Mesmo o significado
de corrupção que é dado na legislação nacional não tem nada a
ver com o que é realmente o seu significado; o significado mais
correto e mais simples que foi dado pelo parlamento Inglês aqui há
já uns anos é o seguinte, “Corrupção é a utilização de um
poder delegado, para proveito próprio, de familiares, amigos e ou
grupos de interesse”.
Mas podemos ir mais longe, e verificar o significado que é dado ao termo corrupção, por exemplo por estudiosos russos, “Para que haja corrupção é necessário que haja um vendedor e um comprador, o primeiro é regra geral um político investido de poder, o segundo é um Bandocrata (termo russo para definir corruptor) que normalmente usa o seu dinheiro e a sua influência para comprar o poder”, sendo que a ONU considera que “O dinheiro na política subverte toda a lógica de poder”.
Mas podemos ir mais longe, e verificar o significado que é dado ao termo corrupção, por exemplo por estudiosos russos, “Para que haja corrupção é necessário que haja um vendedor e um comprador, o primeiro é regra geral um político investido de poder, o segundo é um Bandocrata (termo russo para definir corruptor) que normalmente usa o seu dinheiro e a sua influência para comprar o poder”, sendo que a ONU considera que “O dinheiro na política subverte toda a lógica de poder”.
Ora bem
questionam-se vocês o que tem a ver, ou qual a ligação entre a
Corrupção e o Desemprego, ou na melhor das hipóteses questionam-se
ou afirmarão mesmo que uma coisa não tem a ver com a outra. Pois
bem estão interligadas, sobretudo em Portugal, cuja corrupção
existente é sistémica, ou seja, o sistema é comprado mesmo antes
de entrar em vigor, principalmente pelas grandes sociedades de
advogados do costume. Em todo o caso vou aqui expor o porquê de a
Corrupção e o Desemprego estarem interligados, e até mesmo a
pobreza está interligada à corrupção, mas deixemos esta para
outra altura, vamos focar-nos no título deste artigo, e vou
relatar-vos o que se passa, neste sentido.
Como poderão
saber ou como poderão já ter observado, as Câmaras Municipais
tornaram-se hoje nas maiores agências de Emprego, os presidentes de
Câmara foram carregando boys por assim dizer, para as câmaras, para
as fundações, para as empresas, etc, o que quer dizer que para se
ter emprego hoje em Portugal, ou se cai nas redes clientelares dos
presidentes de câmara, ou se pertence a uma qualquer força
partidária.
Mas se isto é
grave nos grandes e médios concelhos, nos pequenos concelhos é
verdadeiramente dramático. Porque nos pequenos concelhos por norma o
maior empregador é a Câmara Municipal, o segundo maior empregador é
uma misericórdia ou uma IPSS local que depende em absoluto da
câmara, e o terceiro maior empregador é uma média empresa que não
dependendo diretamente da Câmara, depende em absoluto dos favores da Câmara, o que quer dizer que nestes pequenos concelhos por norma só
tem emprego ou progride na carreira quem de alguma forma pertence a
uma qualquer estrutura partidária ou então caia na rede clientelar
mais uma vez do presidente de câmara. Isto depois tem quatro
consequências terríveis, a saber:
- Muitas vezes
abrem-se lugares que não são necessários;
- Mas quando são
necessários são atribuídos a incompetentes o que cria uma
injustiça na atribuição do lugar e com os custos que todos nós
conhecemos;
- Mas quando se
coloca um incompetente num lugar durante muito tempo a tomar más
decisões, o que tem enormes custos que depois todos nós pagamos;
- Por fim as
pessoas criam a ideia real, de que para obterem emprego e progredirem
na carreira, não é necessário ter competências, capacidades ou
estudos, basta que pertençam a uma qualquer estrutura partidária,
ou caírem na rede clientelar do presidente de câmara para obterem
emprego e progredirem na carreira.
Conclusão que se
retira disto é muito simples este tipo de prática, tem subvertido
toda a lógica de recursos humanos do próprio país, o que por si só
é gravíssimo, e leva à situação que nós bem conhecemos, pois os
muitos que se opõem a este tipo de prática comum e que muitos
chamam vulgarmente de senso comum, não há aqui qualquer tipo de
senso comum, pois, esta é a tal cultura do favor e da cunha que já
deveria ter sido eliminada, para que o lugares de emprego possam ser
atribuídos, sim pela competência, pela capacidade e pelos estudo,
de forma a haver justiça, na hora de atribuir o lugar.
Volto em breve.
Nelson Arraiolos para o RiseUp Portugal