiva entre antagónicos, tal como Kant aspirava. E, assim, será possível rejuvenescer o sistema parlamentar e desenvolver visões inclusivas e partilhadas de um futuro sinergético entre os Portugueses e as suas instituições políticas.</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Défice de Colaboração no Seio da Sociedade Civil</b></span></p><p><span style="font-family: inherit;">A sociedade civil portuguesa não é inovadora nem quanto à frequência nem quanto ao conteúdo das suas reivindicações. Tal como explicam [no livro O Sistema Político Português – Uma perspetiva comparada] Conceição Pequito Teixeira, Almeida Pereira e Maria Belchior, a estratégia dos Portugueses é de exit (ex.: emigração, abstenção, não-participação) e não de voice. Luís de Sousa considera que “o apoio dos cidadãos à democracia passou a ser mais fundado no seu consentimento tácito das decisões governamentais (loyalty) do que numa actuação inquisitiva e participativa (voice) na vida política”. Como povo, somos demasiado conformistas, e, quando nos mobilizamos, é tipicamente sobre matéria salarial ou fiscal. É como se o bolso fosse a nossa alma. Após 1976, não tenho memória de uma única manifestação contra, ou a favor, de aspectos da organização do sistema político em Portugal.</span></p><div><span style="font-family: inherit;">artigo publicado no <a href="https://fronteirasxxi.pt/causas_da_corrupcao/?fbclid=IwAR2NlPw0V18Ip2OdhSYBr6cCmiebpQuELphbRio13aGRCzkezT1TqmYfxZM" target="_blank">FronteirasXXI</a></span></div><div class="row" style="background-color: white; box-sizing: border-box; margin-left: -15px; margin-right: -15px;"><div class="col-xs-offset-1 col-xs-10 noticia-texto" style="box-sizing: border-box; float: left; line-height: 28px; margin-left: 97.5px; margin-top: 50px; min-height: 1px; padding-left: 15px; padding-right: 15px; position: relative; width: 975px;"><p></p></div></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-42968042137437900632018-04-18T18:52:00.001+01:002018-04-18T19:05:08.017+01:00A Máfia do Pinhal - Reportagem TVI de Ana Leal<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">A Máfia do Pinhal - Reportagem TVI de Ana Leal</span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">Se o video no youtube não estiver disponível em baixo, podem usar o link directo para a TVI clicando <a href="http://tviplayer.iol.pt/programa/reporter-tvi/53c6b3483004dc006243bd77/episodio/t5e10" target="_blank">aqui</a>. </span></span></span></h1>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXbWr3dIC6UGOasXlpSEpWykWoF_u2P4RTaZDQ6P9sEbydAgkY4yVyptxx5BZm_CvSli7QXTbB2pUfJHgPhJmocwPIpHLcq9G5S5VQccSwq1KC9TbidVKUpMgWHcO_hWV2v00jIFWZEzV/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="337" data-original-width="600" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirXbWr3dIC6UGOasXlpSEpWykWoF_u2P4RTaZDQ6P9sEbydAgkY4yVyptxx5BZm_CvSli7QXTbB2pUfJHgPhJmocwPIpHLcq9G5S5VQccSwq1KC9TbidVKUpMgWHcO_hWV2v00jIFWZEzV/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"> </span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/SIx1hptUJr4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/SIx1hptUJr4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<h1 class="title style-scope ytd-video-primary-info-renderer">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></span></h1>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-72375221232062422862017-09-21T10:10:00.001+01:002017-09-21T10:10:36.890+01:00CETA aprovado em Portugal, com votos a favor de PS, PSD e CDS<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ontem, dia 20 de Setembro, <b>PS, PSD e CDS</b>, partidos do arco da governação, ratificaram o
Acordo Global de Economia e Comércio entre a União Europeia e o Canadá
(CETA), na Assembleia da República. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Este é um acordo transnacional que é feito à
medida de uma elite corporativa mas trabalhado à revelia dos cidadãos e
do ambiente. </span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUO2TsE48TrbbboLPWe2-7i3YFwGYooBWxd7uYmMj8yG7u2_y15I7not-5OoXNmdsRYQFJP7Y8M3L26TFo7ud94fPrZ0dcR-AG9yMryIT4lnReTf72sN1lceu4xM02jXtiR9UQwNmS8Gea/s1600/1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="405" data-original-width="720" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUO2TsE48TrbbboLPWe2-7i3YFwGYooBWxd7uYmMj8yG7u2_y15I7not-5OoXNmdsRYQFJP7Y8M3L26TFo7ud94fPrZ0dcR-AG9yMryIT4lnReTf72sN1lceu4xM02jXtiR9UQwNmS8Gea/s400/1.jpeg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Uma das vertentes dos acordos de livre comércio mais criticada tem
sido o sistema de resolução de conflitos. Poderá ser aberta uma porta
jurídica, dando possibilidade às multinacionais de processarem os
Estados por decisões que ponham em causa os seus interesses. Este
mecanismo chama-se ISDS/ICS e garante às grandes empresas estrangeiras a
possibilidade de processar os governos, exigindo compensações
financeiras se as leis violarem os direitos dos investidores ao lucro.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se tudo lhe parece confuso, veja este exemplo inédito, ocorrido no
início de Outubro. Há uma empresa mexicana que ameaça processar Portugal
em 42 milhões de euros, pelo cancelamento da privatização dos
transportes públicos de Lisboa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Recorde-se que estes dois “acordos de subconcessão” que o Grupo
Autobuses de Oriente (ADO), através da subsidiária espanhola Avanza,
foram assinados com o governo Português, do então primeiro-ministro
social-democrata, Passos Coelho, em Junho de 2015. O governo socialista
de António Costa decidiu cancelar os acordos de subconcessão “com efeito
imediato”, acordos esses que, no entanto, aguardavam o aval do Tribunal
de Contas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Segundo a Plataforma Não aos Tratados TTIP/CETA/TISA, a empresa
mexicana que requer a indemnização enviou um aviso de disputa ao Governo
Português, no âmbito do tratado de investimento bilateral
Portugal-México, após considerar as negociações “infrutíferas”. Caso a
disputa chegue à instância de arbitragem, será o primeiro caso do género
conhecido em território nacional, apesar de a ocorrência de processos
semelhantes não ser novidade no resto do mundo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Manifestações, protestos, campanhas de sensibilização e recolha de
assinaturas contra os tratados de livre comércio têm marcado a agenda de
activistas e cidadãos por toda a Europa. A STOP TTIP/CETA – que agrega
várias organizações dos 28 Estados-membros que se opõem à conclusão dos
tratado – lançou recentemente a iniciativa “<a href="https://stop-ttip.org/pt/ceta-check/?noredirect=pt_PT">CETA CHECK</a>”,
que permite aos cidadãos contactarem os eurodeputados , ministros do
Comércio e Economia e respectivos secretários de Estado para colocarem
questões relacionadas com o CETA.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“O acordo com o Canadá pode parecer pequeno e inocente quando
comparado com o irmão mais velho TTIP, mas não é menos tóxico! Terá
impacto em todos os cidadãos europeus de uma forma ou de outra, seja
pelo preço dos alimentos ou de visitas ao hospital! O CETA vai baixar
requisitos mínimos que foram conseguidos com muito esforço, desconstruir
a democracia e deturpar a lei”, defende a organização.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A plataforma europeia tornou possível a recolha de 3,5 milhões de
assinaturas de cidadãos europeus contra o livre comércio, a favor da
transparência e em protesto pelo secretismo das negociações.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“Não se pode aceitar que as grandes empresas ditem tudo”; “O que se
passa à porta fechada, é um escândalo. Não é democrático. A autonomia
dos países está a ser abalada”; “A economia deve servir a sociedade e o
bem-estar das comunidades. Se tratados como este não respeitarem os
princípios democráticos, então devem ser rejeitados”. Estes são alguns
dos argumentos dos opositores.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Outra das campanhas em curso intitula-se “ Zonas livres do
CETA/TTIP/TISA”. A ferramenta digital proporciona aos munícipes poderem
solicitar às suas câmaras municipais e juntas de freguesia que se
declarem zonas livres destes tratados.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O CETA só pode entrar em vigor com a aprovação de todos os Estados
membros da UE. Por enquanto, o chumbo oficial veio do parlamento
regional belga de Valónia. E em reacção, um grupo de eurodeputados
socialistas, ecologistas e da esquerda subscreveu uma carta aberta
saudando a iniciativa “altamente simbólica e corajosa” que deve ser
apoiada.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“O CETA não é mais do que uma porta de entrada na UE para o conjunto
dos actores económicos dos Estados Unidos, constituindo assim um
verdadeiro cavalo de Tróia do TTIP”, “e pondo em prática os mesmos
princípios de desregulação e de baixa dos padrões que o TTIP”, escrevem
os eurodeputados.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Quem defende o CETA?</span></span></h2>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Para a CE, o acordo de comércio livre alcançado com o Canadá, “irá
trazer vantagens para os cidadãos e para as empresas – grandes e
pequenas – em toda a Europa a partir do primeiro dia da sua aplicação”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Jean-Claude Juncker, presidente da CE, defende que “o acordo é o
melhor e mais avançado dos nossos acordos comerciais” e “abre novas
oportunidades às empresas da Europa e, em simultâneo, promove as nossas
exigentes normas em prol dos nossos cidadãos”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Para os defensores, depois de suprimidos praticamente todos os
direitos aduaneiros, as empresas europeias “vão deixar de pagar centenas
de milhões de euros por ano em direitos, quando importam bens do
Canadá”, reduzindo preços dos produtos e beneficiando os consumidores
europeus”. Também para a Comissária Europeia do Comércio, “irá
contribuir para estimular o crescimento e o emprego”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Uma das vertentes dos acordos de livre comércio mais
criticada tem sido o sistema de resolução de conflitos. Poderá ser
aberta uma porta jurídica, dando possibilidade às multinacionais de
processarem os Estados por decisões que ponham em causa os seus
interesses.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Dúvidas permanecem e muito está por explicar. Certo é que os tratados
estão a ser negociados sem a participação activa dos portugueses. Para a
Plataforma Não aos Tratados TTIP/CETA/TISA “a inexistência de um debate
público alargado, transparente e democrático, à semelhança do que
ocorre nos outros países, está a impedir a maioria dos cidadãos e
cidadãs de se aperceberem que a resposta à questão chave colocada por
estes tratados irá alterar a sua vida, de forma irreversível”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/U0UlbTtiZWM/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/U0UlbTtiZWM?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">fontes <a href="https://www.facebook.com/PANpartido/videos/1541908329203590/" target="_blank">1</a> <a href="http://www.jornaltornado.pt/vamos-discutir-o-que-e-o-ceta/" target="_blank">2</a> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-56604384904194418362017-09-18T11:32:00.001+01:002017-09-18T11:32:35.012+01:00Auto-estradas privatizadas rendem 50 milhões ao grupo Mello<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">As auto-estradas concessionadas à Brisa renderam lucros de quase 50
milhões de euros, entre Janeiro e Julho deste ano. Os proveitos com
as 11 concessões da empresa privatizada quase duplicaram face ao
primeiro semestre de 2016.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="field field-name-body field-type-text-with-summary field-label-hidden" style="text-align: justify;">
<div class="field-items">
<div class="field-item even">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk0al_7HVt5CHN_F07enxB-HrGR_DTJwwlok9H8lLNKHwSJcvll5aaG93uWbTt0k0EO6yMs4pPdIqKPJWsMjX1r4FalcPjEDBe1wGAOdB8aPdZUAwSiTsgaFfW2sKdkU_wuatqDtP_ASxk/s1600/b.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="578" data-original-width="925" height="248" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjk0al_7HVt5CHN_F07enxB-HrGR_DTJwwlok9H8lLNKHwSJcvll5aaG93uWbTt0k0EO6yMs4pPdIqKPJWsMjX1r4FalcPjEDBe1wGAOdB8aPdZUAwSiTsgaFfW2sKdkU_wuatqDtP_ASxk/s400/b.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O
lucro da Brisa Concessão Rodoviária (BCR) no primeiro semestre de 2017
foi de 48,7 milhões de euros, uma subida de 82,2% face aos 26,7
milhões registados no período homólogo do ano passado. As receitas com
portagens nas 11 auto-estradas concessionadas à Brise renderam mais de
250 milhões de euros em apenas meio ano, de acordo com a informação
comunicada ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Num
período em que não houve construção de quaisquer novos lanços, e apesar
do reforço dos lucros, a BCR investiu menos na rede sob sua gestão do
que nos primeiros seis meses do ano passado. Dos 19,4 milhões de euros
investidos, a maioria foi dirigida para os alargamentos na A1 e na A4,
junto à cidade do Porto, e à repavimentação de troços da A1, da A2, da
A5 e da A6.</span></span><br />
<h2>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O regresso do capital monopolista</span></span></h2>
<h2>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></h2>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A Brisa é
uma das empresas que foram incluídas pelo governo do PS chefiado por
António Guterres no pacote de privatizações de 1997. O capital da
empresa, a quem, em 1972, o regime fascista tinha entregado a concessão
das auto-estradas até 2030, começou por ser totalmente privado. Após a
nacionalização da banca, em 1975, o Estado assumiu uma posição
significativa no capital da Brisa, que foi reforçando. Em 1997, 89,7% do
capital da Brisa era público.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em 2000, Vasco de Mello, herdeiro
do grupo económico que, antes do 25 de Abril, detinha a CUF, o Banco
Totta & Açores, a seguradora Império, a Lisnave, a Soponata e
outras 180 empresas, ganhou um lugar no conselho de administração da
Brisa. A partir de 2001, o grupo Mello torna-se accionista de
referência, assumindo mais de 20% do capital social da empresa.</span></span><br />
<br />
<h3>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Privados receberam Brisa com garantia de dividendos chorudos</span></span></h3>
<h3>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></h3>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Um
ano antes da privatização, em 1996, a Brisa registou lucros de 12
milhões de contos (cerca de 60 milhões de euros). Nos três anos
anteriores, foram concretizados investimentos na rede de
auto-estradas da Brisa (então ainda pública) no valor de mais de 800
milhões de euros.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os estatutos da empresa a partir de 1998, e
enquanto o Estado mantinha uma posição maioritária, estabelecia como
obrigatória a distribuição de um mínimo de 40% dos lucros em dividendos.
