A Grande Ilha de Lixo do Pacífico, chamada ainda de Grande Depósito de Lixo do Pacífico ou a Grande Sopa de Lixo do Pacífico, foi descoberta inicialmente por Charles J. Moore em 1997, e é uma zona do oceano Pacífico que se encontra coberta de lixo à superfícei.
Desde então, muitos têm comprovado a existência desta ilha. Os dados não são exactos, mas alguns já estimam que a área envolvida na descoberta seja duas vezes o tamanho do estado americano do Texas, ou seja, 8 vezes o tamanho de Portugal Continental, composta principalmente por milhões de toneladas de plástico (garrafas, embalagens, etc), proveniente das costas marítimas, empurradas para lá pelas correntes marítimas.
Recentemente, vários investigadores voltaram com Moore ao local e
descobriram que existem outras ilhas permanentes de lixo à volta deste
gigantesco mar de resíduos. O regresso de Moore a esta porção de lixo teve como objectivo avaliar
o impacto deste na vida marinha. Desde que encontrou este mar de
plástico, Moore criou o Algalita Marine Research Institute, uma
organização sem fins lucrativos focada na redução da poluição marinha.
Há alguns anos que os cientistas apresentam dados preocupantes sobre a
poluição marinha: seja a existência de partículas de plástico em áreas
muito remotas do oceano, seja a descoberta de grandes acumulações de
lixo.
Foram identificadas milhões de partículas de plástico que flutuam e
se acumulam à volta dos cinco grandes giros existentes nos oceanos
mundiais (Atlântico Norte, Atlântico Sul, Oceano Índico, Pacífico Norte e
Pacífico Sul), acumulações essas criadas por correntes oceânicas circulares, que fazem os
detritos ora concentrarem-se no seu centro ora serem expelidos e
gravitarem nas zonas adjacentes.
É para estas áreas que convergem
dezenas de milhares de toneladas de lixo plástico que se vão degradando
e entrando na cadeia alimentar dos seres vivos marinhos, com
consequências devastadoras. Estima-se que morram cerca de 1 milhão e
quinhentos mil animais (de aves a peixes, tubarões, tartarugas,
golfinhos e baleias) todos os anos, devido à ingestão de plástico.
A "Grande Ilha de Lixo do Pacífico" é talvez o fenómeno mais
extremo, documentado e conhecido. Mas várias "sopas de plástico" ou
praias onde dão à costa toneladas de detritos têm sido alvo de
investigação.
Em 27 de abril de 2013, foi anunciada a segunda tentativa de expedição
do explorador francês Patrick Deixonne, que ambiciona dar visibilidade
mundial à esta "catástrofe ecológica", contando com o apoio de um grupo
de estudos para trazer imagens e observações científicas. Segundo Deixonne, ecologistas e cientistas são os únicos interessados em
sanar o problema, uma vez que a área oceânica onde se localiza a massa
de dejectos "se encontra em águas pouco transitadas pela navegação
mercantil e turística".
Enquanto isso ... os oceanos vão-se tornando num enorme balde do lixo do capitalismo irresponsável, do consumismo desenfreado e do crescimento económico. Estaremos todos de parabéns por isto?
fontes » Wikipédia ; Videos Sapo ; GreenSavers ; Visão ; Planeta Sustentável