A
Monsanto é a maior produtora de herbicidas do mundo, e está entre as cem
empresas mais lucrativas dos EUA.
Apenas nos últimos dois anos, investiu US$ 6,7 bilhões na aquisição de outras companhias norte-americanas de sementes e biotecnologia, tornando-se a maior empresa do ramo.
Apenas nos últimos dois anos, investiu US$ 6,7 bilhões na aquisição de outras companhias norte-americanas de sementes e biotecnologia, tornando-se a maior empresa do ramo.
A Monsanto Chemical Company foi fundada
em 1901, em Saint Louis, Missouri, Estados Unidos. Nos anos 20, converteu-se num dos maiores fabricantes de ácido sulfúrico e de outros
produtos básicos da indústria química. Desde a década de 40 até hoje
sempre se manteve entre as dez maiores indústrias químicas dos Estados
Unidos.
Em 1929 a Swan Chemical Company,
adquirida pouco depois pela Monsanto, desenvolveu os bifenilos
policlorados (PCBs) que foram elogiados por sua extraordinária
estabilidade química e ininflamabilidade. Os PCBs, ou escarel, foram
largamente utilizados como refrigerantes de equipamentos elétricos.
Nos
anos 60, os numerosos compostos da família dos PCBS da Monsanto foram
usados como lubrificantes de ferramentas, revestimentos impermeáveis,
refrigeradores de transformadores. Nos anos 30 já se tinha alguns
indícios dos perigos dos PCBs. Nos anos 60 e 70 os cientistas
apresentaram dados conclusivos: os PCBs e outros compostos
organoclorados provocavam câncer e estavam relacionados com um conjunto
de transtornos reprodutivos e imunológicos. O centro mundial de produção
de PCBs era a fábrica da Monsanto em East Saint Louis.
O lugar hoje é
um subúrbio de empobrecimento crónico.
A cidade tem a taxa mais elevada de morte fetal e de nascimentos prematuros do estado. O Ascarel é hoje proibido no mundo, mas ninguém sabe o que fazer com as milhões de toneladas do produto estocadas por todo planeta. Há cerca de cinco anos a imprensa noticiou que moradores de favelas do Rio de Janeiro usavam ascarel de um depósito e usavam-no como óleo de cozinha!
A cidade tem a taxa mais elevada de morte fetal e de nascimentos prematuros do estado. O Ascarel é hoje proibido no mundo, mas ninguém sabe o que fazer com as milhões de toneladas do produto estocadas por todo planeta. Há cerca de cinco anos a imprensa noticiou que moradores de favelas do Rio de Janeiro usavam ascarel de um depósito e usavam-no como óleo de cozinha!
O herbicida conhecido como agente
laranja foi usado pelos militares norte-americanos para
desfolhar as árvores da selva tropical do Vietname durante a guerra nos
anos 60.
É uma mistura de dois tóxicos poderosos, o 2,4,5-T (ácido Triclorofenoxiacético) e 2,4-D (ácido Diclorofenoxiacético). Ele era fornecido por várias empresas, mas o da Monsanto era o mais poderoso por conter níveis maiores de dioxinas . As dioxinas, como já se comprovou, são cancerígenas e teratogénicas (gera fetos mal formados).
Por conta desta eficiência, a Monsanto foi a principal acusada na demanda interposta pelos veteranos de guerra que, depois do conflito, apresentaram uma série de doenças atribuídas a exposição ao agente laranja.
É uma mistura de dois tóxicos poderosos, o 2,4,5-T (ácido Triclorofenoxiacético) e 2,4-D (ácido Diclorofenoxiacético). Ele era fornecido por várias empresas, mas o da Monsanto era o mais poderoso por conter níveis maiores de dioxinas . As dioxinas, como já se comprovou, são cancerígenas e teratogénicas (gera fetos mal formados).
Por conta desta eficiência, a Monsanto foi a principal acusada na demanda interposta pelos veteranos de guerra que, depois do conflito, apresentaram uma série de doenças atribuídas a exposição ao agente laranja.
É preciso observar que os militares
prestaram serviço máximo de um ano no Vietnam. Mas e os nativos da
região? Estimativas dão conta da existência de mais de 500 mil crianças
nascidas no Vietnam desde os anos 60 com deformidades relacionadas às
dioxinas contidas no agente laranja. Uma acção judicial, motivada pela
denuncia de trabalhadores ferroviários expostos a dioxinas em
consequência de um descarrilamento, revelou a existência de dados
manipulados. Um funcionário da Agencia de Proteção Ambiental Americana
(EPA) concluiu que os estudos foram manipulados para apoiar a posição da
Monsanto, que defendia que os efeitos das dioxinas limitavam-se à
cloroacne (uma enfermidade da pele). A Monsanto teve que pagar US$ 16
milhões revelou-se que muito dos produtos da empresa, desde herbicidas
caseiros estavam contaminados por dioxinas.