Logo nesse primeiro ano após a privatização, a Brisa distribui
dividendos ascendendo a perto de 60 milhões de euros.</span></span><br />
<br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Actualmente,
a Brisa é detida em 33% pelo grupo Mello e em 21% pelo fundo de
investimento britânico Arcus. Os restantes 44% são detidos por uma
sociedade de direito luxemburguês detida em 55% pelos Mello, com o
fundo Apollo – que aproveitou os efeitos das falências do BES e do Banif
para comprar as seguradoras Tranquilidade e Açoreana – com o restante.</span></span></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Este artigo foi retirado do site Abril</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se gostaste deste artigo podes visitar directamente o site <a href="http://www.abrilabril.pt/" target="_blank">neste link</a> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-58068144482629990752017-09-16T21:21:00.001+01:002017-09-16T21:21:58.896+01:00Relatório de autoridade europeia copia textos da Monsanto para aprovar glifosato<div class="articleContent" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>A
Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA), fez "copy paste"
de parágrafos inteiros de um relatório da maior produtora do herbicida
glifosato para que possa ser renovada a licença de venda na Europa </b></span></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Parágrafos inteiros de dezenas de
páginas de um relatório da empresa Monsanto — a principal produtora
mundial de glifosato (RoundUp), um herbicida muito usado na agricultura e
em jardins públicos) — foram alegadamente “decalcadas” pela Autoridade
Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) para elaborar o que seria
supostamente um relatório científico independente sobre os efeitos deste
químico na saúde humana.</span></span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4mBPnRHMjFcw8Ixbh9Jnxpk1UtnVubs3kBEzUzp-4879_fL9gFJk6Pg7d6jsSumJsgo7DHbpRRgyvLJdqoBhGpMAyD2bXk2C5HPyGpNWsUcz5e4NY6V5wlKY9-4WLa_wUGXgT1bXlYG_s/s1600/1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="485" data-original-width="728" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4mBPnRHMjFcw8Ixbh9Jnxpk1UtnVubs3kBEzUzp-4879_fL9gFJk6Pg7d6jsSumJsgo7DHbpRRgyvLJdqoBhGpMAyD2bXk2C5HPyGpNWsUcz5e4NY6V5wlKY9-4WLa_wUGXgT1bXlYG_s/s400/1.jpeg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">No ano passado, um estudo da Agência
Internacional de Investigação para o Cancro da Organização Mundial de
Saúde (OMS) identificou a substância como “potencialmente cancerígena”,
mas a EFSA considerou não haver tais indícios.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O escândalo
rebentou esta semana, quando movimentos ecologistas conseguiram aceder
aos relatórios da EFSA e da Monsanto, montando todas as peças do puzzle.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Depois
de muita pressão pública na União Europeia, a Monsanto foi obrigada a
disponibilizar toda a informação incluindo estudos e decisões”, explica
Margarida Silva, investigadora que tem liderado o movimento
anti-glifosato em Portugal. A bióloga sublinha que “publicamente a EFSA
sempre assumiu que fez uma avaliação independente das evidências
disponíveis”. Contudo, o “Glifosato gate”, representa agora “uma brecha
notável na relação de confiança que liga público e responsáveis técnicos
e políticos a nível europeu ao expor a falta de independência”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><b>Em
junho, a autoridade europeia argumentou que “todos os estudos
científicos seriam escrutinados pelos técnicos da UE tendo em conta a
sua relevância e confiança quanto ao risco”. Porém, o relatório final do
regulador inclui passagens inteiras idênticas às que constam no que foi
apresentado pela “task force” liderada pela Monsanto para obter a
renovação da licença para continuar a vender a substância no espaço
comunitário. </b>Estas passagens incluem informação sobre a relação entre o
glifosato e a mutação de células associadas a doenças cancerígenas ou
reprodutivas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Este caso leva-nos a pôr em causa todo o processo
de aprovação de pesticidas feito na UE, já que o regulador deixa nas
mãos da indústria uma avaliação que devia ser o próprio a fazer”,
critica Franziska Achterberg, diretora do departamento da Greenpeace
para as políticas alimentares na UE.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em sua defesa, a Efsa
argumenta que mantém uma “política independente, equilibrada e robusta” e
que o relatório elaborado pela entidade alemã BfR para ser apreciado
pelo regulador se baseou “em estudos e literatura científica
disponíveis”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">“Independentemente de se dever a uma negligência ou
a uma intenção deliberada, este relatório é completamente inaceitável”,
sublinha Franziska Achterberg.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Em junho de 2016, a Comissão
Europeia decidiu prolongar por ano e meio a licença de uso do
controverso herbicida que divide posições dentro a UE — a França votou
contra; Portugal, Alemanha, Itália e Áustria optaram pela abstenção.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Na
altura, a Comissão argumentou que "os Estados-Membros não estavam
preparados para assumir a responsabilidade por uma decisão sobre esta
substância ativa" e com base no que disse ser “uma avaliação científica
extremamente exaustiva e rigorosa da substância ativa realizada pela
EFSA e agências nacionais dos Estados-Membros", assumiu prorrogar a
aprovação da venda de glifosato entre 1 de julho e 31 de dezembro de
2017.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">O glifosato é a substância mais usada no mundo para queimar
ervas daninhas em espaços agrícolas e em espaços urbanos e caminhos, e o
seu uso foi autorizado na União Europeia em 2002. Desde 2012 que a
renovação da licença tem estado sob avaliação.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">por <a href="http://expresso.sapo.pt/sociedade/2017-09-15-Glifosato-gate-Relatorio-de-autoridade-europeia-copia-textos-da-Monsanto" target="_blank">Carla Tomás</a></span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-11678932890478603512017-09-11T20:38:00.000+01:002017-09-11T20:38:25.526+01:00A classe dominante e a sua comunicação<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">"Os capitalistas e respectivos altos
funcionários vão promover a consciência dos trabalhadores para a
injustiça do sistema e defender que há alternativas às políticas que
eles acham que servem os seus interesses? É muito provável que não.
Adivinhem quem são os donos da maioria dos órgãos de comunicação social?
Neste quadro podemos constatar que os defensores das políticas que
favorecem a classe dominante estão em grande maioria no espaço
mediático. Há sectores político-ideológicos hiper-representados. Como se
isso não bastasse, há toda uma indústria de negatividade e distracções
que desvia a atenção das pessoas. Os truques abundam."</span></span></span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXtiaYMXh3tVwqAlmMm6pkDifvzqpV4g5evW6DGfkQzXg0NbaFQLPDVrBzBbIu2SFrJ7gAoIvnr2RXf_9eAbswsK9GdMl7K9ylCUWPwsaV0aNT-dxhhdzOIkRMwYcWRCw2QkAkIxoDS2Y5/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXtiaYMXh3tVwqAlmMm6pkDifvzqpV4g5evW6DGfkQzXg0NbaFQLPDVrBzBbIu2SFrJ7gAoIvnr2RXf_9eAbswsK9GdMl7K9ylCUWPwsaV0aNT-dxhhdzOIkRMwYcWRCw2QkAkIxoDS2Y5/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span>Realizemos um breve exercício historiográfico para compreendermos o
estado actual e a crescente desconfiança existente em relação à
comunicação social dominante. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Qualquer semelhança com a realidade
histórica e com a actualidade não são meras coincidências: </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>1.</strong> Imaginem o feudalismo, sistema socioeconómico
que existiu na Europa durante a Idade Média, no qual havia duas classes
principais: os senhores feudais e os servos. A servidão era uma relação
de trabalho na qual o servo era obrigado a pagar rendas em géneros,
serviços laborais e impostos ao senhor feudal. Os senhores
apropriavam-se de uma parte significativa do que era produzido pelos
servos para poderem sustentar o seu estilo de vida e realizar os seus
objectivos. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> 1.1.</strong> Os senhores feudais ou o seu séquito
próximo procuravam esclarecer os servos para a injustiça vigente e
incentivavam-nos à desobediência? Teriam muitos deles sequer consciência
da injustiça? Por exemplo, o Xerife de Nottingham comunicava aos servos
do seu domínio que a acção do Robin dos Bosques era justa e que a vida
na floresta de Sherwood era boa? É muito provável que não. As narrativas
produzidas enobreciam os senhores feudais e denegriam os que não se
submetiam ou combatiam a ordem vigente. As ameaças de punição e o poder
das armas promoviam o medo nos servos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>2.</strong> Imaginem a escravatura, um sistema socioeconómico
que existiu em diferentes períodos históricos e regiões do globo, que
se baseia na existência de duas classes principiais: os escravos e os
donos de escravos. Os escravos são propriedade e realizam a maioria do
trabalho produtivo. O dono tem o direito de dirigir o trabalho do
escravo e de propriedade sobre o produto do seu trabalho. Tem ainda o
direito de propriedade sobre os descendentes do escravo e o direito de
vender o escravo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> 2.1.</strong> Os donos dos escravos e respectivos
capatazes esclareciam os escravos sobre a injustiça e imoralidade da sua
condição, incentivavam-nos a fugir ou diziam-lhes que caso fugissem
podiam ter uma vida melhor? É muito provável que não. Os escravos eram
ameaçados, convencidos que a sua situação não era assim tão má (podiam
comer e apesar de pouco tinham onde dormir), sofriam punições
constantes, eram perseguidos e provavelmente mortos caso se atrevessem a
fugir. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>3.</strong> Analisem o capitalismo, sistema
socioeconómico actualmente dominante à escala global, baseado na relação
entre duas classes principais: os capitalistas e os trabalhadores. Os
capitalistas apropriam-se e são proprietários dos meios de produção e
contratam trabalho assalariado para produzir mercadorias com a intenção
realizar lucro. Ficam com os lucros e tomam a maioria das decisões
económicas. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> 3.1.</strong> Os capitalistas e respectivos altos
funcionários vão promover a consciência dos trabalhadores para a
injustiça do sistema e defender que há alternativas às políticas que
eles acham que servem os seus interesses? É muito provável que não.
Adivinhem quem são os donos da maioria dos órgãos de comunicação social?
Neste quadro podemos constatar que os defensores das políticas que
favorecem a classe dominante estão em grande maioria no espaço
mediático. Há sectores político-ideológicos hiper-representados. Como se
isso não bastasse, há toda uma indústria de negatividade e distracções
que desvia a atenção das pessoas. Os truques abundam. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>4.</strong> O actual modelo de comunicação social está em
crise a vários níveis. Uma democracia requer participação, debate
plural e procura da verdade nos órgãos de comunicação social. Se
queremos encontrar as melhores soluções e caminhos para a sociedade é
fundamental que haja um jornalismo respeitado e respeitador da
deontologia da profissão. Com profissionais com estabilidade e
remuneração apropriada. O jornalismo é um serviço público. Por isso,
necessitamos de um robusto e abrangente sector público de comunicação
social. Um sector de referência de qualidade, devidamente financiado,
onde a isenção, independência e pluralidade possam florescer. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/a-classe-dominante-e-a-sua-comunicacao-205858" target="_blank">Pedro Miguel Cardoso </a></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-67640279384819306572017-09-11T20:20:00.001+01:002017-09-11T20:20:56.245+01:0011 de Setembro: A Grande Farsa (RTP 2 - Completo)<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Na manhã de 11 de Setembro de 2001, 19 homens armados com x-actos foram
orientados por um homem em diálise, que habitava numa caverna-fortaleza
do outro lado do mundo, e que usou um telefone via satélite e um
computador portátil para dirigir a mais sofisticada penetração no espaço
aéreo mais bem defendido de todo o planeta. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjACZ37vgKystz1LMeJdUio5HXAFi_aYpYweHwviH_80I0oit-B82P07FiL1fwi4a3Ii8Tdjd4918azXnjWuaNzn3iWQ7ic6UOkrYIxtt45XHXsaYOPCP4mNEj9yUU_tuN4NeqTBjd8idyb/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1000" data-original-width="1600" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjACZ37vgKystz1LMeJdUio5HXAFi_aYpYweHwviH_80I0oit-B82P07FiL1fwi4a3Ii8Tdjd4918azXnjWuaNzn3iWQ7ic6UOkrYIxtt45XHXsaYOPCP4mNEj9yUU_tuN4NeqTBjd8idyb/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Dominaram os passageiros e
os pilotos com treino militar de defesa pessoal em 4 aviões comerciais
antes de os voar descontroladamente fora da sua rota normal durante uma
hora sem serem perturbados por um único caça interceptador. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Estes 19
sequestradores devotados fundamentalistas religiosos, que gostavam de
beber álcool e snifar cocaina, e de morar com strip-teasers de cabelo
cor-de-rosa, conseguiram derrubar 3 edificios com 2 aviões em Nova York.
Enquanto em Washington <b>um piloto que não conseguia dominar um simples
Cessna (avioneta) foi capaz de descer 8 mil pés de altitude numa curva
de 270 graus e ao nivel do solo atingir o Pentágono directamente no
escritório dos analistas de orçamento onde funcionários trabalhavam no
mistério do desaparecimento de 2,3 trilhões de dólares que o secretário
de defesa Donald Rumsfeld anunciara em conferência de imprensa terem
desaparecido dos cofres do Pentágono um dia antes, no 10 de setembro de
2001. </b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Felizmente os jornalistas televisivos sabiam em minutos quem tinha
feito os ataques (Osama Bin Laden), os especialistas sabiam em poucas
horas (Osama Bin Laden), a administraçao norte-americana sabia no
próprio dia: "terroristas que practicaram estes actos, e aqueles que os
abrigaram...", e as evidências literalmente cairam no colo do FBI: "o
passaporte de um dos sequestradores foi encontrado intacto nos escombros
do WTC em New York, inacreditável". </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas, por alguma razão, um grupo de
teóricos malucos de uma teoria de conspiração exigiram uma investigação
sobre o maior ataque em solo norte-americano da história. A
investigação foi adiada, subfinanciada, feita para falhar, teve
conflitos de interesse, e encobrimentos do principio ao fim. Ela foi
baseada em testemunhos debaixo de tortura, e os registos foram
destruidos. Ela não mencionou a existência do WTC 7, Able Danger, Ptech,
Sibel Edmonds, OBL e a CIA. E os exercicios (simulacros) com aviões
sequestrados atingindo edifícios, que estavam a decorrer exactamente à
mesma hora dos ataques. Tudo foi ocultado pelo Pentágono, a CIA, a
administração Bush, e sobre o que o Bush e Cheney disseram no inquérito,
nimguém sabe, porque o testemunho foi em segredo, sem registro, sem
juramento e à porta fechada. Ninguém se preocupou em saber quem
financiou os ataques, pois essa questão é fundamentalmente: "de pouco
significado práctico". Ainda assim, a comissão de inquérito fez um
trabalho brilhante respondendo a todas as questões do público (excepto
aos familiares das vitímas), e apontando vários responsáveis pelos erros
(embora nimguém tenha perdido os seus empregos). Eles chegaram à
conclusão que os ataques foram: "uma falta de imaginação" porque...
(agora fala o Bush) : "eu não acho que alguém poderia imaginar aviões a
atacar edifícios"... execpto o Pentágono, a FEMA, o NORAD e o NRO.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /> O
DIA destruiu 2,5 TB de dados sobre a Able Danger, mas tudo bem,
provavelmente não era importante. A SEC destruiu os seus registos sobre a
investigação de abusos de informaçao privilegiada, mas tudo bem, porque
destruir registos sobre a maior investigação da história é coisa
rotineira na manutençao de arquivos. O NIST arquivou os dados recolhidos
no modelo do colapso do WTC7, mas tudo bem, porque entender como
colapsou o WTC7 poderia "por em risco a segurança pública". O FBI disse
que quase todo o material da investigação sobre o 11 de setembro deveria
ser mantido em segredo do público, mas tudo bem, porque o FBI
provavelmente nada terá a esconder. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O Osama Bin Laden vivia numa caverna
fortaleza nas montanhas do afeganistão, mas de alguma maneira fugiu.
