A confusão partiu de uma conferência, esta quarta-feira, em Berlim, onde
participava o ministro alemão das Finanças. Segundo a agência de
informação financeira Bloomberg, Wolfgang Schäuble disse que
Portugal estaria no processo de pedir “um segundo programa” de resgate
e, segundo o governante, estaria a "consegui-lo".
Minutos mais tarde, o ministro alemão corrigiu as declarações e
esclareceu, em resposta aos jornalistas, que “os portugueses não vão
precisar de um segundo resgate se cumprirem as regras europeias”.
Pressão política. É desta a forma que
analistas e economistas veem as declarações do ministro das Finanças
alemão sobre Portugal poder arriscar um segundo resgate. Wolfgang
Schäuble suavizou depois o discurso, mas os juros da dívida pública
portuguesa acabaram por subir em todos os prazos.
Como disse o economista Carlos Paz: "Gostaria de conhecer os movimentos (compras, vendas e futuros), dessa meia hora, feitos sobre a Dívida Pública portuguesa (e/ou respectivos seguros e produtos de garantia), pelas duas sociedades de investimento controladas por Wolfgang (Schauble)".
"Elas tiveram como imediata consequência a subida das taxas de juro da
dívida portuguesa, além de serem, evidentemente, um ataque inaceitável,
de natureza especulativa e totalmente falsa, feito por uma país membro
da União Europeia contra outro país com o mesmo estatuto.
O ministro alemão deveria ser levado a juízo pelo Estado Português,
sendo judicialmente responsabilizado pelas declarações falsas que
produziu intencionalmente e com dolo evidente. Isto não é uma choldra nem uma estância balnear onde os alemães podem
vir apanhar o sol que Deus lhes tirou por castigo. Isto é uma Nação com
quase mil anos que não pode estar sujeita à sabotagem deste mesquinho
franco-atirador sentado." - por Bruno Santos no blogue Aventar.
fontes : Dinheiro Vivo, Diário de Noticias, RTP, Aventar