Em 1990, um memorando da Dra. Cate
Jenkins, da EPA, dizia: “a Monsanto remeteu informações falsas à EPA". A
empresa adulterou amostras do herbicida que remeteram ao Departamento do
Ministério da Agricultura dos EUA para registrar o 2,4-D e vários
clorofenóis; ocultou provas sobre a contaminação do Lysol, além de
excluir estudos
comparados de saúde de centenas de antigos empregados seus.
O grande negócio da Monsanto são os
venenos. Os herbicidas (eliminadores de ervas daninhas), a base de
Glyphosate, caso do Roundup, representam mais de um sexto do total das
vendas da empresa. A empresa facturou US$ 1,2 bilhão com a venda do
Roundup.
A Monsanto fazia uma propaganda do
Roundup onde o publicitava como “biodegradável” e “inócuo para o meio
ambiente”. O Governo dos EUA obrigou a empresa a tirar estas expressões
da propaganda e a pagar uma multa de US$ 50 mil.
Em 1997, a empresa teve também que pagar
US$ 50 mil por um processo que a acusava de propaganda enganosa no
tocante á biodegradação do produto. Em março do ano passado (1998) a
Monsanto teve que pagar uma outra multa de US$ 225 mil porque colocou na
etiqueta uma restrição de entrada de trabalhadores na área tratada em
somente quatro horas, quando o certo seriam 12.
Além das já citadas, em 1986 a Monsanto
pagou US$ 108 milhões por responsabilidade na morte de um trabalhador
por leucemia. Em 1990, pagou US$ 648 milhões por não comunicar a EPA
dados sanitários que lhe foram requeridos. Em 1991, pagou US$ 1 milhão
por ter vertido 750 mil litros de água residual ácida no meio ambiente.
Mais US$ 39 milhões em Houston (Texas) por depositar produtos perigosos
sem isolamento.
Conforme a EPA, a Monsanto é a quinta
maior empresa poluidora de águas dos Estados Unidos. Ela já lançou na
terra, água, ar e subsolo, 166,8 milhões de toneladas de produtos
químicos.
A subsidiária da Monsanto, GD Searle,
produz o adoçante artificial Aspartame, vendido sob o nome comercial de
“Nutrasweet” e “Equal”. Pois bem, em 1981, quatro anos antes da Monsanto
comprar a Searle, a FDA (Agencia que controla os alimentos e fármacos
dos EUA) confirmou que “o Aspartame poderia induzir a tumores
cerebrais”. A FDA cancelou a licença de venda do Aspartame, mas um grupo
nomeado pelo presidente Ronald Reagan anulou tal decisão. Um estudo
mais recente, publicado no Journal of Neuropathology and experimental
neurology, de 1996, voltou a citar a relação entre o aumento no número
de cancros cerebrais devido ao uso da substância.
A Searle/Monsanto também é fabricante do
anti-úlcera Cytotec, que é popularmente (e perigosamente) utilizado
como abortivo pela população.
O primeiro produto geneticamente
modificado que se comercializou no mundo é da Monsanto. O hormonio
recombinante do crescimento, rBGH, ou, segundo seu nome em inglês,
Bovine Somatropine, BST, pode ser encontrado no mercado com o nome de Polisac. Ele foi idealizado para que as vacas
produzam mais leite do que produziriam naturalmente. Espera-se que nas
vacas que se injeta diariamente o BST haja um acréscimo de 10 a 20 por
cento na produção. Mas são tantos os perigos reais associados ao seu uso
que hoje ele é proibido no Canadá, União Europeia e outros países.
A
etiqueta exigida pela FDA no rótulo do produto associa o seu uso a 21
enfermidades das vacas, aí incluindo quistos nos ovários, desordens
uterinas, redução do tempo de gestação, incremento da taxa de gemeos,
retenção da placenta … O risco mais sério é o de mastite, ou inflamação do
úbere. Uma vaca com mastite produz leite com pus que vai no leite. A partir de aí, o uso de antibióticos que trazem problemas para
os animais e enormes perigos sobre os seres humanos.
Quando se injeta o BST na vaca, a sua
presença no sangue estimula a produção de outro hormonio, o Fator de
Crescimento 1 (IGF1), uma variedade de insulina. Trata-se de um hormonio
protaico que tanto vacas como seres humanos produzem naturalmente. Já
se comprovou: o hormonio da Monsanto incrementa os níveis de IGF1 no
leite das vacas.