Depois ele escondeu-se em Tora Bora, mas de alguma maneira fugiu. Depois
ele viveu em Abottab durante anos, fazendo pouco e rindo a bom rir, por
toda uma década, da mais forte e sofisticada força de informaçao e
serviços de inteligência e que dispoem da mais avançada tecnologia da
história da humanidade. Depois foi emitindo vídeo atrás de vídeo em
total impunidade (em que aparecia cada vez mais jovem à medida que os
anos passavam), para depois ser encontrado numa operação por um grupo
SEALs em que nada foi gravado em vídeo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ele não resistiu, nem usou a sua
esposa como escudo humano, esta força de intervençao militar especial
entrou em pânico e atirou a matar este homem desarmado, esta que é a
elite mais bem equipada e treinada do planeta no combate a terroristas
perigosos. Depois atiraram com o corpo dele no oceano antes de divulgar
alguma coisa ao público. Pouco tempo depois, uma dúzia desses soldados
de elite sofreu um acidente de helicoptero no Afeganistão e morreram
todos. Esta é a história do 11 de Setembro de 2001, que vos foi contada
pela mesma comunicação que vos disse a verdade sobre as "armas de
destruição massiva do Iraque" etc, etc.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://www.facebook.com/pedro.jorge.148553" target="_blank">Pedro Jorge </a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/FGppNiHJ9MM/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/FGppNiHJ9MM?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-17918815109102411632017-09-11T19:59:00.000+01:002017-09-11T19:59:43.859+01:00A Crueldade da Tauromaquia Nua e Crua (video)<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Jaime Alekos realizou um documentário intitulado Tauromaquia que mostra a realidade nua e crua das touradas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Durante três anos Jaime Alekos percorreu
várias praças de touros espanholas e filmou touradas sempre centrado na
figura da vítima o touro.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2uiDRI-1aZKl4qNKqi66q8lSTPCnWFUkUfKyrGo7zkye20d13HMWcRYB90sXxXqbOedy_Y2t2XZOIVkUn9w5V02OlHCKsoE_Y9fknmUptEbjLKEwEpeD_XvfLMW3DX6Wp5LGMIiE6sM32/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="361" data-original-width="643" height="223" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2uiDRI-1aZKl4qNKqi66q8lSTPCnWFUkUfKyrGo7zkye20d13HMWcRYB90sXxXqbOedy_Y2t2XZOIVkUn9w5V02OlHCKsoE_Y9fknmUptEbjLKEwEpeD_XvfLMW3DX6Wp5LGMIiE6sM32/s400/1.jpg" width="400" /></a></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O documentário apresentado ontem pelo
PACMA – Partido Animalista espanhol mostra ao pormenor a violência
exercida sobre os herbívoros durante as três partes da tourada (sorte de
varas, bandarilhas e morte).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">As imagens que se seguem são tão mas tão
chocantes, que nos obrigam frequentemente a desviar o olhar, mas apesar
disso, as mesmas têm que ser vistas e têm que ser partilhadas porque
esta violência que os tauricidas e aficionados apelidam de arte têm que
acabar de uma vez por todas.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Não podemos aceitar e muito menos
consentir que em pleno século XXI ainda se continuem a permitir
espectáculos tão bárbaros, brutais e cruéis onde não só são vítimas os
touros e os cavalos, mas também, os carniceiros que neles participam
subsidiados com o dinheiro dos nossos impostos!</span></span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="360" mozallowfullscreen="" src="https://player.vimeo.com/video/231592272?title=0&byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="640"></iframe></span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Esta informação foi retirada do blogue Prótouro</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se te interessas pelos direitos animais, visita o blogue clicando <a href="https://protouro.wordpress.com/" target="_blank">neste link</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pelos touros em liberdade</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-44470362025626694022017-09-04T11:47:00.000+01:002017-09-04T11:47:29.679+01:00Testemunho de um Técnico de Som sobre a Barbárie Tauromáquica<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Jose Sepúlveda, técnico de som do Canal
Nou e que durante algum tempo trabalhou na transmissão de touradas
decidiu relatar aquilo que viu e ouviu durante estas emissões. A imagem
inserida no texto é apenas para ilustração do artigo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">” Sempre que trabalhei na parte
sonora das transmissões frequentemente comentava que se em lugar da
banda de música, dos aplausos, dos bravos, dos olés e etc o som fosse
captado pelo Sennheiser 816 (microfone que capta a grande distância e
com muita qualidade) perto da arena onde se escuta perfeitamente o som
das bandarilhas a entrar na pele, os mugidos de dor do animal a cada
tortura que é submetido e além disso se as pessoas acompanhassem os
primeiros planos das feridas, dos coágulos tão grandes como a palma da
mão, do sangue que jorra, do bater do coração ou o olhar do animal antes
da estocada final 90% desligaria a televisão ao presenciar tamanha
chacina ao ritmo de pasodoble.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFVXcNTrW2I1uYqZgXRxu9dCWfzGkL_zN7smF10GdVe74Xok6DemARbVXoqEU55S0Nv3lySvw-uQ8YQi3gxrbfzqx6-F62AoraqAG_zwLQifNP17u-kF-kK2PvUAo8yQOOYfOZPpbYdOka/s1600/13.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="400" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFVXcNTrW2I1uYqZgXRxu9dCWfzGkL_zN7smF10GdVe74Xok6DemARbVXoqEU55S0Nv3lySvw-uQ8YQi3gxrbfzqx6-F62AoraqAG_zwLQifNP17u-kF-kK2PvUAo8yQOOYfOZPpbYdOka/s400/13.jpg" width="400" /></a><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Eu pessoalmente pedi para deixar
de fazer esse tipo de trabalho, porque um dia em Castellón, tocou-me
estar entre barreiras e fiquei muito incomodado ao escutar um touro
depois do toureiro ter falhado por quatro vezes a estocada e tive que
tirar os auscultadores e o animal agonizava, cuspia, afogava-se no seu
sangue vindo morrer mesmo ao pé de mim apoiado na madeira e o seu olhar
ensanguentado e com lágrimas, sim lágrimas, sejam ou não sejam de dor
cruzou-se com o meu até que um inútil falhou duas vezes o descabelo e eu
disse-lhe tudo e mais alguma coisa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Foi aí que terminou o meu trabalho em praças de touros para toda a vida.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">São sentimentos pessoais e o mais
provável é que um amante da “fiesta” ache ridículo, mas para mim
ridículo é quando depois de semelhante carnificina olhas para o público e
vês que aplaude, come sandes sem qualquer preocupação não tendo visto
nem ouvido o que eu testemunhei”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Excelente testemunho que retrata a verdade sobre um espectáculo que é brutalmente bárbaro e cruel e que tem que ser erradicado.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Publicado no blogue anti touradas <a href="https://protouro.wordpress.com/2015/08/25/testemunho-de-um-tecnico-de-som-sobre-a-barbarie-tauromaquica/" target="_blank">Prótouro</a> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-44089801358137222382017-09-04T11:40:00.001+01:002017-09-04T11:40:18.115+01:00Tudo para perceber como foi escolhido o SIRESP mais caro <div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A EADS, hoje grupo Airbus, prometera um SIRESP seis vezes mais barato (€90 milhões em vez de €533 milhões), mas a proposta foi travada. Para a PJ, o então ministro Daniel Sanches tornou-se o principal suspeito de interferência no negócio, que envolvia a SLN.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No
final de maio de 2001, Almiro de Oliveira – presidente do grupo de
trabalho criado pelo governo de Guterres para estudar um sistema de
telecomunicações e emergência – recebeu na sua secretária uma carta da
EADS Defence & Security Networks, hoje Grupo Airbus e uma das
principais especialistas em radiocomunicações digitais para a segurança
pública. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjerTAcUj_ivzshDR9cUGuvzR8AYMLBGh_525zRDSdi1woGy8FhltDSqpzeJuzENUv5NfdZ205DpGskSIfaNJkPH8Z4zqlJeQVHim-dX2Jp4oGa6i9CG56IIha1ld3CuulESa0JrCJXkiRz/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="629" data-original-width="944" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjerTAcUj_ivzshDR9cUGuvzR8AYMLBGh_525zRDSdi1woGy8FhltDSqpzeJuzENUv5NfdZ205DpGskSIfaNJkPH8Z4zqlJeQVHim-dX2Jp4oGa6i9CG56IIha1ld3CuulESa0JrCJXkiRz/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nessa carta, a EADS oferecia uma tecnologia digital (a
TETRAPOL) reconhecida pelo espaço Schengen, já operacional em 27 países,
entre eles França e Espanha, e com capacidade para ser “uma
infraestrutura compartida” entre todas as forças de segurança e de
emergência portuguesas. Prometia cobertura do território nacional em 95%
do tempo e 90% do espaço, oferecia um sistema que permitiria aos
bombeiros nunca deixarem de comunicar entre si quando estão fora da zona
de cobertura. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">E o bónus para o Estado português é que a empresa
estimava o custo para fornecimento destes “equipamentos e prestação de
serviços associados” em apenas €90 milhões, cerca de seis vezes menos do
que viria a custar o Sistema Integrado das Redes de Emergência e
Segurança (SIRESP) adjudicado ao consórcio SLN/Motorola (€532,8 milhões
na proposta inicial).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A EADS manteve os contactos com o grupo de
trabalho liderado por Almiro de Oliveira e chegou a convidá-lo a
conhecer as redes de emergência e comunicações que desenvolvera em
Espanha e em França. Em maio de 2003, a empresa foi uma das cinco
contactadas oficialmente para apresentar uma proposta para um SIRESP – a
par da Siemens, da Motorola, da Nokia e da OTE. A 11 de julho desse
ano, teve acesso ao caderno de encargos em que se definiam todas as
condições do projeto.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No fim do prazo estipulado para
apresentação de propostas, em setembro de 2003, só o consórcio que
integrava a Motorola, a SLN, a Esegur, a Datacomp e a PT Ventures tinha
apresentado uma candidatura. Não que outros concorrentes não tivessem
mostrado interesse. A meio do verão, os representantes da EADS pediram o
alargamento do prazo, argumentando que, devido aos incêndios que
lavraram em Portugal nesse período, não tinham conseguido visitar os
locais onde deveriam ser instaladas as estações-base nas datas agendadas
no programa de visitas, organizado pelo Gabinete de Estudos e de
Planeamento de Instalações (GEPI). A 29 de agosto, a Comissão de
Avaliação negou o pedido da EADS, considerando-o “extemporâneo”, e
alegando que o argumento dos incêndios florestais “carecia de
fundamento” e de “razoabilidade”, pois todas as empresas convidadas
tinham tido as mesmas oportunidades e imprevistos e mais nenhuma se
tinha queixado ou pedido o adiamento. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXMhV4ElweGdAzIgiHvJEWhEH5-cg1YXuHu8mDInrX0WVBnmN4GP7_1zs-ilfPLW2WmX-_swmz7sW5CLaQMLIvmPI-k77_uNeQNR9Q9brGLmuWhd_V_P6LeBsg3_FEEuAOD36SK8xap9qV/s1600/1.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="808" data-original-width="680" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXMhV4ElweGdAzIgiHvJEWhEH5-cg1YXuHu8mDInrX0WVBnmN4GP7_1zs-ilfPLW2WmX-_swmz7sW5CLaQMLIvmPI-k77_uNeQNR9Q9brGLmuWhd_V_P6LeBsg3_FEEuAOD36SK8xap9qV/s1600/1.jpeg" /></a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>Era para o Euro, mas afinal...</strong></span></span></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong></span></span></h2>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Não
conformada, a EADS interpôs um recurso hierárquico para o então ministro
da Administração Interna, alegando estar em causa o princípio da
concorrência. A 8 de setembro de 2003, Figueiredo Lopes indeferiu o
pedido, esclarecendo que o mesmo era “extemporâneo” porque “inoportuno” e
“sem fundamento”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A empresa, ainda assim, não se conformou, e a
15 de setembro, data limite para apresentação de propostas (esse prazo
tinha sido entretanto adiado de dia 1 para 15), voltou a protestar junto
da Comissão de Avaliação do Ministério da Administração Interna (MAI),
levantando pela primeira vez as suspeitas de que empresas concorrentes
teriam tido acesso a informações privilegiadas sobre o concurso antes de
receberem o caderno de encargos: “Face às atuais condições e com as
informações que foi possível obter nas mencionadas circunstâncias, a
EADS Telecom considera que não estão reunidas as condições necessárias
para que nenhuma empresa, sem informação previamente adquirida, possa
elaborar um estudo técnico-económico (…) e consequentemente proposta que
venha a adequar-se aos interesses e objetivos estabelecidos pelo Estado
português”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A empresa reiterava que a sua tecnologia serviu
eventos como o Mundial de Futebol de Paris, em 1998, e que todos os seus
projetos tinham sido entregues dentro dos prazos. Porém, o prazo para o
concurso português (cerca de um mês e meio, alargado depois para dois
meses), alegava a EADS, não era suficiente para apresentação de uma
proposta “adequada e fiável”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /> Apesar de só ter sido apresentada uma
proposta a tempo e horas, e de esta ter sido avaliada entre o “medíocre e
o suficiente” pela Comissão de Avaliação – que pediu a sua reformulação
–, o MAI não viu razões para alargar o prazo, permitindo que outros
interessados apresentassem outros sistemas e preços mais competitivos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A
revolta da EADS por não ter conseguido apresentar um projeto não acabou
ali. A 7 de abril de 2004, a empresa voltou a contestar, escrevendo
desta vez uma carta ao então primeiro-ministro, Durão Barroso. Onde
estava afinal o sistema SIRESP – que, de acordo com o contrato, já devia
estar prestes a entrar em funcionamento –, perguntavam os responsáveis
da EADS. A questão era da maior importância porque um dos motivos para
as empresas convidadas não terem participado foi precisamente a
urgência: o Estado queria um sistema pronto a funcionar no Euro 2004.
Mas o Europeu de Futebol estava à porta e não havia SIRESP. E isso, por
si só, argumentava a EADS, era motivo suficiente para anular o contrato
feito com a SLN/Motorola, para abrir um novo concurso e permitir que o
Estado recebesse propostas mais “competitivas”.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“Deste modo”,
alegou a EADS, “ficou Portugal privado da possibilidade de avaliação de
propostas alternativas assentes em tecnologias experimentadas, com
particular sucesso nos sistemas de comunicações de emergência e
segurança de diversos países (…) e quiçá financeiramente mais
vantajosas.”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mais uma vez, nada aconteceu. O MAI argumentou até,
em resposta ao gabinete do primeiro-ministro, que a urgência do SIRESP
nada tinha a ver com o Euro 2004. Não era verdade. No despacho do
próprio ministério, de setembro de 2003, que indefere o recurso
hierárquico interposto pela EADS, Figueiredo Lopes dera como exemplo da
urgência da entrada em funcionamento do SIRESP a necessidade de
segurança acrescida no campeonato de futebol organizado por Portugal. Os
prazos para entrega das propostas não podiam ser dilatados porque a
primeira fase de implementação do sistema teria de estar pronta
“impreterivelmente” até ao final de abril de 2004, conforme constava do
caderno de encargos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>O arguido que nunca o foi</strong></span></span></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong></span></span></h2>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Todas
estas reclamações e consequentes respostas constam do processo judicial
que investigou a adjudicação do SIRESP, entretanto arquivado e que a
VISÃO consultou. Os inspetores da Polícia Judiciária (PJ), que tomaram
conta do caso quando ainda era apenas uma investigação preventiva,
estranharam as respostas aos protestos da EADS e quiseram ouvir a
empresa. Um vice-presidente e outro alto responsável da EADS
deslocaram-se a Lisboa em maio de 2005 para serem ouvidos: confirmaram
que os prazos obrigatórios para apresentação das propostas, mesmo para
uma empresa com aquela experiência, eram impossíveis de cumprir;
defenderam que o lançamento de um novo concurso público teria deixado
todos os concorrentes em posição de igualdade e ainda acrescentaram que,
se o Estado português quisesse anular a adjudicação do SIRESP,
continuavam disponíveis para apresentar uma alternativa. Dado o tempo
decorrido, seria possível propor tecnologia mais avançada a um preço
mais competitivo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ao analisar a cronologia das reuniões e da
correspondência entre o MAI e o consórcio da Motorola sobre o Euro 2004,
a PJ descobriu outro dado curioso: <b>como o consórcio não conseguiu
completar o SIRESP a tempo dos jogos do Europeu, ofereceu a determinada
altura um sistema alternativo de cobertura mínima para os locais dos
jogos com maiores níveis de risco. O MAI não reclamou por não estarem a
ser cumpridos os requisitos do caderno de encargos – e ainda agradeceu
ao consórcio por apresentar aquela alternativa. Que, afinal, ao que tudo
indica, também não terá chegado a ser usada.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A PJ decidiu abrir
uma averiguação preventiva a 23 de março de 2005, dia em que o jornal
Público noticiou que o SIRESP tinha sido adjudicado por um despacho
conjunto dos então ministros das Finanças e da Administração Interna,
Bagão Félix e Daniel Sanches. <b>Não só com a agravante de o despacho ter
sido assinado três dias após as eleições antecipadas – ou seja, com o
governo em gestão – como também com o facto de Daniel Sanches ter
ligações ao consórcio vencedor, do qual fazia parte a Sociedade Lusa de
Negócios (SLN) – holding de que o ex-deputado do PSD Dias Loureiro era
acionista e Oliveira e Costa, presidente.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O mais curioso do
processo é que, apesar de Daniel Sanches nunca ter sido ouvido sequer na
qualidade de testemunha, o seu nome ficou gravado na primeira página do
primeiro volume do processo, no quadro onde se escrevem os nomes dos
arguidos. Ou seja, Sanches foi o primeiro suspeito desde que nasceu o
processo. Os inspetores da PJ construíram enormes organogramas para
demonstrar as ligações entre o ex-ministro e as empresas que integravam o
consórcio vencedor do contrato do SIRESP. Chegaram ao ponto de
desmontar um direito de resposta que o antigo ministro,
ex-diretor-adjunto da PJ e ex-diretor-geral do Serviço de Informações e
Segurança (SIS), publicara no Público, a 28 de abril de 2005.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Para
começar, contestou a PJ, não era verdade que a proposta do consórcio
SLN/Motorola tivesse sido admitida sem qualquer reclamação, como dizia
Daniel Sanches. Afinal, a 15 de setembro de 2003, a EADS protestara e
levantara suspeitas de acesso privilegiado a informação. Também não era
verdade que o SIRESP fosse inadiável devido a uma resolução do Conselho
de Ministros que aprovava o plano de combate aos fogos florestais para
