Este é um tema que não dá jeito ser abordado pelos maiores orgãos de comunicação social por motivos óbvios.
Enquanto em Portugal e no sul da Europa se espalhava a ideia da austeridade como sendo algo inevitável, no pequeno país da Islândia, a solução encontrada foi outra completamente diferente, resistindo ao clima de medo e chantagem imposto pelas mais variadas instituições internacionais.
O pagamento das dívidas dos Bancos pelos cidadãos foi a referendo e o
Governo foi obrigado a criar um Conselho para redigir uma nova
Constituição: um grupo de cidadãos (sem políticos, advogados ou
professores universitários) submeteu a iniciativa à discussão da
população, conseguindo aprovar a proposta por consenso. Na
Islândia, muitos cidadãos organizam-se agora em associações e têm
propostas substanciais para uma sociedade onde todos podem participar. Entretanto já 26 banqueiros e agentes financeiros foram condenados a penas de prisão por delitos relacionados com a crise, num tempo aglomerado de penas de 74 anos.
Neste
documentário, entre outras iniciativas, é-nos dada a conhecer a criação
de novos movimentos, novos partidos e de uma Constituição colaborativa,
que contou com as redes sociais para garantir que toda a população teria
um espaço para elaborar as suas propostas.
Em
discurso directo, os activistas explicam por que razão deixaram de
confiar no sistema político, como se organizaram e que desafios
propuseram à sociedade civil e à classe política.
Tachos, panelas e outras soluções - Um retrato da Islândia