Dado que o IGF1 é activo nos humanos, causando divisão das células, alguns cientistas supõem que a ingestão de leite tratado com altos níveis de BST, poderia dar passagem a uma divisão e crescimento incontrolado de células humanas. Em outras palavras: cancro.
Dado que o IGF1 é activo nos humanos, causando divisão das células, alguns cientistas supõem que a ingestão de leite tratado com altos níveis de BST, poderia dar passagem a uma divisão e crescimento incontrolado de células humanas. Em outras palavras: cancro.
Em 1993, a própria Monsanto admitiu que o
nível de IGF1 no leite é incrementado cerca de cinco vezes quando se
usa o BST. Em 1995 um estudo descobriu que o IGF1 promovia o
crescimento de tumores cancerígenos em animais de laboratório. Em 1996
estudo da Universidade de Illinois, Chicago, mostrou que as
concentrações de IGF1 que há no leite das vacas tratadas com o BST podem
provocar cancro de mama e colo entre as mulheres que bebem este leite.
No início da década de 90 tais
informações sobre os efeitos do hormonio da Monsanto eram conhecidas. E
por isso os consumidores americanos provocaram uma espécie de boicote a
este leite. Alguns produtores pecuarios responderam com uma produção de leite sem
o uso do hormonio. E etiquetaram seus produtos com o alerta: leite sem
BST.
Em 1994, de uma forma absolutamente fascista, a FDA, aliada a Monsanto, advertiu-os de que não poderiam fazer tal alerta nos seus produtos. A FDA argumentava que “virtualmente não existe diferença entre o leite BST e o normal”. Até mesmo sorveterias que queriam excluir o leite tratado com BST foram advertidas pela FDA. O sector leiteiro norte-americano denunciou que a Monsanto minimizou, ocultou ou intentou ocultar os efeitos adversos do hormonio BST.
Em 1994, de uma forma absolutamente fascista, a FDA, aliada a Monsanto, advertiu-os de que não poderiam fazer tal alerta nos seus produtos. A FDA argumentava que “virtualmente não existe diferença entre o leite BST e o normal”. Até mesmo sorveterias que queriam excluir o leite tratado com BST foram advertidas pela FDA. O sector leiteiro norte-americano denunciou que a Monsanto minimizou, ocultou ou intentou ocultar os efeitos adversos do hormonio BST.
A Monsanto lançou há poucos anos um
algodão transgénico que é imune ao seu herbicida Roundup, o algodão RR. O
produto foi um fracasso. As plantas não cresciam normalmente e os
capulhos caiam antes do tempo. Alguns produtores tiveram perdas totais
da colheita. Em 1997 os agricultores dos EUA apresentaram queixas ao
governo. Em 1998, o Conselho de Arbitragens de Sementes do Mississipi
determinou que o algodão transgénico da Monsanto “não havia se
comportado como estava descrito na etiqueta das embalagens de sementes”.
Apesar do fracasso a Monsanto continua a vender o seu algodão mutante.
As plantações de colza resistentes ao
herbicida Roundup representam a quinta parte dos cultivos no Canadá. Na
primavera de 1997, duas variedades de colza RR tiveram que ser retiradas
do mercado após um ensaio de qualidade ter revelado que na papelada
apresentada ao Governo para regulamentação faltava listar material
genético.
No
Brasil, após a aprovação da Lei de Cultivares, que instituiu o
monopólio privado da propriedade das variedades vegetais no país, a
Monsanto comprou, dentre outras, a empresa Paraná Sementes e a
Agroceres. Formou, ainda, uma joint venture com a Cargill, consolidando
sua supremacia entre as empresas produtoras de sementes no país.
Abaixo um excelente documentário “O
mundo segundo a Monsanto”, mostra como essa multinacional está a
patentear sementes transgênicas e a introduzi-las em países emergentes
como o Brasil.
Presente em 46 países, a Monsanto tornou-se líder mundial de sementes e plantações transgênicas e também uma das empresas mais controvertidas na história industrial. Desde a sua fundação em 1901, a empresa foi processada judicialmente inúmeras vezes devido à toxidade de seus produtos.
Presente em 46 países, a Monsanto tornou-se líder mundial de sementes e plantações transgênicas e também uma das empresas mais controvertidas na história industrial. Desde a sua fundação em 1901, a empresa foi processada judicialmente inúmeras vezes devido à toxidade de seus produtos.