2005. Esse plano, constatou a PJ, falava do aperfeiçoamento da rede VHF
em banda alta, mas não do SIRESP. Daniel Sanches insistiu na tecla de
que o SIRESP não tinha sido pensado tendo em vista o Euro 2004. A PJ não
precisou de pesquisar muito: uma resolução de Conselho de Ministros de
2003 definia que a primeira fase de implementação do projeto deveria
estar concluída entre 2003 e 2004, precisamente nos locais onde se iria
disputar o Europeu.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>Tráfico de influência?</strong></span></span></h2>
<h2 style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong></span></span></h2>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Daniel
Sanches ainda invocou não existir “qualquer incompatibilidade”, pois a
adjudicação tinha sido feita a uma “entidade absolutamente nova,
resultante de uma associação de empresas” em que não tinha capital e a
cujos corpos sociais nunca pertencera. A PJ tinha outra opinião: <b>no
relatório e contas de 2003 do BPN, Daniel Sanches figurava como membro
da assembleia-geral. O banco era detido a 100% pela SLN. Sanches tinha
ainda sido administrador da Pleiade Investimentos e Participações, cargo
a que renunciou em julho de 2004 para tomar posse como ministro da
Administração Interna do governo de Santana Lopes. No conselho de
administração da Pleiade e da SLN estiveram também o ex-ministro Manuel
Dias Loureiro e Lencastre Bernardo (que passara também pela
administração das empresas VSegur e Serviplex, à semelhança de Daniel
Sanches).</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">No final da primeira fase de investigação, a 27 de maio
de 2005, os inspetores pediram para ser aberto um inquérito. Tinham
encontrado elementos que indiciavam “a prática de atos ilícitos” e uma
“demonstração clara” de que o consórcio a quem havia sido adjudicado o
SIRESP tivera “conhecimento antecipado e privilegiado sobre as condições
em que o mesmo ia decorrer”, razão pela qual teriam tido reuniões em
dezembro de 2002 quando a apresentação oficial fora feita apenas em maio
de 2003. Por outro lado, era para os investigadores incompreensível a
renegociação da proposta da Motorola quando já se sabia que os prazos
não seriam cumpridos. Em causa estavam suspeitas de tráfico de
influência e de participação económica em negócio.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O procurador
José Maia consentiu e o processo transformou-se em inquérito. Entraram
na investigação novos inspetores da PJ, fizeram-se buscas, foram ouvidos
alguns concorrentes (não a EADS) e constituídos arguidos os
representantes das empresas que compunham o consórcio vencedor. No
final, o procurador do Ministério Público desvalorizou o ato de
adjudicação de Daniel Sanches durante o governo em gestão, pois a
votação do conselho consultivo da PGR, que considerou aquele ato nulo,
não tinha sido unânime. Também não encontrou indícios de que Sanches
quisera beneficiar aquelas empresas, ou de que daí tinha tirado qualquer
proveito. Foi por falta desses indícios, explicou, que Daniel Sanches
nunca foi ouvido no processo. Era preciso, dizia, dar “o benefício da
dúvida”. <b>Decorria o mês de abril de 2008 quando o processo levou o
carimbo “arquivado”.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">(Artigo publicado na <a href="http://visao.sapo.pt/actualidade/portugal/2017-09-01-Tudo-para-perceber-como-foi-escolhido-o-SIRESP-mais-caro" target="_blank">VISÃO</a> 1271, de 13 de julho de 2017)</span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-63604173644768099002017-09-04T11:16:00.000+01:002017-09-04T11:16:11.348+01:00 Como Israel colabora com Al Qaeda na Síria<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">"Os testemunhos dos "capacetes azuis" estacionados numa zona-tampão dos Montes Golã são referidos extensamente num artigo publicado em Der Spiegel, sobre a situação naquele território sírio parcialmente ocupado por Israel." </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Uma artigo da RTP publicado em Janeiro de 2015, resultante de testemunhos de capacetes azuis na região, que quisemos deixar aqui assinalado.</b> <br /><br />O recente ataque de um drone israelita, que matou um general iraniano e cinco combatentes do Hezbollah, encorajou os "capacetes azuis" da ONU a falarem. E contaram que é sistemática a política israelita, de visar o bloco Irão-Síria- Hezbollah, e de poupar as forças da Al Qaeda e do "Estado Islâmico".</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdWN1q4YLDwQ7Fa2k8WmI-cq3fUOtKl_xy1tZ6xnpyJLYKYLzg-XUnfWkXMGYtYNs9DDGxjPU-703eiztqmBkVDpDDBoz1-cgL6Av8aobSHBeQSFfno3x64sAw4XzgmL4DFtUQMO3Z8Ued/s1600/1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="471" data-original-width="860" height="218" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdWN1q4YLDwQ7Fa2k8WmI-cq3fUOtKl_xy1tZ6xnpyJLYKYLzg-XUnfWkXMGYtYNs9DDGxjPU-703eiztqmBkVDpDDBoz1-cgL6Av8aobSHBeQSFfno3x64sAw4XzgmL4DFtUQMO3Z8Ued/s400/1.jpeg" width="400" /></a>"Os testemunhos dos "capacetes azuis" estacionados numa zona-tampão dos Montes Golã são referidos extensamente num artigo publicado em Der Spiegel, sobre a situação naquele território sírio parcialmente ocupado por Israel. <br /><br />Segundo esses testemunhos, e segundo quatro relatórios de Ban Ki Moon entregues ao Conselho de Segurança no ano passado, tinha havido até 19 de Novembro pelo menos três tentativas originadas naquela zona tampão para colocar armadilhas explosivas em território israelita. Também tinha havido vários disparos de armas ligeiras e de morteiros dessa zona contra Israel, tendo-se registado um morto e dois feridos israelitas.<br /><br />Os testemunhos e relatórios da ONU não identificam os responsáveis dos atentados e dos disparos, nem precisam se se tratou de disparos direccionados para atingirem alvos israelitas ou de consequências de trocas de fogo entre as forças beligerantes que operam na região. E admitem que o Hezbollah tenha visado alvos israelitas a partir daquela zona tampão, porque assim protegeria de algum modo as suas bases em território libanês contra as retaliações israelitas.<br /><br />Mas os "capacetes azuis" tornam-se muito mais assertivos quando se referem ao alvo das retaliações em território sírio: em cinco vezes que elas ocorreram, dizem, nenhuma foi apontada contra as forças da Frente Al-Nusra, o ramo sírio da Al Qaeda, ou contra o "Estado Islâmico". Os ataques israelitas visaram sempre o Exército sírio ou os seus aliados iranianos e libaneses. No conjunto, causaram a morte de sete soldados sírios e ferimentos em 43.<br /><br />Além disso, têm-se registado episódios de auxílio activo de Israel aos combatentes da Al Qaeda. Segundo os relatórios da ONU, verificou-se pelo menos uma vez a entrega de caixotes por militares israelitas aos rebeldes sírios. E verifica-se repetidamente a vinda de rebeldes feridos para tratamento médico em Israel.<br /><br />Oficialmente, as autoridades israelitas admitem receber feridos sírios, embora digam que não procuram saber se se trata de civis ou combatentes e, neste caso, por conta de quem. De qualquer modo, tal como a política externa israelita tem hoje no Irão e no Hezbollah os seus alvos prioritários, não surpreende que, no terreno, a política militar israelita considere os inimigos dos seus inimigos, ao menos temporariamente, como aliados tácitos."<br /><br />fonte <a href="https://www.rtp.pt/noticias/mundo/como-israel-colabora-com-al-qaeda-na-siria_n799047" target="_blank">RTP</a> <br /></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-78441014082492030042017-08-27T09:23:00.003+01:002017-08-27T09:23:46.046+01:00O dinheiro sujo traz progresso?<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
No tempo da troika do Passos, Portas e Cavaco criou-se a ideia de que
todo o dinheiro era bem-vindo, todo o dinheiro foi considerado capita e
significava investimento. Foram criados mecanismos para atrair dinheiro e
algumas personalidades gradas da direita meteram-se em negócios
internacionais, servindo-se da manipulação dos partidos da direita.
basta ver um líder do CDS defender o regime angolano, justificando a
originalidade da sua democracia africana para se perceber que o CDS não
passa de um manipulador da opinião pública ao serviço dos interesses
materiais do Paulo Portas, foi esse o preço da promoção da atual geração
de líderes do CDS. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMjMzCaRJWsPEP4og0-fykgKq7qtHBlm6x78l4hkC5eJn7wzJc_VAzVygMztreVBmwQyWQLeDFV5l1yLPvVHX-ZACvVLUNZ4-MffSTVRLAkZQaGvAsf8g392Ri3PUBKoAY1Z7RqHqdDIlq/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMjMzCaRJWsPEP4og0-fykgKq7qtHBlm6x78l4hkC5eJn7wzJc_VAzVygMztreVBmwQyWQLeDFV5l1yLPvVHX-ZACvVLUNZ4-MffSTVRLAkZQaGvAsf8g392Ri3PUBKoAY1Z7RqHqdDIlq/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
Mas, há uma grande diferença entre um investimento numa fábrica de
componentes eletrónicos e a compra de uma vivenda de luxo por um general
corrupto da máfia angolana. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Há investimento que gera a dinamização da
atividade económica, enquanto muito do dinheiro que os generais
angolanos branqueiam em Portugal gera muito mais corrupção do que
dinamização económica, em vez de dinamizar a economia portuguesa este
dinheiro sujo apodrece-a, em vez de promover novos empresários enriquece
os agentes locais desses generais, transportando para Portugal a
corrupção angolana. Esse fenómeno já ficou evidente ao mais alto nível
do Estado, com a prisão de um procurador.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
Não é a mesma coisa uma empresa estrangeira construir uma fábrica em
portugal e a filha do Eduardo dos Santos comprar uma quota numa empresa
de telecomunicações que não investe em inovação e se limita a
aproveitar-se da procura de serviços de telecomunicações. quando a EDP
foi comprara pelos chineses estes assumiram o compromisso de investirem
muitos milhões em portugal. Fizeram-no mas não foi criado um único
emprego em portugal, o nosso PIB nem mexeu. Compraram empresas
renováveis da EDP nos EUA. Esse investimento traduziu-se em resultados
financeiros para a EDP e numa perda da presença portuguesa no mercado
energético dos EUA. É óbvio que a EDP lucrou com o negócio, mas como os
donos da EDP são os mesmos chineses isso significa que o tal
investimento voltou para os seus bolsos. isto é ficaram com o dinheiro e
com as empresas de renováveis nos EUA.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
Nem todo o dinheiro é capital e no caso de dinheiro sujo, como o da
máfia angolana liderada pela família Santos, uma espécie de Corleones de
Luanda, em vez de progresso trás mais podridão para a sociedade
portuguesa. Hoje temos muitos políticos que estão ao serviço dos
generais angolanos que nãio hesitam em recorrer à chantagem sobre o
país. Este novo grupo de políticos que vivem do dinheiro fácil de
Angola, China, Venezuela e outros países não têm nada de empreendedores
ou empresários, promovem negócios fáceis e esquemas que apenas t~em por
consequência o apodrecimento da economia portuguesa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">
Portugal precisa de dinheiro, mas de dinheiro que seja capital em busca
de investimentos que se traduzem na criação de riqueza. Não precisa de
dinheiro corrupto em busca de esquemas de branqueamento a troco de
comissões para políticos bem sucedidos que agora procuram enriquecer
depressa e a qualquer custo. portugal precisa de empresas que criem
riqueza e de partidos que sirvam o país e não se deixem transformar em
máquinas de apoio a esquemas de enriquecimento comn comissões pagas por
gente duvidosa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Publicado no excelente blogue O Jumento</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Se quiseres ler mais artigos deste blogue segue <a href="http://jumento.blogspot.ie/" target="_blank">este link</a> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-72368869790920800432017-08-12T17:23:00.000+01:002017-08-12T17:23:06.796+01:00 "A parte mais difícil de ser vegano!"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifOv33xUMpZNGcjtN0gnZbKqDSfWV3Vlaqk-B31DuYhvO_3pbBxeMAicugtZmNjk1-1oCWLZpdkCF_N50t_ryor0UBJEafxddeqWURzOPuTzmk3I9IY1B7s9uy5DNM5ozrRG8ga3G82iWD/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="305" data-original-width="500" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifOv33xUMpZNGcjtN0gnZbKqDSfWV3Vlaqk-B31DuYhvO_3pbBxeMAicugtZmNjk1-1oCWLZpdkCF_N50t_ryor0UBJEafxddeqWURzOPuTzmk3I9IY1B7s9uy5DNM5ozrRG8ga3G82iWD/s400/1.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">«A verdadeira dificuldade em ser vegano não envolve comida. A parte mais
difícil de ser vegano é dar de cara com um lado mais sombrio da
humanidade e tentar permanecer esperançoso. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">É tentar entender porque
pessoas boas e caridosas continuam a participar de violência
desnecessária contra animais - apenas pelo seu prazer ou conveniência.» </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"> vê o video em baixo (6 minutos)</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/0WLYNtPMorM/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/0WLYNtPMorM?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-37390388524944921362017-07-05T22:18:00.001+01:002017-07-05T22:18:17.531+01:00Malas de dinheiro, negócios ruinosos e o homem que escapou <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPtTsjEbHYBvNl8y7xDNTBcZLXt7xHuo3epc_AWpg0laetq3BlN5tmEV8wEa55l3lK78Tt2pTOpk4rQBmLL0vXLH2eKlKFZ_qILE1u63O8pAN6ZKDE_G1jSJu4h9tIpezQ2lVHFLIcUty2/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="448" data-original-width="606" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPtTsjEbHYBvNl8y7xDNTBcZLXt7xHuo3epc_AWpg0laetq3BlN5tmEV8wEa55l3lK78Tt2pTOpk4rQBmLL0vXLH2eKlKFZ_qILE1u63O8pAN6ZKDE_G1jSJu4h9tIpezQ2lVHFLIcUty2/s400/1.jpg" width="400" /></a><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A ordem veio do 8º andar, o piso da administração do Banco Português de
Negócios (BPN), para a Direcção Operacional, situada igualmente no
edifício-sede de Lisboa. Internamente, <b>alguém teria de ir ao balcão de
apoio do banco, no primeiro andar do prédio, para levantar e transportar
um saco com 1,5 milhões de dólares (cerca de 1,4 milhões de euros
actualmente).</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b> </b></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /><span id="goog_1524570478"></span><span id="goog_1524570479"></span><span id="goog_1524570483"></span><span id="goog_1524570484"></span>A tarefa coube ao funcionário António Tinoco, que
recebeu e contou o dinheiro, levando-o de seguida de elevador para uma
sala do 8º andar do banco. <b> </b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Lá dentro, estava o administrador Dias
Loureiro e um casal que falava espanhol. Os maços de dinheiro foram
então contados e colocados numa mesa, à frente de todos os presentes.
Depois, os dólares passaram para o interior de uma mala preta do casal.
No fim, Tinoco ofereceu-se para acompanhar os clientes até à garagem do
banco, onde tinham estacionado "um carro grande com matrícula
espanhola". A pasta foi colocada na bagageira e despediram-se, com o
diligente funcionário a ajudar até nas manobras de saída da viatura da
garagem para a movimentada Av. António Augusto de Aguiar.</b><br /><br />Quase
seis anos depois, na manhã de 3 de Abril de 2009, António Tinoco contou
este episódio ao procurador Rosário Teixeira, durante a inquirição no
Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). O ainda
funcionário do BPN (hoje BIC) disse que não se lembrava do nome do
"espanhol" nem do offshore (Jared) em que o dinheiro tinha sido debitado
ou ainda se o sujeito tinha assinado algum documento na sua presença.
Mas não teve qualquer dúvida sobre a presença de Dias Loureiro naquela
reunião.</span></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: small;"><br />Já o procurador tinha a convicção de que o homem da mala
era Benedito Vicente, dono da empresa marroquina Alborada, comprada em
2002-2003 pelo grupo BPN/Sociedade Lusa de Negócios (SLN) no âmbito de
uma complexa teia de negócios, tratados por Dias Loureiro, Oliveira
Costa e o empresário Abdul Al -Assir, que acabaram por provocar dezenas
de milhões de euros de prejuízos ao banco e à sociedade que nele
mandava.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Menos de três meses antes de recolher este testemunho, o
procurador decidira abrir mais uma investigação ao universo BPN, um
processo que foi arquivado oito anos depois, no início deste mês, por
falta de provas. E sob forte polémica: pelos termos usados no despacho
judicial e por ninguém ter sido responsabilizado por prejuízos avaliados
em mais de 70 milhões de euros.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />A consulta de parte da
documentação principal do inquérito-crime (ver caixa), feita pela
SÁBADO, revela que o Ministério Público (MP) vasculhou as contas
bancárias e ouviu as conversas ao telefone e via email de Dias Loureiro,
mas acabou por chegar a um beco sem saída. "Toda a prova produzida nos
autos revela-nos uma engenharia financeira extremamente complexa, a par
de decisões e práticas de gestão que, a serem sérias, são extremamente
pueris e desavisadas, o que nos permite suspeitar que o verdadeiro
objectivo da celebração dos negócios da Redal e da Biometrics [empresa
de Porto Rico] foi tão-só o enriquecimento ilegítimo de terceiros à
custa do prejuízo do Grupo BPN, nomeadamente, e pelo menos, de Dias
Loureiro, de Oliveira Costa e de Al-Assir, enriquecimento esse sob a
forma de pagamento de comissões, ainda que através da formalização da
pretensa concessão de financiamentos a entidades instrumentais,
aceitando, logo à partida e deliberadamente, que tais empréstimos seriam
incumpridos, razão pela qual não se mostra exigida a prestação de
garantias adequadas", especificou a procuradora Cláudia Porto que
concluiu o processo depois de vários anos sem diligências relevantes. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong>O enriquecimento</strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong> <br />Quando saiu do último governo
cavaquista, em 1995, Dias Loureiro declarou ao fisco rendimentos de 57
mil euros. Na época, começou por usar uma sala que lhe foi cedida pelo
amigo Daniel Proença de Carvalho, para fazer consultoria jurídica. O ano
seguinte foi uma pequena travessia no deserto. Sem emprego fixo, o
advogado declarou apenas 16 mil euros no IRS de 1996. Poucos anos
depois, já ganhava milhões nos negócios, sem perder influência política.
Em 1999 assumiu a presidência da Ericsson Telecomunicações, o primeiro
passo para chegar a administrador, em 2002, da Ericsson Espanha. E
tornou-se consultor da construtora espanhola Dragados. Pelo meio, entrou
na Sociedade Lusa de Negócios – que controlava a gestão do BPN –,
liderada pelo colega de governo cavaquista, o ex-secretário de Estado
dos Assuntos Fiscais José Oliveira Costa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Antes, já lhe tinha
surgido José Roquette com uma proposta tentadora. O empresário
garantiu-lhe stock options de 15% (a possibilidade de comprar parte da
empresa), a repartição de 7% dos lucros e um salário principesco na
Plêiade, SGPS, uma sociedade anónima criada em 1992 e com sede numa
moradia luxuosa da Avenida do Restelo, em Lisboa. O papel de Loureiro?
