Ao longo do mês de Maio de 2016, a companhia de petrolífera Shell, foi responsável pelo derramamento de mais de 90.000 galões de petróleo no Golfo do México (1 litro = 0.2641721 galão US). Este é um acontecimento extremamente preocupante por várias razões, mas para efeitos do meu artigo, vou me concentrar em duas: o impacto ambiental e as circunstâncias que o permitiram.
O derrame não terá grande efeito sobre a vida na superfície do oceano, de acordo com a Rádio WMNF. No entanto, é provável que tenha um grande impacto sobre a vida marinha profunda do Golfo, como corais, golfinhos, baleias e tubarões-baleia.
Além disso, ainda não existe um mecanismo de remoção e limpeza eficaz deste tipo de derrames de petróleo. Sim, existem skimmers (filtros para remoção de petróleo no mar), mas os skimmers não resolvem os problemas criados por derramamentos com esta magnitude.
Assim, em resumo, o que temos neste cenário é um derramamento de petróleo significativo que está a prejudicar a vida marinha profunda, sem um verdadeiro método de correcção do que foi feito. E a razão pela qual o governo americano ainda não agiu? Porque o petróleo ainda não atingiu a linha costeira dos Estados Unidos.
Menos de duas semanas após o derrame inicial no Golfo, foi a vez do oleoduto da Shell Oil na Califórnia verter mais de 20.000 galões de petróleo, perto de San Joaquin County. O oleoduto transporta petróleo do Vale Central da Califórnia para a área da Baia de São Francisco.
O aspecto fascinante (ou duvidoso, dependendo da perspectiva), desta situação é que a Shell esperou três dias para anunciar o mau funcionamento do oleoduto e consequente derrame. O derrame ocorreu numa manhã de sexta-feira, e a Shell não divulgou uma única declaração até segunda-feira à noite. Porque levou tanto tempo? Foi o constrangimento de, depois de ter tido um derrame no Golfo, em seguida, ter uma segunda ocorrência sem sequer um mês ter passado da primeira? Ou, foi uma cover up corporativa? De qualquer forma, a Shell tem muita coisa a explicar.
Outra grande questão em torno destes eventos: Porque é que ninguém está falar sobre eles? Não é divulgado no Facebook ou Twitter. Não foi coberto como notícia de relevo em nenhum órgão de comunicação social. Foi apenas ignorado. Mas quais são as consequências de ignorar desastres ambientais desta magnitude?
Estes não têm solução. Medidas preventivas não são para serem tomadas apenas num futuro qualquer. As doações não são feitas para limpar as áreas afetadas. Famílias, animais e eco-sistemas sofrem. Para não mencionar o custo absoluto de perder uma quantidade colectiva de mais de 100.000 galões de petróleo, que é um recurso não renovável.
Estes não têm solução. Medidas preventivas não são para serem tomadas apenas num futuro qualquer. As doações não são feitas para limpar as áreas afetadas. Famílias, animais e eco-sistemas sofrem. Para não mencionar o custo absoluto de perder uma quantidade colectiva de mais de 100.000 galões de petróleo, que é um recurso não renovável.
Eventos que envolvem o desperdício de recursos preciosos, danos para o nosso meio ambiente e a potencial corrupção corporativa devem ser temas abordados pelo nosso governo (governo americano na prespectiva do autor), e também entre nós. Se deixarmos esta discussão para o futuro, poderá ser tarde demais.
Shannon Lawn, para o The Odessey Online,
Traduzido pelo RiseUp Portugal
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