O Wikileaks divulgou um telegrama enviado de Damasco onde revela que os Estados Unidos já planeavam destabilizar a Síria em 2006, anos antes da guerra ter iniciado.
Entre os destinatários deste telegrama encontra-se o Departamento do Tesouro americano e a Casa Branca.
Existem várias "teorias da conspiração" em torno do envolvimento dos americanos no ISIS ou Daesh - a criação de um grupo militante para fazer cair Assad e desestabilizar a região. Este documento parece comprovar algumas dessas teorias.
Este telegrama que tem a forma de análise de forças/fraquezas do regime e possíveis acções a serem tomadas, para o derrubar ou fragilizar.
Existem várias "teorias da conspiração" em torno do envolvimento dos americanos no ISIS ou Daesh - a criação de um grupo militante para fazer cair Assad e desestabilizar a região. Este documento parece comprovar algumas dessas teorias.
Este telegrama que tem a forma de análise de forças/fraquezas do regime e possíveis acções a serem tomadas, para o derrubar ou fragilizar.
Entre as conclusões deste relatório encontram-se o facto de as decisões estratégicas serem tomadas apenas por um pequeno círculo de pessoas em torno de Assad, fazendo com que essas decisões sejam pouco "pensadas" e muitas vezes tomadas com uma carga emocional muito forte, sendo esta uma fraqueza a explorar, colocando pressão no regime, desequilibrando-o.
Recomenda também apoio mediático a Abdul Halim Khaddam, antigo vice-presiente sírio, descrito como opositor ao regime e alguém que conhece os "esqueletos escondidos", proporcionando-lhe entrevistas e outros eventos mediáticos na região, assim como o encorajamento de rumores de golpe de estado dentro da Síria, nomeadamente de forças até á data leais a Assad, atacando emocionalmente a restrita elite política síria, e criando divisões entre serviços de segurança e militares.
Desta forma, devia também ser amplamente divulgada a presença e força de organizações radicais islâmicas na região, assim como noticiar esforços do regime para os combater, mas descritos de forma a que sejam entendidos como fracassos, ou o apoio à população Curda no Norte da Síria, opositora ao regime.
A Síria é o único país do Mediterrâneo que continua proprietário da sua empresa petrolífera, que não quis privatizar, e é o único país árabe sem dívidas ao Fundo Monetário Internacional.
Não encontramos neste relatório uma única referência a consequências que pudessem afectar, ou de que forma poderiam afectar, a vida das populações sírias.
Deixamos aqui um vídeo relacionado com o envolvimento americano no início da crise na Síria e com o ataque com gás Sarin atribuído pela imprensa ocidental a Assad contra populações sírias, mas cujas responsabilidades têm sido muito contestadas por vários peritos.
Encontram-se neste vídeo disponíveis legendas em Português
Encontram-se neste vídeo disponíveis legendas em Português
Documento do Wikileaks