"(...) procurar novos negócios para investimento", conforme salientou
muito anos depois o antigo político quando foi constituído arguido e
interrogado, em Julho de 2009.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Contactos privilegiados era algo
que o ex-ministro tinha conseguido, por exemplo, em Marrocos. Um deles
estava no governo (o ministro do Interior, Driss Basri) e Loureiro
conseguiu reunir vontades na sociedade que ganhou a construção e a
concessão por 30 anos da exploração da rede de água, saneamento e
energia eléctrica na capital marroquina.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Os ministros
socialistas Jorge Coelho e Pina Moura assistiram à assinatura do
contrato histórico, que previa um investimento que podia chegar aos
1.200 milhões de contos (hoje, cerca de 6 mil milhões de euros), cuja
rentabilidade seria garantida pelo recebimento das tarifas cobradas pela
distribuição de água, saneamento e electricidade. Assim nasceu a Redal,
uma sociedade anónima com três sócios principais: a Plêiade, do
empresário José Roquette, a então empresa pública EDP e os espanhóis da
Urbaser (Grupo Dragados). Cada um detinha 29% do capital da empresa e
ainda havia um sócio minoritário: a Alborada, com 13%, detida pelo já
citado Benedito Vicente, o homem da mala de dólares. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Dias Loureiro
tornou-se presidente da Redal e intermediário de outras intenções de
Roquette: vender a Plêiade a quem desse mais. A ponte com Oliveira
Costa, o poderoso presidente do BPN/SLN, surgiu quase de imediato e as
negociações foram rápidas: duraram um mês. Roquette anunciou que comprou
antes os 15% que Loureiro tinha na Plêiade (o MP diz agora que não tem a
certeza de isso ter sucedido) e, em Dezembro de 2000, o banco pagou
pela empresa cerca de 57,5 milhões de euros. O negócio incluiu a Redal e
Loureiro lucrou cerca de 7,5 milhões de euros.</span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Parte
substancial deste valor investiu-o em acções da SLN e tornou-se
administrador do grupo liderado por Oliveira Costa. Só que o negócio em
Marrocos complicou-se: Loureiro garantiu a Oliveira Costa que tinha
perdido o contacto privilegiado no governo e que era cada vez maior a
ameaça de o contrato não ser respeitado. No entanto, até para vender a
participação da Redal (a empresa Vivendi parecia interessada), tinha de
ser obtida a concordância do governo local. Resultado: era necessário
mais um "facilitador".</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Segundo o interrogatório feito a Dias
Loureiro, foi assim que surgiu o libanês Al -Assir, que terá sido
apresentado ao antigo político português por um administrador da
Urbaser, um dos sócios da Redal. Al-Assir vivia em Espanha e na Suíça e
foi nas festas do empresário que Loureiro veio a conhecer o Rei de
Espanha, Juan Carlos, com quem chegou a participar em caçadas, e o
ex-Presidente norte -americano Bill Clinton.<br /><br />Ainda segundo as
declarações do antigo ministro ao MP, como os franceses da Vivendi não
queriam negociar com a marroquina Alborada, o grupo BPN/SLN
comprometeu-se a comprar a participação desta e a pagar a Benedito
Vicente. Um pagamento que Loureiro disse não se lembrar de ter sido
feito para uma conta aberta em Gibraltar e também através de 1,5 milhões
de dólares, na sede do BPN. <br /><br /><strong>Investimento em Porto Rico</strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong> <br />A
entrada de Al-Assir nestes negócios foi desastrosa para o grupo BPN/SLN
(o banco acabou nacionalizado em 2008 e, em 2016, o Estado português já
lá tinha gasto 3,2 mil milhões de euros). Nos depoimentos de 2009, Dias
Loureiro e Oliveira Costa desresponsabilizaram-se da participação em
negócios ruinosos e acusaram-se mutuamente de terem mais influência
junto do empresário líbio. Certo é que foram os dois administradores que
encaminharam o BPN/SLN para investimentos e financiamentos propostos
por Al -Assir – Oliveira Costa disse ao MP que o libanês ameaçou que não
concluiria o negócio em Marrocos se não fosse feito um investimento em
Porto Rico e na sociedade Biometrics, que estaria a desenvolver o
Cyclope, uma espécie de máquina mais evoluída de pagamentos automáticos
(designada ITM), que permitiria também a leitura de folhas A4 e a
validação das facturas pela recolha da simples imagem das mesmas.</span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Quando
foi ouvido pelos investigadores, em 2009, Jorge Jordão, revelou que
desaconselhou logo o negócio Biometrics. O antigo administrador da SLN,
Novas Tecnologias (empresa que foi presidida por Dias Loureiro) explicou
que já tinha apanhado o projecto em andamento, mas que resolveu ir a
Porto Rico, em Agosto de 2001, conhecer as instalações da Biometrics.
Quando regressou a Portugal, relatou que encontrou "alguns técnicos" a
trabalhar em "três andares de um prédio" e desaconselhou o investimento
por escrito. Depois, em várias reuniões, percebeu que não conseguiria
travar "o manifesto desejo por parte do Dr. Dias Loureiro e Oliveira
Costa" e tentou minorar o investimento financeiro da SLN no projecto.
Não conseguiu grande coisa. No despacho final do processo deste mês, o
MP garantiu que o BPN/SLN terá enterrado cerca de 41,1 milhões de euros
no negócio de Porto Rico.<br /><br />A procuradora Cláudia Porto defendeu
ainda no documento que existiu uma relação de causa e efeito entre
vários negócios do BPN/SLN só aparentemente distintos, especificando que
era "impossível" não associar o negócio da Redal em Marrocos ao caso da
Biometrics, em Porto Rico. Os indícios: os intervenientes (Loureiro,
Oliveira Costa e Al -Assir), as datas e os momentos fulcrais dos
negócios são coincidentes. "Na verdade, apenas quando surgiu uma
proposta válida, com valores para a aquisição por parte da Vivendi, é
que foram fechados os acordos e ocorreram os primeiros pagamentos
relativos aos compromissos assumidos no negócio de Porto Rico",
especificou, garantindo também que os sucessivos negócios e operações
financeiras – o MP diz até que as ligações à rede de negócios suspeitos
"parece não ter fim" – serviram para "camuflar" o desfecho desastroso da
Biometrics. <br /><br /><strong>Crime sem culpados</strong></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><strong> </strong> <br />E isto
porque os prejuízos acabaram por ser dissimulados em operações de compra
e venda das acções da Biometrics realizadas através de várias
sociedades offshore controladas pelo próprio grupo BPN/SLN. As perdas
acabaram por cair na discreta contabilidade do BPN Cayman e não entraram
durante anos nas contas oficiais do grupo BPN/SLN. "Toda esta
engenharia financeira teve como objectivo que o Grupo SLN não ficasse
com as acções equivalentes a 25% do capital da Biometrics, visando,
também, ocultar a saída das acções da Biometrics do Excellence Assets
Fund, por 1 dólar, tal como estavam valorizadas no contrato de revogação
do negócio", concluíram os investigadores.<br /><br />Apesar disto, e já
depois da revogação do negócio de Porto Rico, e quando ainda não estavam
terminadas as negociações para a venda final da Redal, entre Setembro
de 2002 e Agosto de 2003, o BPN concedeu ainda vários financiamentos a
três sociedades instrumentais controladas por Al-Assir. No total, os
empréstimos (com garantias de hipotecas de imóveis de 3º e 4º grau, ou
seja, casas e apartamentos sucessivamente hipotecados a credores) terão
ultrapassado os 31 milhões de euros.</span></span> <span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br />Com uma parte deste
dinheiro, Al -Assir pagou empréstimos que tinha em outros bancos e o MP
ainda suspeitou que parte das verbas pudesse ter sido repartida com Dias
Loureiro. Depois de solicitada a colaboração das autoridades espanholas
para clarificar o destino do dinheiro que andou pelas contas espanholas
de Al-Assir, o MP garantiu que o resultado "não permitiu conclusões
sobre o real destino dos fundos". Na prática, e ainda segundo o MP, sem a
prova do enriquecimento pessoal não há crime de burla. Um beco sem
saída e sem responsáveis.<br /><br /><strong>Texto originalmente publicado na edição nrº 676, de 12 Abril de 2017, da SÁBADO</strong> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-62652514593317855932017-07-05T22:05:00.000+01:002017-07-05T22:05:12.916+01:0043 anos depois: disfarce de democracia<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em Portugal, 43 anos de regime supostamente democrático e os eleitos
respondem essencialmente às estruturas partidárias, deixando para plano
secundário a relação com os eleitores. Este modelo tem sido ao longo das
últimas décadas ocupado por militantes carreiristas de partidos,
transformados em agências de emprego público e gestão de interesses. </span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhccgRyJ2jgLTfT_V6mmUN5diFfmuHgBX6ydA_Kpw4pXKJnuQ7H7SPXuvFkMxr-RbyIuZLT6gbRT67OaZpqdZML11mqtFOPzJgw_rUWG_yzdIWHvejAzviEJN4OmgJU5WAJHJoWljnQwX6V/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="683" data-original-width="1024" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhccgRyJ2jgLTfT_V6mmUN5diFfmuHgBX6ydA_Kpw4pXKJnuQ7H7SPXuvFkMxr-RbyIuZLT6gbRT67OaZpqdZML11mqtFOPzJgw_rUWG_yzdIWHvejAzviEJN4OmgJU5WAJHJoWljnQwX6V/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">É
por essa via que José Sócrates e Pedro Passos Coelho foram
primeiros-ministros; António José Seguro, líder do Partido Socialista; e
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa – este caso particular é
bem ilustrativo de um modelo de democracia defeituosa.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Há décadas que considero o sistema político e a consequente
plataforma de acesso a cargos de nomeação política fortes entraves ao
desenvolvimento do país. Entre órgãos comunitários, poder central e
autárquico, direcções, institutos e empresas públicas, há em Portugal um
excesso de cargos preenchidos por funcionários cujo principal elemento
curricular reside na militância num partido de poder. É um sistema onde a
lealdade a dirigentes se sobrepõe à lealdade a princípios, políticas e
eleitores, ilustrando na perfeição a expressão jobs for the boys.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Facilmente se intui quanto aos princípios associados a este modelo de
gestão dos recursos públicos, bem como às consequências no Orçamento do
Estado, ao défice crónico das contas públicas, à qualidade dos serviços
prestados e ao excesso de endividamento não produtivo. A má gestão da
causa e recursos públicos é um cancro social de dimensões monstruosas e é
por esta via que se estabeleceu a perigosa equivalência entre dinheiro
público e dinheiro fácil – conceito económico absolutamente defeituoso,
mas ilustrativo do modo como é conduzida a gestão do dinheiro dos
contribuintes, resultando nos níveis de endividamento e carga fiscal que
o país atingiu.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em Portugal, 43 anos de regime supostamente democrático e os eleitos
respondem essencialmente às estruturas partidárias, deixando para plano
secundário a relação com os eleitores. Este modelo tem sido ao longo das
últimas décadas ocupado por militantes carreiristas de partidos,
transformados em agências de emprego público e gestão de interesses. É
por essa via que José Sócrates e Pedro Passos Coelho foram
primeiros-ministros; António José Seguro, líder do Partido Socialista; e
Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa – este caso particular é
bem ilustrativo de um modelo de democracia defeituosa.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pessoalmente,
tenho sérias dificuldades em respeitar politicamente quem aceita um
cargo elegível sem que ninguém em si tenha efectivamente votado. Há
vários outros exemplos desta forma de estar que reforçam apenas este meu
enjoo relativamente à lei que a permite e ao sujeito que a aceita,
constituindo esta prática uma clara sobreposição dos interesses
partidários relativamente à qualidade e transparência do modelo de
democracia representativa que em Portugal vigora, tornando-a,
efectivamente, um disfarce de democracia.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Como resolver o problema? Alterando o sistema eleitoral no sentido de
aproximar e responsabilizar eleitos perante eleitores; indo aos back to
basics dos conceitos de democracia representativa e participativa, de
modo a eliminar o modelo de promessas em tempo de campanha eleitoral sem
efectiva tradução nas políticas de protecção do interesse público,
substituídas pela promoção de interesses ocultos, deixando para trás a
prioridade absoluta da actividade política: a qualidade de vida das
pessoas traduzida na educação e civismo, segurança e justiça,
solidariedade social, saúde, emprego e qualidade do ambiente. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Portugal
só poderá ser pujante, inovador e motivante quando o seu principal
recurso (as pessoas) confiar e estiver em sintonia com a visão política e
com a estratégia de desenvolvimento – coisas que desapareceram faz
muito tempo. O desenvolvimento do nosso país depende da evolução
qualitativa da democracia que só uma democracia de qualidade, real e sem
disfarces, poderá resolver.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><em>Professor da Escola de Gestão do ISCTE/IUL </em></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><em>Subscritor do “Manifesto Por Uma Democracia de Qualidade”</em></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><em><a href="https://ionline.sapo.pt/560435" target="_blank">IOnline</a> </em></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-58518181586775844372017-06-08T13:24:00.000+01:002017-06-08T13:24:54.555+01:00Os FDP na EDP<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, Eduardo
Catroga, afirmou esta terça-feira que alguns dos accionistas da empresa,
que é controlada pela China Tree Gorges, admitem avançar com acções
judiciais sobre os autores da denúncia anónima que lançou a investigação
aos contratos da EDP, em 2012.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“Não se brinca com empresas cotadas, lançando denúncias anónimas”,
afirmou Eduardo Catroga, sentado ao lado de António Mexia, que na
sexta-feira passada foi constituído arguido numa investigação por
corrupção.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">... por falar em brincar decidimos reunir algumas notícias sobre a EDP nos últimos anos para vermos afinal quem anda a brincar com quem: </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Em primeiro lugar ... excelente salários :</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="selectionShareable" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O presidente executivo da EDP, António
Mexia, recebeu 984 mil euros a título de remuneração fixa ao longo de
2016, valor a que a empresa acrescentou mais duas remunerações variáveis
que, em conjunto, somaram mais 1,05 milhões de euros de ganho para o
ex-ministro do PSD e ex-presidente da Galp. Tudo somado, foram 2,036
milhões de euros brutos, o que dá uma média de 5500 euros por dia.</span></span></div>
<div class="selectionShareable" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8vxXuXdg1Xazd2iEr0E8D7m5lWl9BeElqdSmarO-tO2vB4tR1iltVxt2-hyn8MbsUiq2-vELJILPEUdWVQUGZqvPhHdRjLKU382a8l9CKjPgSKavbWR9tbV8RTn1jOr1ioEZsTy9A2dzo/s1600/1.jpeg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="278" data-original-width="494" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8vxXuXdg1Xazd2iEr0E8D7m5lWl9BeElqdSmarO-tO2vB4tR1iltVxt2-hyn8MbsUiq2-vELJILPEUdWVQUGZqvPhHdRjLKU382a8l9CKjPgSKavbWR9tbV8RTn1jOr1ioEZsTy9A2dzo/s400/1.jpeg" width="400" /></a></span></span></div>
<div class="selectionShareable" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">De
acordo com o relatório e contas da elétrica, e além do salário fixo de
984 mil euros, Mexia recebeu mais 396 mil euros de prémio relativo às
contas de 2015 e outros 656,17 mil euros relativo a prémios de 2013.
Tudo pago ao longo de 2016. Segundo os valores presentes no documento, o
montante global ilíquido, pago pela EDP, aos membros do Conselho de
Administração Executivo em 2016 foi superior a 10,3 milhões de euros,
dos quais 4,6 milhões em remunerações fixas, 2,3 milhões em prémios
relativos a 2015 e outros 3,38 milhões em prémios de 2013.</span></span></div>
<div class="selectionShareable" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se
a estes valores juntarmos os salários pagos a administradores da EDP
por outras participadas, atingimos então os 10,8 milhões de euros. <a href="http://www.jn.pt/economia/interior/antonio-mexia-recebeu-138-milhoes-de-euros-em-remuneracao-da-edp-5729899.html#.WTX1kN4NzVY.facebook" target="_blank">aqui </a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Electricidade e gás em Portugal são os mais caros da Zona Euro</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
<span class="noticiaLead">Os dados do Eurostat mostram que
as famílias portuguesas são as que suportam a maior factura com a
electricidade e o gás. Na electricidade metade dos custos são impostos
ou taxas.</span> As famílias portuguesas pagaram em média 22,9 euros por cada 100 kWh
de electricidade consumida no segundo semestre do ano passado. Trata-se
do sexto valor mais elevado entre todos os países da Zona Euro, só atrás
da Alemanha, Irlanda, Itália, Espanha e Bélgica.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Contudo,
quando alterado o "ranking" para ter em conta a paridade de poder de
compra padrão (PPS, na sigla inglesa), constata-se que os portugueses
suportam a factura mais elevada com a electricidade que consomem. <a href="http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/electricidade_e_gas_em_portugal_sao_os_mais_caros_da_zona_euro" target="_blank">aqui</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: small;"><br /></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Como se já não pagassemos a energia mais cara da europa, já em 2012 a EDP errava na contagem da luz</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A EDP errou na contagem da eletricidade de
cerca de 480 mil consumidores com tarifa bi-horária ou tri-horária e
acabou por cobrar mais de três milhões de euros indevidamente, segundo a
Associação para a Defesa dos Consumidores. A EDP admitiu ao «Correio da Manhã» que apenas 30 mil clientes foram
lesados por erros de precisão do relógio e software, e que as anomalias
estão a ser corrigidas.
<a href="http://www.tvi24.iol.pt/economia/dinheiro-pessoal/edp-erra-na-contagem-da-luz-e-lucra-tres-milhoes" target="_blank">aqui</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Contudo, a pagar impostos as contas são muito bem feitas ... já que não se gosta de pagar impostos em Portugal. <a href="http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/edp-lucra-140-milhoes-e-paga-5-de-imposto" target="_blank">aqui </a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><span><br /></span></b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Mas mesmo assim quando pagam alguma coisa cá são ajudados.</b> <span class="noticiaLead">A adesão da EDP a dois programas lançados pelo
Governo para regularização de dívidas e reavaliação de activos permitiu
reduzir contabilisticamente os impostos, apesar de ter pago mais,
ajudando a eléctrica a regressar a um crescimento nos lucros para 961
milhões. <a href="http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/energia/detalhe/lucro-da-edp-sobe-com-menos-impostos-nas-contas" target="_blank">aqui</a></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="noticiaLead"><br /></span></span></span></div>
<div class="lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>A EDP fechou 2016 com lucros de 961 milhões,
beneficiada por um crescimento dos resultados operacionais recorrentes e
por uma menor fatura com impostos</b> </span></span></div>
<div class="lead" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O grupo EDP obteve em 2016 um resultado líquido de 961 milhões de
euros, que compara com um lucro de 913 milhões alcançado no ano
anterior. O presidente executivo da EDP, António Mexia, classificou 2016
como “um bom ano”, suportado por melhores resultados operacionais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Depois
de em 2015 o grupo ter elevado para 3,9 mil milhões de euros o seu
EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e
amortizações), em 2016 este indicador ficou em 3,7 mil milhões, com uma
queda de 4%.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Apesar desta queda, numa base recorrente o resultado
operacional melhorou 6%. “Esta melhoria deve-se ao mercado ibérico, por
uma melhoria da regulação em Espanha e uma produção hídrica acima da
média”, sublinhou António Mexia na conferência de imprensa de
apresentação dos resultados anuais. Isso permitiu compensar o desempenho
mais fraco do negócio no Brasil e da EDP Renováveis.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas houve
outro fator que beneficiou o resultado líquido da EDP: enquanto em 2015
tinha pago 278 milhões de euros em impostos, em 2016 os encargos fiscais
baixaram para 89 milhões. <a href="http://expresso.sapo.pt/economia/2017-03-02-Lucro-da-EDP-sobe-5-para-961-milhoes-de-euros" target="_blank">aqui</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b><br /></b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Para esta facturação contribui as taxas e rendas de sabe-se lá o quê</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="post-lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Cerca de 40% do valor pago mensalmente pelos
consumidores vai diretamente para custos como a garantia de potência ou o
preço especial de produção da energia eólica. As dívidas dos consumidores nacionais às empresas produtoras de
eletricidade totalizam 4,7 mil milhões de euros, em rendas e outros
custos do sistema elétrico. <b>Este valor significa que, cada português,
deve cerca de 470 euros, mais juros, que terão de ser pagos até 2024 de
forma faseada na fatura mensal da luz</b>, segundo noticia esta quarta-feira
o Jornal de Notícias. <a href="http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/rendas-da-edp-vao-custar-470-euros-a-cada-consumidor-168829" target="_blank">aqui</a> </span></span></div>
<div class="post-lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="post-lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">... <b>Por mais caro que isto saia aos portugueses</b></span></span></div>
<div class="post-lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="post-lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os dados da pobreza energética em Portugal revelam uma política cruel.
Somos recordistas europeus na chamada "mortalidade excessiva" sob o frio
(a par do Chipre e de Malta). <b>Metade das pessoas mais pobres não
consegue ter a casa adequadamente aquecida no Inverno. E porquê? Porque
temos a eletricidade e o gás mais caros da Europa. Em 2013, no pico da
crise económica, fomos o país europeu com mais cortes de energia por
falta de pagamento, acima da Grécia.</b> A privatização do setor e o
memorando da troika, com o aumento do IVA na eletricidade, custaram-nos
muitas vidas e muita saúde.</span></span></div>
<div class="lead" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Esta empresa, privatizada á pressa, poderia estar a render dinheiro a todos os portugueses e continuando a prestar um serviço essencial e de primeira necessidade, sendo guiada por esses mesmo valores, e não pelo valor de lucro a todo o custo</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span><br /><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><b>Os dividendos anuais da EDP e da REN podiam dar mais dinheiro ao Estado
português do que a privatização das empresas</b> feita pelo governo no
início da legislatura. Esta é uma das conclusões da auditoria do
Tribunal de Contas (TC) aos "Processos de (re)privatização do setor
elétrico" desenvolvidos entre 2011 e 2013. Uma análise que também
detetou conflitos de interesses num dos consultores financeiros que
avaliou as empresas, a pedido do Estado, e depois trabalhou para os
compradores. <a href="http://www.tsf.pt/economia/interior/estado-pode-ter-perdido-milhoes-com-privatizacoes-da-edp-e-ren-4650198.html" target="_blank">aqui</a> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Para
finalizar ... acabamos com uma ultima brincadeira : O presidente da
elétrica portuguesa rejeita as críticas de que os preços da eletricidade
em Portugal são caros. <b>“A eletricidade não é cara. As casas é que são mal construídas” </b><a href="https://www.dinheirovivo.pt/empresas/antonio-mexia/" target="_blank">aqui</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">... muito mais haveria por dizer, mas não tenho dinheiro para ter o PC tanto tempo ligado á corrente.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="left: -99999px; position: absolute; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A EDP Finance BV não
tem atividade na Holanda, não vende nem produz eletricidade e apenas
serve para maximizar o planeamento fiscal em operações financeiras.
Em 2012, estas vantagens fiscais foram renegociadas, para condições
fiscais menos vantajosas o que obrigou a empresa de António Mexia a
pagar 34,7 milhões de euros "em benefício das autoridades fiscais
holandesas – e não do Estado português", conclui o estudo do centro de
investigação Somo. <br /><br /> Ler mais em: <a href="http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/edp-lucra-140-milhoes-e-paga-5-de-imposto">http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/edp-lucra-140-milhoes-e-paga-5-de-imposto</a></span></span></div>
<div style="left: -99999px; position: absolute; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A EDP Finance BV não
tem atividade na Holanda, não vende nem produz eletricidade e apenas
serve para maximizar o planeamento fiscal em operações financeiras.
Em 2012, estas vantagens fiscais foram renegociadas, para condições
fiscais menos vantajosas o que obrigou a empresa de António Mexia a
pagar 34,7 milhões de euros "em benefício das autoridades fiscais
holandesas – e não do Estado português", conclui o estudo do centro de
investigação Somo. <br /><br /> Ler mais em: <a href="http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/edp-lucra-140-milhoes-e-paga-5-de-imposto">http://www.cmjornal.pt/economia/detalhe/edp-lucra-140-milhoes-e-paga-5-de-imposto</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="http://www.facebook.com/RiseupPortugal" target="_blank">RiseUP Portugal</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-53903585807859446862017-06-08T12:20:00.000+01:002017-06-08T12:20:21.870+01:00Alterações climáticas já estão a ter efeitos na saúde dos portugueses <div class="lead" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os problemas respiratórios, cardíacos e as doenças
infecciosas aumentam com a subida da temperatura média. O combate aos
gases com efeito de estufa é também uma questão de saúde, alertam
especialistas em Medicina Interna.</span></span></b></div>
<div class="lead" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h2 class="lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></h2>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O clima mudou, continua a mudar, mas a maior parte de nós continua a
enfiar a cabeça na areia, alheado de uma realidade bem expressa em
dados: <b>2016 foi o ano mais quente desde que há registo; a Organização
Mundial de Saúde estima que todos os anos morram 150 mil pessoas por
causa das alterações climáticas</b>; atualmente, 96% do território nacional
está em situação de seca e só na onda de calor de 2013 morreram 1 700
portugueses por problemas de saúde relacionados com a temperatura
extrema.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin_-1LyRA_8hg_DC-ae46b-GtmeqyEtHNOp0gNqbMtNxswFGr_p9YzB0zgN1VVWr_dqgFXYBPx2htA3KYhzr6t9q1MRkibKXvspy1gVU-dD-dMBY0gG5OgZ1CoWDrQVLofIfmhMRdXkL0c/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="265" data-original-width="471" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEin_-1LyRA_8hg_DC-ae46b-GtmeqyEtHNOp0gNqbMtNxswFGr_p9YzB0zgN1VVWr_dqgFXYBPx2htA3KYhzr6t9q1MRkibKXvspy1gVU-dD-dMBY0gG5OgZ1CoWDrQVLofIfmhMRdXkL0c/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><b>Num inquérito feito aos especialistas em Medicina
Interna, 90% deles afirmou que "as alterações climáticas já estão a ter
efeitos na saúde dos portugueses"</b>, revela à VISÃO o presidente da
Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), Luís Campos. As doenças
respiratórias são as mais referidas pelos médicos portugueses, sendo os
grupos mais frágeis, como os idosos, as crianças ou os que vivem em
piores condições de habitação ou alimentares os que mais sofrem. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A nível
mundial, têm vindo a aumentar os AVC, a doença coronária, a bronquite
crónica, as doenças infecciosas, e ainda as patologias relacionadas com a
qualidade da água, como a cólera, ou as que são transmitidas por
mosquitos, como a malária e o dengue. Também aumentam as vítimas de
catástrofes naturais, como as cheias ou os furacões, os problemas
mentais em pessoas obrigadas a emigrar.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Por altura do Dia Mundial
do Ambiente, celebrado a 5 de junho, a Sociedade alertou médicos e
sociedade em geral para os problemas relacionados com a subida da
temperatura média, reforçando o papel de cada um de nós.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Também é
objetivo das SPMI que a atenção ao ambiente comece nos próprios
hospitais. "Os hospitais são responsáveis pelo consumo de 11% da
eletricidade e 18% do gás natural. São ainda produtores de 108 mil
toneladas de resíduos", avança Luís Campos. "O combate às alterações
climáticas deve ser uma prioridade e o setor da saúde devia dar o
exemplo", sublinha o médico.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pela sua saúde, recomenda a
Sociedade, ande a pé, de bicicleta ou de transportes públicos, escolha
carros menos poluentes, reduza o consumo de energia, o lixo e a carne na
alimentação, coma frutas e legumes de produção local e sazonal, não
beba bebidas engarrafadas em garrafas de plástico.</span></span></b></div>
<h2 class="lead" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-weight: normal;">por Sara Sá em <a href="http://visao.sapo.pt/verde/2017-06-05-Alteracoes-climaticas-ja-estao-a-ter-efeitos-na-saude-dos-portugueses" target="_blank">Visão</a></span> </span></span></h2>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-73563403192653167192017-06-08T12:07:00.001+01:002017-06-08T12:07:44.955+01:00Monsanto sabia há 17 anos que o Glyfosato era cancerígeno<div class="post-content" style="text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Um tribunal federal americano ordenou à Monsanto a entrega
de um documento interno de 250 páginas. O que foi revelado é criminoso. <b>A
Monsanto já sabia há 17 anos que o Glyfosato, o principal ingrediente do
Roundup podia de facto causar o cancro. E, no entanto, lançou uma vasta
campanha de encobrimento…</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgedXQnTGtsgfLH_jvFF74Z9xN89wMrn4782hYX0xHaLUTr9pWOdIIvjSnKmQAr_Gioi-qj2i97-6vY1UjDxFNI3J7GemL1Zfp0ofVrMldT4q5U11AyseDEv-9La9xZ9mKzcb45xnvb-aP0/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="580" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgedXQnTGtsgfLH_jvFF74Z9xN89wMrn4782hYX0xHaLUTr9pWOdIIvjSnKmQAr_Gioi-qj2i97-6vY1UjDxFNI3J7GemL1Zfp0ofVrMldT4q5U11AyseDEv-9La9xZ9mKzcb45xnvb-aP0/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O conjunto de documentos conhecidos por “Monsanto papers” mostra que o
gigante do agro-business tem vindo a manipular as pesquisas, em conluio
com funcionários governamentais da US Environment Protection Agency
(EPA) e fornecendo artigos tendenciosos às agências, sempre com o
objectivo de refutar que o Glyfosato é cancerígeno.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Eis os factos. <b>Em 1999, a Monsanto encomendou um estudo a um
especialista para provar que o Glyfosato não causava o cancro. Contudo, o
cientista descobriu o oposto, pois o produto tinha propriedades
cancerígenas.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Um conjunto de comunicações internas reveladas pelo tribunal, mostra
que a Monsanto conspirou com o director adjunto da EPA para que parassem
com as análises aos efeitos do Glyfosato por parte das agências
governamentais. O mesmo funcionário da EPA também conseguiu excluir a
empresa de um relatório elaborado pela International Agency for Research
on Cancer, dando assim tempo ao departamento de relações públicas para
construir uma campanha contra os resultados.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O gigante das sementes pagou os seus próprios estudos para defender o
uso do Glyfosato e contratou cientistas para escreverem artigos para
jornais académicos, usando esses estudos. Esses artigos foram depois
usados pela EPA e pela European Food Safety Authority para determinar
que o Roundup era seguro e podia ser usado nas colheitas.</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ficamos a saber de tudo isto devido a uma queixa-crime apresentada
por pessoas que alegam ter contraído cancro por exposição ao Roundup.
Mesmo agora que a Agência Internacional para a Pesquisa do Cancro já
declarou que o Glyfosato é potencialmente cancerígeno, a Monsanto
continua a negar a perigosidade do Roundup. A Monsanto tem de ser
responsabilizada pelos danos que tem produzido no ambiente e nas
pessoas… É da maior urgência impedir a sua fusão com a Bayer, quanto
mais não seja, por violar a legislação antimonopolista.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Este é um artigo retirado do excelente site </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Plataforma Não ao TTIP</span></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se gostaste deste artigo, visita a plataforma <a href="http://www.nao-ao-ttip.pt/" target="_blank">neste link</a></span></span> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Katherina Tu, SomeOfUs.org, 24/5/2017 <a href="http://www.konbini.com/us/lifestyle/documents-reveal-monsanto-knew-roundup-dangerous" target="_blank">aqui</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Tradução e adaptação de Manuel Fernandes, Plataforma Não ao TTIP</span></span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-12617697913482461742017-06-08T11:53:00.002+01:002017-06-08T11:53:39.066+01:00Como os Estados Unidos ajudaram ao surgimento do ISIS na Síria e no Iraque<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Excelente artigo de Seumas Milne no "The Guardian", escrito em 2015 mas de uma enorme relevancia dados os recentes ataques em cidades europeias e o escalar de violência na Síria. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><i><b>"O julgamento em Londres do cidadão sueco Bherlin Gildo, acusado de actos de terrorismo na Síria, colapsou após ter ficado evidente que os serviços de inteligencia britânicos tinham vindo a fornecer armas aos mesmos grupos rebeldes que o reú era acusado de apoiar." ... "(este apoio), não só incluia fornecimento de meios não letais, como equipamento de protecção pessoal e veículos", como também treino, apoio logistico e fornecimento secreto de armamento em larga escala."</b></i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span class="content__headline content__headline--byline"><span itemprop="author" itemscope="" itemtype="http://schema.org/Person"><a class="tone-colour" data-link-name="auto tag link" href="https://www.theguardian.com/profile/seumasmilne" itemprop="sameAs" rel="author"><span itemprop="name"></span></a></span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Deixamos aqui na íntegra o artigo intitulado :</span><i><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-weight: normal;"> <b>Now the truth emerges: how the US fuelled the rise of Isis in Syria and Iraq </b></span></span></span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXafMIRLBgNb-GllB95ie4s4P6tGTimvAfd_9IgxR7r8B_jiiCyX9YJXz9sJp3Uq1WRfAlkG6GcRobDqQh2WoboWWzvDritiQVxJugvwKNMfcXACsL6ILcUpmq4-3Ly2QNBXjickO8b5Zu/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1067" data-original-width="1600" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXafMIRLBgNb-GllB95ie4s4P6tGTimvAfd_9IgxR7r8B_jiiCyX9YJXz9sJp3Uq1WRfAlkG6GcRobDqQh2WoboWWzvDritiQVxJugvwKNMfcXACsL6ILcUpmq4-3Ly2QNBXjickO8b5Zu/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">"The war on terror, that campaign without end launched 14 years ago by
George Bush, is tying itself up in ever more grotesque contortions. On
Monday <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="https://www.theguardian.com/uk-news/2015/jun/01/trial-swedish-man-accused-terrorism-offences-collapse-bherlin-gildo">the trial in London of a Swedish man, Bherlin Gildo, accused of terrorism in Syria, collapsed</a> after it became clear British intelligence had been arming the same rebel groups the defendant was charged with supporting.
The prosecution abandoned the case, apparently to avoid embarrassing
the intelligence services. The defence argued that going ahead with the
trial would have been an “affront to justice” when there was plenty of
evidence the British state was itself providing “extensive support” to
the armed Syrian opposition.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">That didn’t only include the “non-lethal assistance” boasted of by
the government (including body armour and military vehicles), but
training, logistical support and the secret supply of “arms on a massive
scale”. Reports were cited that <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="http://www.lrb.co.uk/v36/n08/seymour-m-hersh/the-red-line-and-the-rat-line">MI6 had cooperated with the CIA on a “rat line”</a> of arms transfers from Libyan stockpiles to the Syrian rebels in 2012 after the fall of the Gaddafi regime.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Clearly, the absurdity of sending someone to prison for doing what
ministers and their security officials were up to themselves became too
much. But it’s only the latest of a string of such cases. Less fortunate
was a London cab driver <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="https://www.theguardian.com/uk-news/2015/may/21/london-cab-driver-guilty-ied-bombs-us-soldiers-iraq">Anis Sardar, who was given a life sentence a fortnight earlier</a>
for taking part in 2007 in resistance to the occupation of Iraq by US
and British forces. Armed opposition to illegal invasion and occupation
clearly doesn’t constitute terrorism or murder on most definitions,
including the Geneva convention.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">But terrorism is now squarely in the eye of the beholder. And nowhere
is that more so than in the Middle East, where today’s terrorists are
tomorrow’s fighters against tyranny – and allies are enemies – often at
the bewildering whim of a western policymaker’s conference call.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://i.guim.co.uk/img/static/sys-images/Guardian/Pix/pictures/2014/3/13/1394733748508/SeumasMilne.png?w=300&q=55&auto=format&usm=12&fit=max&s=adeda9bcf61b7a01eeb39497f07f0321" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="Seumas Milne" border="0" class="byline-img__img" src="https://i.guim.co.uk/img/static/sys-images/Guardian/Pix/pictures/2014/3/13/1394733748508/SeumasMilne.png?w=300&q=55&auto=format&usm=12&fit=max&s=adeda9bcf61b7a01eeb39497f07f0321" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Seumas Milne - autor do artigo</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">For the past year, US, British and other western forces have been
back in Iraq, supposedly in the cause of destroying the hyper-sectarian
terror group <a class="u-underline" data-component="auto-linked-tag" data-link-name="auto-linked-tag" href="https://www.theguardian.com/world/isis">Islamic State</a>
(formerly known as al-Qaida in Iraq). This was after Isis overran huge
chunks of Iraqi and Syrian territory and proclaimed a self-styled
Islamic caliphate.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">The campaign isn’t going well. Last month, Isis rolled into the Iraqi
city of Ramadi, while on the other side of the now nonexistent border
its forces conquered the Syrian town of Palmyra. Al-Qaida’s official
franchise, the Nusra Front, has also been making gains in <a class="u-underline" data-component="auto-linked-tag" data-link-name="auto-linked-tag" href="https://www.theguardian.com/world/syria">Syria</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Some Iraqis complain that the US sat on its hands while all this was
going on. The Americans insist they are trying to avoid civilian
casualties, and claim significant successes. Privately, officials say
they don’t want to be seen hammering Sunni strongholds in a sectarian
war and risk upsetting their Sunni allies in the Gulf.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A revealing light on how we got here has now been shone by <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="http://www.judicialwatch.org/wp-content/uploads/2015/05/Pg.-291-Pgs.-287-293-JW-v-DOD-and-State-14-812-DOD-Release-2015-04-10-final-version11.pdf">a recently declassified secret US intelligence report, written in August 2012</a>,
which uncannily predicts – and effectively welcomes – the prospect of a
“Salafist principality” in eastern Syria and an al-Qaida-controlled
Islamic state in Syria and Iraq. In stark contrast to western claims at
the time, the Defense Intelligence Agency document identifies al-Qaida
in Iraq (which became Isis) and fellow Salafists as the “major forces
driving the insurgency in Syria” – and states that “western countries,
the Gulf states and Turkey” were supporting the opposition’s efforts to
take control of eastern Syria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Raising the “possibility of establishing a declared or undeclared
Salafist principality”, the Pentagon report goes on, “this is exactly
what the supporting powers to the opposition want, in order to isolate
the Syrian regime, which is considered the strategic depth of the Shia
expansion (Iraq and Iran)”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Which is <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="https://medium.com/insurge-intelligence/secret-pentagon-report-reveals-west-saw-isis-as-strategic-asset-b99ad7a29092">pretty well exactly what happened two years later</a>.
The report isn’t a policy document. It’s heavily redacted and there are
ambiguities in the language. But the implications are clear enough. A
year into the Syrian rebellion, the US and its allies weren’t only
supporting and arming an opposition they knew to be dominated by extreme
sectarian groups; they were prepared to countenance the creation of
some sort of “Islamic state” – despite the “grave danger” to Iraq’s
unity – as a <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="http://www.huffingtonpost.com/alastair-crooke/syria-iraq-fractured_b_7471540.html?utm_hp_ref=tw">Sunni buffer to weaken Syria</a>.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">That doesn’t mean the US created Isis, of course, though some of its
Gulf allies certainly played a role in it – as the US vice-president,
Joe Biden, acknowledged last year. But there was no al-Qaida in <a class="u-underline" data-component="auto-linked-tag" data-link-name="auto-linked-tag" href="https://www.theguardian.com/world/iraq">Iraq</a>
until the US and Britain invaded. And the US has certainly exploited
the existence of Isis against other forces in the region as part of a
wider drive to maintain western control.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">The calculus changed when Isis started beheading westerners and
posting atrocities online, and the Gulf states are now backing other
groups in the Syrian war, such as the Nusra Front. But this US and
western habit of playing with jihadi groups, which then come back to
bite them, goes back at least to the 1980s war against the Soviet Union
in Afghanistan, which fostered the original al-Qaida under CIA tutelage.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">It was recalibrated during the occupation of Iraq, when <a class="u-underline" data-link-name="in body link" href="https://www.theguardian.com/world/2013/mar/06/el-salvador-iraq-police-squads-washington">US forces led by General Petraeus sponsored an El Salvador-style dirty war of sectarian death squads </a>to
weaken the Iraqi resistance. And it was reprised in 2011 in the
Nato-orchestrated war in Libya, where Isis last week took control of
Gaddafi’s home town of Sirte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">In reality, US and western policy in the conflagration that is now
the Middle East is in the classic mould of imperial divide-and-rule.
American forces bomb one set of rebels while backing another in Syria,
and mount what are effectively joint military operations with Iran
against Isis in Iraq while supporting Saudi Arabia’s military campaign
against Iranian-backed Houthi forces in Yemen. However confused US
policy may often be, a weak, partitioned Iraq and Syria fit such an
approach perfectly.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">What’s clear is that Isis and its monstrosities won’t be defeated by
the same powers that brought it to Iraq and Syria in the first place, or
whose open and covert war-making has fostered it in the years since.
Endless western military interventions in the Middle East have brought
only destruction and division. It’s the people of the region who can
cure this disease – not those who incubated the virus."</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-42935186124496449992017-03-19T10:02:00.000+00:002017-03-19T10:02:28.364+00:00Podem ver aqui: O relatório que Guterres e Israel querem censurar<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2c1CvVDuTv3B-1K6LTmGnFlu5sZ32T0uM5Jv2KKRqaJ5xQ0btHqYvhsMf-U323vHyFH0OSHPR1yDB0BOVhhmIakPLVSg2UDHbnO4ICskdKrcqRwEOnhvZszOaw9dx7hjGODXPXmbTcaEy/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2c1CvVDuTv3B-1K6LTmGnFlu5sZ32T0uM5Jv2KKRqaJ5xQ0btHqYvhsMf-U323vHyFH0OSHPR1yDB0BOVhhmIakPLVSg2UDHbnO4ICskdKrcqRwEOnhvZszOaw9dx7hjGODXPXmbTcaEy/s400/1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O relatório publicado na quarta-feira, 15, pela Comissão Económica e
Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental (Escwa, na sigla
inglesa), com sede na capital libanesa, concluía, sem qualquer sombra de
dúvida, que Israel é culpado da prática do crime de apartheid contra o
povo palestiniano, «tal como legalmente definido nos instrumentos de
Direito internacional», refere, numa nota, o Movimento pelos Direitos do
Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM).</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">«Sublinhando o
carácter intencional das políticas de Israel para manter a dominação
judaica em Israel e nos territórios palestinos ocupados», o relatório dá
especial ênfase às políticas discriminatórias de Israel no que respeita
à terra, bem como a políticas de «engenharia demográfica».</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Pressões e submissões</span></span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Logo
na quarta-feira, os Estados Unidos da América, principal aliado de
Israel, fizeram notar a sua repulsa face à publicação do relatório. Por
seu lado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez saber,
através de um porta-voz, que o relatório fora publicado sem consultar o
secretariado do organismo e que «não reflecte as opiniões do
secretário-geral».</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Na quinta-feira, a embaixadora dos EUA na ONU,
Nikki Haley, manteve a pressão, afirmando que «o secretariado (…) deve
ir mais longe e retirar inteiramente o relatório». Guterres pediu que o
relatório fosse retirado do portal da Escwa; e tal veio a concretizar-se
esta sexta-feira.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Na conferência de imprensa que ontem deu em
Beirute, a diplomata jordana Rima Khalaf confirmou que foi pressionada
por António Guterres para retirar o relatório que aponta e define o
apartheid imposto pelos sionistas sobre o povo palestiniano.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">«Era
de esperar que Israel e os seus aliados exercessem grandes pressões
sobre o secretário-geral das Nações Unidas», disse Khalaf, que se
manteve firme na defesa do relatório apresentado.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Orgulhosa,
classificou-o como o «primeiro do seu género», divulgado por uma agência
da ONU, a chamar a atenção para «os crimes que Israel continua a
cometer contra o povo palestino, que equivalem a crimes de guerra contra
a humanidade»</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">fonte do texto www.abrilabril.pt</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">podem encontrar o relatório na íntegra se clicarem <a href="https://electronicintifada.net/sites/default/files/2017-03/un_apartheid_report_15_march_english_final_.pdf" target="_blank">neste link</a></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-46592126806425414142017-01-24T11:44:00.000+00:002017-01-24T11:44:17.375+00:00Crianças do Bangladesh trabalham 64 h/semana para fazer a nossa roupa barata<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Um <a href="https://www.odi.org/sites/odi.org.uk/files/resource-documents/11145.pdf">relatório do OverSeas Development Institute</a>
(ODI) revelou que existe um número preocupante de crianças com idades
inferiores a 14 anos, no Bangladesh, que abandonaram a escola e têm
empregos a tempo inteiro. Em média, <b>estas crianças trabalham 64 horas por semana</b>.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span><span style="font-size: small;"> </span></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1CYW8RTg-24lnq_suW1K934sjPUZPbIc_l-F6e8TpoGCcZeyyO9Y9NNEg5mq0gqnnclKhr7bq6yKbw657V-kW_Ca9hsPBVOWnIe-AhbxPqNljul3SOdSStESEfwb4oOaYEeINOmkKK7bI/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1CYW8RTg-24lnq_suW1K934sjPUZPbIc_l-F6e8TpoGCcZeyyO9Y9NNEg5mq0gqnnclKhr7bq6yKbw657V-kW_Ca9hsPBVOWnIe-AhbxPqNljul3SOdSStESEfwb4oOaYEeINOmkKK7bI/s400/2.jpg" width="400" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Shakhil Khan tem 10 anos e trabalha numa fábrica têxtil</span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Os investigadores estudaram quase 3000 agregados familiares
desprivilegiados dos bairros degradados de Dhaka, no Bangladesh, e
descobriram <b>crianças de apenas 6 anos com empregos a tempo inteiro</b>. Outras chegavam a trabalhar 110 horas por semana. Estas crianças recebiam, em média, pelo seu trabalho, menos de 2€ por dia.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">“A prevalência do trabalho infantil no Bangladesh é preocupante”, declarou Maria Quattri, uma das autoras do estudo. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">De acordo com o que descobriu, <b>dois terços das raparigas com empregos trabalham na indústria do vestuário</b>, o que levanta sérias questões sobre a <b>roupa exportada e o trabalho infantil</b>. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;">Os rapazes têm ofícios mais variados: alguns trabalham nas obras e no <b><a href="http://www.theuniplanet.com/2016/07/7-produtos-do-seu-dia-dia-que-podem-ser.html">fabrico de tijolos</a></b>
e outros em lojas ou vendem produtos na rua. 13% deles trabalham também
em fábricas têxteis ou em outras partes do sector têxtil.<br /><br />
“[As crianças] estão a trabalhar principalmente para subempreiteiros em <a href="http://www.theuniplanet.com/2016/06/h-gap-e-walmart-acusados-de-abusos.html">fábricas de vestuário</a> informais que produzem uma parte do produto que é depois vendido a empresas formais. E estas empresas exportam o produto”, explica a investigadora.<br /><br />
36,1% dos rapazes e 34,6% das raparigas declararam sentir fadiga
extrema. Outras crianças relataram ter dores de costas, febre e feridas
superficiais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a name='more'></a><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: 0px; margin-right: 0px; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF39VzeSk8kxHOvCXNdLW-a9qZ2kQD30c9vgYvFX4HivbkOwLnRm495CIeXjWxjJw7B8RShmbP-eiWwWAuKvSfcUSZqdBkpomta7W6qrQb3AELGXeraxNwLScheOBTLuuiGE_KPuzSfMop/s1600/1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="387" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF39VzeSk8kxHOvCXNdLW-a9qZ2kQD30c9vgYvFX4HivbkOwLnRm495CIeXjWxjJw7B8RShmbP-eiWwWAuKvSfcUSZqdBkpomta7W6qrQb3AELGXeraxNwLScheOBTLuuiGE_KPuzSfMop/s640/1.jpg" width="640" /></a></span></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: grey; font-size: x-small;">Ridoy tem 7 anos e trabalha numa fábrica, em Dhaka, que produz utensílios de metal </span></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span>Amina (nome falso para proteger a sua identidade) tem 14 anos e só
concluiu o 4º ano da escola primária. Quando o seu pai ficou doente, há
três anos, Amina começou a trabalhar para ajudar a pagar as contas
médicas. Hoje em dia, trabalha 12 horas por dia (com duas curtas pausas)
nos serviços domésticos. “Perdi muito por não ir à escola. Mas a minha família é pobre e o meu pai está doente”, disse. <b>Pelo seu trabalho, Amina recebe 30€ por mês</b>.<br /><br />
Embora a idade mínima de admissão para prestar trabalho no Bangladesh
seja de 14 anos, as crianças com 12 ou 13 anos podem realizar “trabalhos
leves” limitados a 42 horas por semana. Este tipo de trabalho não está
claramente definido, mas exclui o trabalho nos caminhos de ferro, em
portos ou fábricas e os turnos noturnos. No entanto, estas leis são, em
grande parte, ignoradas e o governo carece de inspetores de trabalho ou
de outras autoridades necessárias para as fazer cumprir.<br /><br />
À semelhança de outros estudos, o relatório do ODI sugere que haverá
milhões de crianças com menos de 14 anos a trabalhar no país asiático. O
Bangladesh, com os seus 150 milhões de habitantes, tem feito progresso,
nas últimas décadas para reduzir a sua taxa de pobreza, que passou de
50% da população para um terço, mas, mesmo assim, milhões dos seus
cidadãos continuam a viver em favelas.<br /><br />
Só a escola primária é gratuita e obrigatória no país e muitas famílias
carenciadas afirmaram ter colocado os seus filhos no mercado do trabalho
e não na escola devido ao valor das propinas escolares. Os
investigadores descobriram que a maioria das crianças “trabalhadoras”
tinha dificuldade em ler uma frase simples como “a menina está a brincar” em bengali. Houve muitas que não a conseguiram ler de todo.<br /></span>
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">“O trabalho infantil representa um sintoma da pobreza e uma causa da
privação educacional. Transmite a pobreza pelas gerações, aprisiona as
crianças num ciclo de pobreza e compromete o crescimento económico
nacional. O que o nosso estudo descobriu em Dhaka é um microcosmo de um
problema global que deveria estar no centro da agenda internacional”, disse Kevin Watkins, coautor do estudo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">As
crianças que trocam a educação pelo trabalho mal remunerado
dificilmente reunirão as qualificações e habilidades necessárias para <b>quebrar o ciclo da pobreza</b> entre as gerações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Este artigo foi retirado do site The Uniplanet.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se gostaste deste artigo visita o Uniplanet <a href="http://www.theuniplanet.com/" target="_blank">neste link</a> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEJOTPyn57k_Ku87sbBpi5Mp0Q5UwKhgaEqjDnNQrkprpuaWbRcN0r61yeh93uYQ1Dm6Lb9hZ15MO_MYbYNdijxPojNSqpEWexAFtCTV54_AD6cmn_ARi-_53wkouHuB0Ru-JFII9AyYSZ/s1600/3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEJOTPyn57k_Ku87sbBpi5Mp0Q5UwKhgaEqjDnNQrkprpuaWbRcN0r61yeh93uYQ1Dm6Lb9hZ15MO_MYbYNdijxPojNSqpEWexAFtCTV54_AD6cmn_ARi-_53wkouHuB0Ru-JFII9AyYSZ/s640/3.png" width="640" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigaoaImWbOTAb_YaLM8wu48uTLkZvu-V-L-dUdA_76TQCexLcKj7Z6uJrnl6a42n002dRHSR0EG3Y_6lqAjldKNk61tmBdOq0U4vFyjKKrECYhzhIgRCF6id_LrPBqHWFJFyT3r8X2BeAv/s1600/4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigaoaImWbOTAb_YaLM8wu48uTLkZvu-V-L-dUdA_76TQCexLcKj7Z6uJrnl6a42n002dRHSR0EG3Y_6lqAjldKNk61tmBdOq0U4vFyjKKrECYhzhIgRCF6id_LrPBqHWFJFyT3r8X2BeAv/s640/4.png" width="640" /></a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="font-size: small;"><br /></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-53152642577127804512017-01-23T16:23:00.001+00:002017-01-23T16:23:32.208+00:00UNICEF: 6 milhões de crianças morrem por ano de causas evitáveis<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Segundo dados da UNICEF, seis milhões de crianças continuam a morrer
no mundo todos os anos devido a causas que são evitáveis. Apesar dos
progressos alcançados nas últimas décadas — há 15 anos havia quase o
dobro das crianças hoje nesta situação — a UNICEF recorda que as
crianças dos agregados familiares mais pobres têm duas vezes mais
probabilidades de morrer antes dos cinco anos do que as crianças dos
meios mais ricos. E a verdade é que doenças infecciosas, diarreia,
desidratação mortal e subnutrição crónica, causas de morte da maior
parte destas crianças, seriam tratáveis a custos relativamente baixos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span id="more-4465"></span></span></span>
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBQTXjgOQolz1TQ5MDlerJaDisB1PtgzlAcXd6ICZn10vNNSaLwnkR7uWPc6xc8QyrDfYbbvCz2ga7RfjLeESFvyWUuuNcLDEyLO1DZcEOpMJKskywtOPRnFdog_dN5VabNia0fL8wHq3l/s1600/bbbbbbbbb.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBQTXjgOQolz1TQ5MDlerJaDisB1PtgzlAcXd6ICZn10vNNSaLwnkR7uWPc6xc8QyrDfYbbvCz2ga7RfjLeESFvyWUuuNcLDEyLO1DZcEOpMJKskywtOPRnFdog_dN5VabNia0fL8wHq3l/s400/bbbbbbbbb.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mas, analisando a questão mais globalmente, e se evitada a morte
destes seis milhões de crianças anualmente, a verdade é que também seria
necessário alimentar, educar e empregar mais uns quantos milhões de
seres humanos todos os anos poupados a este genocídio. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ora, o sistema
capitalista, que domina à escala mundial e cujo objectivo central é a
obtenção do lucro máximo e a acumulação de capital, é um sistema que
constrói grandes hotéis de luxo, carros e iates de milhões, sofisticado
armamento, além de possibilitar o voo em poderosas naves espaciais. Mas,
ao mesmo tempo, é também um sistema que não se mostra capaz de
resolver pequenos problemas de saúde e de vida de milhões de crianças,
assim como de muitas outras centenas de milhões de seres humanos. Assim,
seria de esperar que um tal sistema fosse capaz de resolver os grandes
problemas da Humanidade?</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Mais, a UNICEF afirma que são quase 385 milhões as crianças a viver
em situação de pobreza extrema e mais de 250 milhões de crianças em
idade escolar não estão a frequentar a escola ou a aprender. E
acrescenta: “Os direitos das crianças encurraladas em zonas sob cerco —
nomeadamente na Síria, no Iraque, no norte da Nigéria — estão ainda mais
ameaçados, pois as suas escolas, hospitais e casas têm sido alvo de
ataques. A directora executiva da UNICEF Portugal sublinha que os
conflitos, as crises e a pobreza extrema estão “a colocar a vida e o
futuro de milhões de crianças em risco”. O que o relatório não diz (ou
até sugere soluções enviesadas) é que as guerras que refere responsáveis
por algumas destas situações, geralmente foram promovidas e alimentadas
pelos países imperialistas, tal como EUA, França, Reino Unido e
Alemanha.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"></span></span></div>
<a name='more'></a><span style="font-size: small;"> </span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Em Portugal, a UNICEF reconhece os progressos alcançados desde a
década de 1990, com especial destaque para a redução da mortalidade
infantil. E acrescenta: “outros problemas agravaram-se ou persistem nos
últimos anos, como a pobreza infantil, que afecta perto de um quarto das
crianças em Portugal”. Refere ainda a UNICEF Portugal que estes são
problemas altamente preocupantes e que exigem políticas e medidas
concretas — sabendo-se que “a pobreza e as privações na infância, na
esmagadora maioria dos casos, condicionam não apenas o presente das
crianças mas também o seu futuro e o futuro da sociedade”. Certamente
que, também neste campo, nos tempos da troika e do seu governo PSD/CDS, o
agravamento verificado nas desigualdades, e apesar do relatório da
UNICEF não o dizer, também se deve ter traduzido numa influência
negativa no evoluir da situação portuguesa. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Sendo meritória a denúncia e altamente preocupantes os dados
revelados pela UNICEF Portugal, assim como fortemente condenáveis os
responsáveis por esta intolerável situação, <b>o relatório da UNICEF
limita-se a referir particularmente as consequências do actual sistema
mundial, mas nada aprofunda</b> (não pode, dada a estrutura e a dependência
destas organizações, assim como a natureza de classe dos seus
dirigentes) <b>sobre as causas fundamentais do descrito: a ordem mundial do
sistema capitalista e o imperialismo são efectivamente os grandes
responsáveis pelo que acontece neste campo, dadas a opressão e a
exploração que exercem sobre os trabalhadores e os povos.</b></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">por Pedro Goulart no Jornal Mudar de vida</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Se gostaste deste artigo visita o excelente site Jornal Mudar de Vida <a href="http://www.jornalmudardevida.net/" target="_blank">neste link</a> </span></span> </div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8196261024020235567.post-64593029618225656502017-01-23T16:05:00.000+00:002017-01-23T16:05:05.482+00:00Apenas 8 homens possuem a mesma riqueza que metade do mundo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;"><b><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">“É obsceno
que tanta riqueza esteja a ser mantida nas mãos de tão poucos, quando 1
em cada 10 pessoas sobrevive com menos de US$ 2 por dia. A desigualdade
está a enclausurar centenas de milhões na pobreza; está a fracturar as
nossas sociedades e a minar a democracia.”</span></span></b> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">O relatório da <strong><span style="color: maroon;"><a href="https://www.oxfam.org/" style="color: maroon;" target="_blank">Oxfam</a></span></strong>, “</span><a href="https://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/file_attachments/bp-economy-for-99-percent-160117-en.pdf" target="_blank">Uma economia para os 99%</a><span style="color: black;">“,
mostra-nos que a diferença entre os ricos e pobres é muito maior do que
era pensado. Nele, espelha-se como os grandes negócios e os super-ricos
alimentam a crise da desigualdade com a:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Fuga aos impostos</span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Redução de </span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Uso dos seus poderes para influenciarem a política. </span></span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAQ4IckEet2Op9p8agI4WzxlQ_fa6XZbEBVA8yrQuiiKPetMEdsmocl2unK9apDKCZrM0CSqRh_F6UHQqJ2krqlx1XbC1-g_7mt7AiUnmAjTd6Q_-3CliNbmZwzL8Szf375J22pPSFIOKJ/s1600/aaaaaaaaaaa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAQ4IckEet2Op9p8agI4WzxlQ_fa6XZbEBVA8yrQuiiKPetMEdsmocl2unK9apDKCZrM0CSqRh_F6UHQqJ2krqlx1XbC1-g_7mt7AiUnmAjTd6Q_-3CliNbmZwzL8Szf375J22pPSFIOKJ/s400/aaaaaaaaaaa.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Ele exige uma mudança fundamental na
maneira como gerenciamos nossas economias para que elas funcionem para
todas as pessoas, e não apenas para alguns afortunados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Os novos e
melhores dados sobre a distribuição da riqueza global, em especial na
Índia e na China, indicam que a metade mais pobre do mundo tem menos
riqueza do que se pensava anteriormente. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Se estes novos dados tivessem
sido disponibilizados no ano passado, mostrariam que 9 bilionários
possuíam a mesma riqueza que a metade mais pobre do planeta, e não 62,
como a Oxfam calculou na época.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Winnie Byanyima, Directora Executiva da Oxfam International, disse:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;"></span><span style="color: black;">“É obsceno
que tanta riqueza esteja a ser mantida nas mãos de tão poucos, quando 1
em cada 10 pessoas sobrevive com menos de US$ 2 por dia. A desigualdade
está a enclausurar centenas de milhões na pobreza; está a fracturar as
nossas sociedades e a minar a democracia.”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">“Por todo o
mundo, as pessoas estão a ser deixadas para trás. Seus salários estão
estagnados e os patrões das cooperações levam para casa milhões de
dólares em bónus; os seus serviços de saúde e de educação são cortados
enquanto as corporações e os super-ricos fogem aos impostos; as suas
vozes são ignoradas enquanto os governos cantam a melodia dos grandes
negócios e da elite rica.”</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;"></span></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div style="text-align: justify;">
<blockquote>
</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">O relatório da Oxfam mostra como as
nossas economias quebradas estão a canalizar a riqueza para uma elite já
muito rica à custa dos mais pobres da sociedade, com as mulheres a
serem a maioria. Os mais ricos estão a acumular riqueza a uma taxa tão
surpreendente, que apenas em 25 anos, o mundo poderá ver o seu primeiro
trilionário. Para colocar esta figura em perspectiva, o cidadão comum
precisaria de gastar US $ 1 milhão, todos os dias, ao longo de 2738 anos
para gastar US $ 1 trilião.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">A raiva pública com a desigualdade já
está a criar choques políticos em todo o mundo. A desigualdade é citada
como um factor significativo na eleição de Donald Trump nos EUA, na
eleição do presidente Duterte nas Filipinas e no Brexit no Reino Unido.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Sete em cada
10 pessoas vive num país, onde nos últimos 30 anos assistem ao aumento
da desigualdade. Entre 1988 e 2011, os rendimentos dos 10% mais pobres
aumentaram apenas 65 dólares por pessoa, enquanto os rendimentos dos 1%
mais ricos foram aumentados em 11 800 dólares por pessoa – 182 vezes
mais.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">As mulheres,
muitas vezes empregadas em sectores de baixos salários, enfrentam
níveis elevados de discriminação no local de trabalho, assumem uma
quantidade desproporcionada de trabalho não remunerados, e muitas vezes
encontram-se no fundo da pilha. Com base nas tendências actuais, levará
170 anos para que as mulheres sejam pagas da mesma forma que os homens.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">“Uma
economia para os 99%” também revela como os grandes negócios e os
super-ricos alimentam a crise da desigualdade. Mostra-nos como as
grandes corporações, para maximizarem os retornos dos seus accionistas
ricos, se esquivam aos impostos, reduzem os salários aos trabalhadores e
os pagamentos aos produtores e investem menos nos seus negócios.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">A Oxfam
entrevistou mulheres que trabalham 12h por dia, 6 dias por semana, numa
fábrica de vestuário no Vietname a produzirem roupas para algumas das
maiores marcas de moda do mundo, e que ainda lutam para ganhar a $ 1 por
hora.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Os d<span class="st">irectores executivos </span>dessas
empresas são algumas das pessoas mais bem pagas do mundo. A poupança
fiscal corporativa custa aos países pobres, menos US $ 100 bilhões por
ano. Esse dinheiro é suficiente para proporcionar uma educação a 124
milhões de crianças que não estão na escola e intervenções de saúde que
poderiam evitar a morte a cerca de seis milhões de crianças por ano.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">O relatório
descreve como os super-ricos usam uma rede de paraísos fiscais para
evitarem pagar as parcelas justas de impostos e um exército de gerentes
de riqueza que garantem os retornos dos seus investimentos, não
disponíveis aos poupadores comuns. Contrariamente à crença popular,
muitos dos super-ricos não são “self-made”. A análise da Oxfam mostra
que mais de metade dos bilionários do mundo herdaram a sua riqueza ou a
acumularam através de indústrias que são propensas à corrupção e ao
fisiologismo. Também demonstra como o grande negócio e os super-ricos
usam o dinheiro e ligações para garantir que a política do governo os
beneficie. Por exemplo, bilionários no Brasil têm procurado influenciar
as eleições e pressionam com sucesso por uma redução nas contas fiscais,
enquanto empresas petrolíferas na Nigéria conseguiram obter benefícios
fiscais generosos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;"><span style="color: black;">“Os milhões de pessoas que as nossas
economias quebradas deixaram para trás precisam de soluções, não de
bodes expiatórios. É por isso que a Oxfam está a definir uma nova
abordagem de senso comum para gerir as nossas economias, de forma a
trabalharem para a maioria e não apenas para os poucos afortunados. Os
governos não estão desamparados diante da mudança tecnológica e das
forças do mercado. Se os políticos pararem com a obsessão do PIB e se
concentrarem em dar a todos os seus cidadãos e não apenas a alguns
ricos, é possível um futuro melhor para todos”, disse Byanyima</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">O projecto da Oxfam para uma economia mais humana inclui:</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Que os
governos acabem com a concentração extrema da riqueza, de forma a acabar
com a pobreza. Os governos devem aumentar os impostos sobre a riqueza e
rendimentos elevados, para garantir condições mais equitativas e gerar
os fundos necessários para o investimento nos cuidados de saúde,
educação e criação de emprego.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Que os
governos cooperem, em vez de apenas competirem. Os governos devem
trabalhar em conjunto para garantir que os trabalhadores recebem um
salário decente, e para porem um fim à evasão fiscal e à corrida aos
impostos corporativos baixos.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Que os
governos apoiem as empresas que beneficiam os seus trabalhadores e a
sociedade em vez de apoiarem apenas os seus accionistas. A empresa
multimilionária Mondragon é detida por 74 mil funcionários. Todos os
empregados recebem um salário digno porque a sua estrutura de pagamento
garante que o membro mais bem pago não ganha mais do que 9 vezes o valor
do mais baixo.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Que os
governos garantam que as economias trabalham para as mulheres. Devem
ajudar a desmantelar os obstáculos ao progresso económico das mulheres,
tais como o acesso à educação.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">A Oxfam pede <a href="https://www.oxfam.org/en/even-it/5-shocking-facts-about-extreme-global-inequality-and-how-even-it-davos" target="_blank">também aos líderes empresariais que desempenhem os seus papéis na construção de uma economia humana</a>.
O Fórum Económico Mundial tem liderança responsiva e responsável como o
seu tema-chave deste ano. Eles podem dar o pontapé de saída ao
comprometerem-se a pagar a sua parte justa de impostos e a garantirem
que os seus negócios pagam salários dignos. As pessoas ao redor do mundo
também podem participar da campanha em <a href="http://www.evenitup.org/" target="_blank">www.evenitup.org</a>.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Os 8 mais ricos do mundo, ordenado pela sua riqueza:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<ol style="text-align: justify;">
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Bill Gates: Fundador americano da Microsoft (<span class="short_text" id="result_box" lang="pt"><span class="">património líquido no valor de </span></span>$75 b<span class="short_text" id="result_box" lang="pt"><span class="alt-edited">ilhões</span></span>)</span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Amancio Ortega: <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">Fundador espanhol da Inditex e que possui a cadeia de moda Zara (património líquido no valor de US $ 67 bilhões)</span></span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Warren Buffett: <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">CEO americano e o maior acionista da Berkshire Hathaway (património líquido no valor de US $ 60,8 milhões).</span></span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Carlos Slim Helu: <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">Proprietário mexicano do Grupo Carso (património líquido no valor de US $ 50 bilhões)</span></span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Jeff Bezos: <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">Fundador, presidente e executivo-chefe da Amazon (património líquido no valor de US $ 45,2 bilhões</span></span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Mark Zuckerberg:<span class="" id="result_box" lang="pt">Presidente, director executivo e co-fundador do Facebook (património líquido no valor de US $ 44,6 bilhões)</span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Larry Ellison: <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">co-fundador americano e CEO da Oracle (património líquido no valor de US $ 43,6 bilhões)</span></span></span></span></li>
<li><span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;">Michael Bloomberg: Fundador americano, dono e director executivo da Bloomberg LP (<span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">património líquido no valor de US </span></span> $40 <span class="" id="result_box" lang="pt"><span class="">bilhões</span></span>)</span></span></li>
</ol>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://www.oxfam.org/en/pressroom/pressreleases/2017-01-16/just-8-men-own-same-wealth-half-world#" target="_blank">Fonte</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">
</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><a href="https://www.oxfam.org/en/action/governments-must-tackle-inequality-now" target="_blank">Tome uma atitude e ajude na campanha</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Este artigo foi retirado do excelente blogue <b>Arte da Omissão</b>. Se gostaste deste artigo visita o blogue <a href="http://artedeomissao.wordpress.com/" target="_blank">neste link.</a></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Nota RiseUp : Nesta lista dos mais ricos ainda faltava parasitas como os Rokefellers, os Rothschilds, George Soros e companhia, que nunca aparecem nestas nestas coisas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;"><span style="color: black;"><span style="color: black;"> </span> </span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com